Sempre que vejo um fusca lembro de uma historinha que o Alípio Junior me contou jurando que é verdade.
Bom, segundo o Alípio, numa comunidadezinha lá nas brenhas do município de Amapá – onde nunca passava um carro – um dia o pessoal ouviu um barulho estranho e correu pra ver o que era.
Era um fusca.
E todo mundo apontava e exclamava: “ulhaaaaaa! ulhaaaaaaaa! é um jabutizão!“
Quando o Fusca parou e o pessoal que estava dentro começou a descer, o povo se armou de pau, terçado e enxada e partiu pra cima do carro para destruí-lo.
Ora, um jabuti daquele tamanhão já era muito estranho. Mas o pior de tudo é que o jabutizão comia gente e depois vomitava-as inteirinhas por dois buracos que se abriam na lateral do casco.
Tá é besta que aquele povo ia deixar esse bicho – que parecia coisa do outro mundo – ficar vivo andando por aí pra comer mais gente. Jamais!
Como um “causo” puxa outro, lembrei também da primeira vez que um helicóptero passou num interiorizinho distante, muito isolado. O povo quando ouviu o barulho, olhou pro céu, viu aquilo e saiu em desabalada carreira pra se esconder na mata gritando: “Socooooooooorro! Socooooooooooooorro! Um gafanhotão quer pegar nós”.