Memorial Amapá – Nota Oficial

Desde 1782 a Fortaleza de São José de Macapá está erguida na frente da cidade, resistindo ao tempo.

Nos últimos meses, sem atividade cultural, e agora, se nada for feito, o monumento tombado pelo IPHAN, eleito a Sétima Maravilha do Brasil pela Revista Caras corre o risco de se tornar palco para a Semana da Cultura Country. A propaganda efusiva anuncia para o período de 29 de julho a 6 de agosto uma mega festa denominada “Bailão do Forte” com rainhas da Expofeira, desfile de moda country, e muita, mas muita música de DJ, pra fazer as tumbas e pedras rolarem.

É uma falta de respeito que ofende os amapaenses e sua história!

Este manifesto não se trata de bairrismo contra a cultura de qualquer região ou continente, e sim pedindo respeito com as leis nacionais, que proíbem eventos desta natureza dentro do Patrimônio Histórico Nacional e ao seu redor. É preciso que a lei seja aplicada, assim como durante a quadra junina, quando os festejos e fogos não são permitidos no entorno, e quando são proibidos shows regionais com apelo comercial e de público, som alto e risco de depredação.

Trata-se de um manifesto em defesa da valorização de nossa cultura e tradições, uma vez que faz tempo que não há qualquer incentivo para programação regional no Museu da Fortaleza de São José de Macapá, que poderia abrigar exposição sobre a história deste nosso monumento tombado como patrimônio nacional, ou para contar a saga da edificação da cidade de Macapá que surgiu no entorno da imponente fortificação.

É pela indignação com esse tipo de atitude desrespeitosa e que desvaloriza nossa história e costumes, que atentam contra sua preservação, que o Instituto Memorial Amapá existe.

Rogamos às autoridades do Amapá que não permitam que este acinte ao nosso monumento, a nossa história e a nossa cultura se concretize.

Walter Jr do Carmo
Presidente do Memorial Amapá

memorial

  • Nada contra a música sertaneja mas a nossa fortaleza não é local pra esse tipo de evento. E as instalação da expofeira? O governo gasta milhões reformando e só é usado por uma semana, lá é o local apropriado. Por favor defensores da cultura amapaense não deixem que isso aconteça!

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