No dia 9 participei do sarau na Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, um dos mais importantes espaços culturais de São Paulo.
Declamar e lançar livros na Casa das Rosas – museu que pertence à Secretaria de Estado da Cultura, administrado pela POIESIS Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura – é um sonho de grande parte dos poetas do Brasil e eu fui a primeira amapaense a ter esse privilégio. E digo para vocês que foi emocionante, fantástico e inesquecível declamar minhas poesias para uma plateia de altíssimo nível e ser aplaudida neste sarau organizado pelo poeta, editor e agitador cultural Daniel Minchoni.
A mansão, em estilo clássico francês com 30 cômodos, edícula, jardins e quadras, projetada pelo famoso arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que projetou também outros prédios de importância histórica como a Pinacoteca, o Teatro Municipal, o Prédio da Light e o Mercado Público, começou a ser construída em 1928 e foi concluída em 1935, período em que a famosa Avenida Paulista era ocupada por mansões dos senhores do café.
Foi habitada até 1986, quando foi desapropriada pelo governo de São Paulo.
Em 1991 foi inaugurada como espaço cultural recebendo o nome de Casa das Rosas, por ter um dos mais belos jardins de Sampa.
Além de saraus, peças de teatro, exposições e palestras, a Casa das Rosas oferece oficinas de criação e crítica literárias, ciclos de debates, lançamentos de livros etc.
E conta com a primeira biblioteca do país especializada em poesia. E nesta biblioteca está, desde 2012, o meu livro “Paisagem Antiga”, lançado na 22a Bienal Internacional do Livro (por sinal o único livro de amapaense lá).
A Casa das Rosas abriga ainda objetos pessoais e milhares de volumes da coleção do poeta, tradutor e ensaísta Haroldo de Campos.
2 Comentários para "Sarau na Casa das Rosas"
Parabéns Alcinéa, o feito orgulha a todos nós que conhecemos sua luta e seu denodo. Isso engrandece a cultura do Amapá. Belo Voo.
Lindo lindo lindo. Saudade imensa desse lugar.