Camilo Capiberibe foi ao Dnit para tentar desemperrar a BR-156

Brasília, 23/11/2010 – O governador eleito Camilo Capiberibe, os coordenadores setoriais da equipe de transição do novo governo do Amapá Juliano Delcastilo e Edson Valente e o prefeito de Santana Antônio Nogueira reuniram-se hoje, 23, com o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT Luiz Antônio Pagot para tratar dos investimentos do governo federal na BR 156 e na infraestrutura portuária.

A situação apontada como mais urgente pelo governador eleito é o trecho Norte da BR 156, cujo Termo de Compromisso 016/76, incluído no PAC 1 do Governo Federal, corre o risco de ser extinto em 31 de dezembro sem que nenhum centavo dos R$ 265 milhões aprovados para o projeto tenha sido aplicado. Deste valor, R$ 39 milhões estão disponíveis na conta corrente do governo do estado e outros R$ 20 milhões estão empenhados esperando a liberação.

Capiberibe pedirá ao governador Pedro Paulo que apresente ao DNIT o pedido para prorrogação do convênio, evitando, assim, que o estado perca os recursos. O governador eleito comprometeu-se de, prorrogado o Termo de Compromisso, buscar resolver as pendências na prestação de contas referentes aos R$ 34 milhões, executar as ações previstas nas 9 aldeias Uaçá e corrigir os problemas construtivos ocorridos no trecho de 54 quilômetros perto de Oiapoque.

Pagot, Capiberibe e Nogueira, no DNIT

Camilo pretende ainda que o governo do estado formalize ao Ministério dos Transportes o interesse em executar o trecho Sul da BR 156, de 271 quilômetros, até a Cachoeira de Santo Antônio. Pelo planejamento inicial, o trecho ainda não iniciado seria executado pelo Governo do Amapá, mas o Ministério dos Transportes reverteu a obra para o DNIT. Pagot não soube precisar se o pedido partiu da bancada do Amapá ou de apenas um parlamentar.

Em vários momentos, o diretor geral manifestou descontentamento com a gestão dos recursos repassados pelo DNIT por meio de convênios com o governo do estado do Amapá. “As estradas no Amapá não estão bem e isso repercute [mal] até na imagem do DNIT”. Num desabafo, o diretor lamentou que só tivesse feito duas viagens ao estado por ter sido vetado. “Recebi ordem de não ir para o Amapá, talvez para não ver as coisas erradas que havia no lá. Tinha convênio de manutenção rodoviária que estava sendo pago mas não tinha obra. E queriam me levar para ver as obras de helicóptero. Eu disse, ‘não, vamos de carro’”, relatou Pagot sobre uma das duas viagens que fez ao Amapá.

A ausência de obras de conservação nos 409,6 quilômetros dos trechos Sul e Norte da BR 156, apesar dos R$ 51 milhões contratados pelo governo do Amapá com o Governo Federal conforme o Termo de Compromisso 276/2006 surpreendeu o diretor do DNIT. A fiscalização, no entanto, cabe à Secretaria de Transportes do Governo do Amapá. “Depois de publicada a ordem de serviço, as empreiteiras têm 30 dias para instalar o canteiro de obras e começar a recuperação”, resumiu Pagot, que disponibilizou equipes técnicas do DNIT para contribuir com o novo governo do estado do Amapá na consultoria e execução dos projetos atuais ou novos.

Pagot sugeriu ao governador eleito que faça um levantamento das necessidades que o estado tem nas rodovias federais, apresente ao Ministro dos Transportes e peça uma comissão conjunta do DNIT, CGU e Governo do Estado para investigar a execução e as possíveis irregularidades nas obras sempre que for o caso.

(Texto e foto: Sizan Luis Esberci)

  • Acrescentando o comentário anterior: o primeiro convênio entre a União e o GEA para a BR 156 é datado de 1976, portanto 34 anos para asfaltar 566km.

  • O primeiro convênio firmado entre a União e o GEA para a BR 156. A bancada federal do Amapá não consegue ter força política para liberar os recursos necessários para a sua conclusão e os governantes, sem exceção, não conseguem executar a obra com o mínimo que se libera. São 34 anos e não conseguem asfaltar 566km que separam Macapá do Oiapoque.

  • Infeslizmente Zanjo eu não posso pubicar nota em nome do governo sou apenas funcionário. Mas o pedido de prorrogação do convênio já foi solicitado ao DNIT. Pelo o Dr. Pagot não sabe nem o que acontece no seu próprio órgão. E quer justificar a sua inoperância para o asfaltamento do trecho sul da BR – que liga Macapá a Laranjal do Jarí – nas contas do Governo do Amapá. Para se ter idéia fizemos o projeto executivo do trecho com investimentos de cerca de 5 milhões de reais com recursos do próprio GEA para que o DNIT fizesse essa obra. Até agora o DNIT não botou um prego num tábua.

    • Eu não posso saber com quem falo, se você se identifica como funcionário da SETRAP.
      Você não está fazendo acusações contra a SETRAP, qual o problema de informar o que Pagot falou para sua chefia imediata tomar providências, afinal o nome da SETRAP está ligado a incompetência, você como servidor está defendendo, portanto a SETRAP tem o direito de se defender de forma correta. Você diz que está tudo certo,portanto fale que saiu uma matéria em que a SETRAP ficou com a imagem negativa e permita que a SETRAP limpe sua imagem. Concorda?

  • O governador eleito Camilo Capiberibe deve fazer auditoria em todos os setores do Estado, sé não ele corre o risco de pagar por erros que não será do governo dele. Auditoria é indispensável pára se ter visão clara das possíveis irregularidades administrativas praticada no governo passado.

  • O Dr. Pagot é um mentiroso e reproduz uma crítica injusta não ao Governador do Pedro Paulo e o ex-governador Waldez Góes, mas ofende os profissionais que trabalham na SETRAP que dão vida para que esse estado cresça. O convênio do DNIT para asfaltamento da BR 156 data de 1975 e recentemente foi incluso como uma obra do PAC. Contempla duas linhas de investimentos: a restauração e a conservação da parte da BR já construída e conclusão da pavimentação da rodovia até Oiapqoque. O diretor Pagot mente quando diz que o estado por incompetência de gestão não avançou nessa obra. É de conhecimento que os atraso na execução dos últimos trechos da BR estão relacionados a medidas compensatórias que estavam em negociação com as aldeias indígenas que se localizam na região e, que foram extremamente utilizadas para gerar conflitos por ONG’s que se dizem defensoras da causas indigenistas e aproveitam da boa-fé dos indígenas. Resolvido esse impasse passamos a licitações da obras que foram recentemente concluídas e devem começar nesse ano. Outro dado importante é que já foram pavimentados 400 Km BR 156, sendo que nos últimos 8 anos foram pavimentados 200 Km, enquando os demais governos de 1976 a 2002 só asfaltaram os mesmos 200 Km. Quem então é mais competente?

    • É SIMPLES DE RESOLVER! Aproveite o momento e converse no SETRAP,divulgue uma nota ofícial, em defesa da mesma.
      O Pagot, mostrou a cara e falou da incompetência, prove com competência. Peço pra Alcinéa que lhe conceda o espaço de defesa da SECRETARIA, topas? Quero saber o motivo de fato, apenas isso. Eu só posso acreditar em quem mostrou a cara, e infelizmente quem o fez foi o Pagot.
      QUERO NOMES! “Funcionário do SETRAP” é muito vago.

    • O espaço é próprio para esclarecimento, a Alcineia promove esse debate mas é bom lembrar que o Governo de FHC não mandava tantos recursos como nos último 8 anos de LULA,principalmente para a BR 156, lamentamos que o Amapá não acompanhou o bom momento de crescimento do Brasil, pelo contrário estamos atolados em dividas que somam até agora a sifra de mais de 300 milhões de reais sem cobertura orçamentária o que é pior, fora outras dividas que aparecerão sem contar aquelassssssssssssss, bem entenderam, mas tem um ditado que diz: o alheio chora o seu dono e não há nada encoberto que um dia não seja revelado, quem viver verá muita coisa ainda por ser descoberta para o Povo do Amapá.

  • Na argamassa de uma proposição parlamentar inédita, até hoje, a Bancada Federal do Amapá, apresentou em 27.10.1999, ao Plano Pluri Anual – PPA 2000/2003, a Emenda Nº 01659, no contexto da Portaria Nº 71 de 15 de março de 2000 do Ministério dos Transportes, no valor de R$ 95 milhões, propondo a implantação de novas tecnologias para a segurança da navegação em águas restritas – portos e vias navegáveis interiores ( Cartas Náuticas Digitais).
    Justifica a bancada, que o projeto fora implantado na hidrovia do madeira justamente pelo atual Diretor-Geral do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte), o engenheiro Luiz Antônio Pagot, necessitando-se, prioritariamente, interligarem-se os trechos Itacoatiara, AM, Santarém, PA, Santana, AP, no prazo de um ano, sem impacto ambiental, porem com ganhos de obtenção de dados hidrometeorológicos à distância, através dos satélites Inmarsat ou Orbcomm.
    Ademais, observa-se que todos os portos do mundo já utilizam o sistema de Cartas Eletrônicas Vetorizadas, S-57 Edição III, Padrão Internacional, e se propõe a agir pela tarefa em prol dos 22.000 Km das vias navegáveis da bacia amazônica transformadas em hidrovias.
    Registre, oportunamente, o primeiro carregamento de soja brasileira com destino à Rússia, como o primeiro navio transportando 24,4 mil toneladas de soja, saindo do porto de Itacoatiara, no Amazonas, rumo a São Petersburgo, Rússia. Além desse, outro navio já está sendo carregado no mesmo porto.
    “Os russos têm investido na produção de frango e suínos e precisam de insumos”. Como o Brasil deve produzir na safra 65 milhões de toneladas de soja ( cerca de 8 milhões a mais que a safra de 2008/2009), serão embarcadas para outros países 26 milhões de toneladas, aproximadamente, pelos portos, normalmente a partir de Porto Velho, RO, de onde barcaças percorrem pelos 1.100 Km da hidrovia do madeira, utilizando o sistema de cartas náuticas digitais, para transbordo em navios transoceânicos em Itacoatiara, AM, e Santarém, PA, ou seja, precisamente, a 2.400 Km do Porto de Macapá, em Santana, AP, em que, apesar da posição geográfica ( mais perto do Canal do Panamá e da Europa) e da profundidade de calado, ficamos literalmente a “ver navios”, no sonho de transformar em vapor, o “bunker” (óleo marítimo) a vela de nossos barcos com os pobres remos com que nos vamos arrastando…

    O que são as cartas eletrônicas?

    É um sistema de utilização irrestrita, para navegação segura, econômica e eficiente na Barra Norte do Rio Amazonas, 24 horas por dia, 365 dias por ano, mesmo em condições climáticas adversas, por meio das cartas eletrônicas.

    Vantagens das cartas eletrônicas para a comunidade:

    * Ampliação das fronteiras econômicas, com geração de mais empregos e renda, abrindo caminho para o desenvolvimento sustentável;

    * Maior integração Regional;

    * Redução de fretes;

    * Redução do “Custo Brasil”;

    * Transformação das vias navegáveis em hidrovias seguras, com a redução dos riscos de desastres ecológicos, perdas de vidas humanas e patrimônio;

    * Criação de vias de transporte de carga, sem impacto ambiental.

    Por fim, o Governador Camilo Capiberibe e o Prefeito Antônio Nogueira, que é a Autoridade Portuária do Porto Organizado de Macapá, em Santana, deixou de tratar do assunto mais relevante para o desenvolvimento de toda a região da Amazônia Oriental.

  • Tiro o chapéu para nosso recém-eleito Governador! Para quem quiser ver o trecho em questão va no meu blog. Tenho foto recentes de 15 de nov ultimo e fotos antigas. Agora, uma pergunta: quem sera que deu a ordem para o Pagot não vir aqui no Ap ver essa “bela” estrada, hem!

    • O Amapá deixou a imagem do DENIT mal.
      Ver obras rodoviárias de helicóptero.
      Quanto mais leio as novidades da máquina, fico abestalhado e me perguntando, o que o Amapá ganhou na Gestão WG/PP. Só foi festa, umas pracinhas,reforma de escola e de presente natalino (receberemos atrasado) e despedida dos 8 anos a tão esperada ponte.

      Ah! E o rombo é claro!

    • Nesse quem manda, é o Governador Blairo Maggi do Mato Grosso e, eleito Senador da República. Foi descontentamento com o mau uso do dinheiro público. Pagot não obedece ordem de político do Amapá…

      • O estado vai atigir mais que o orçamentado que é a sifra de mais de dois bilhões e quinhentos milhões de reais, é muito dinheiro para pouca coisa que nossos olhos podem visualizar como benfeitórias realizadas com tanto dinheiro arrecadado, mesmo assim ainda estão deixando restos a pagar além de dividas sem orçamento previsto e aquelas certamente duvidosas, são fatos que contra eles não existem argumentos consistentes que venham a provar ao contrário.

    • Bem quem pode ser esta figura tão influente, para estes fins só temos um que nem precisamos perder tempo tentanto procurar outro agente do mal. Eu até apostaria no criador da harmonia, ou tem outro?

        • O criador da harmonia no Amapá é aquele que conseguiu ao longo destes últimos 8 anos juntar todos, cada um com a sua fatia no bolo da Administração Publica,que sem briga ou questionamento pois todos estando do mesmo lado nada podiam reclamar, do ponto de vista legal a harmonia poderia ter proporcionado vantagens para o Estado, porém como cada um defendia seus próprios interesses e jamais o da coletividade populacional deu no que deu, e quem sempre exaltou essa união nos quatros cantos do Estado e até em Brasília, um era o Sarney e o outro ex-governador Waldez

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