Do Congresso em Foco, hoje:

Harry Potter e Superman dão as caras no Congresso

Esses são apenas dois dos personagens com os quais alguns parlamentares se assemelham. Tem ainda Papai Smurf, playmobil, Gargamel e Hermione.
Congressistas riem da comparação e querem superpoderes da ficção

Fábio Góis

Uns dizem que política é assunto chato. Outros gostam tanto que viram políticos profissionais. Há aqueles que nela se especializam. E há ainda os que, desinteressados e alheios às suas vicissitudes, deixam de acompanhar minimamente o teatro político – e, consequentemente, acabam por desperdiçar seus votos. Mas uma coisa é certa, ao menos para quem lida com o ofício: está aí uma atividade repleta de personagens. Com direito à transposição do real para a ficção, seja por meio das telas do cinema, das tiras de HQs ou das animações de TV.

Deixando um pouco de lado o sempre pesado noticiário político e aproveitando os ares da Páscoa, de Tiradentes e dos aniversários de Brasília e da rainha Elizabeth (esta, uma personagem quase medieval), o Congresso em Foco convida o leitor a um exercício de imaginação e, ao mesmo tempo, comete algumas indiscrições. E comecemos por esta: diariamente atentos aos plenários do Senado e da Câmara, jornalistas têm visto cada vez mais semelhanças entre congressistas e figuras da ficção. Se há quem diga que o filósofo Sócrates representava um personagem em suas explanações nas ágoras gregas, iniciando o conceito de pólis, que se projetem tais avatares nos tribunos da atualidade.

Até porque alguns deles, no calor das circunstâncias, acabam quebrando o protocolo e incorporando “super-poderes”. Como o “super-homem” Eduardo Suplicy (PT-SP), às voltas com o árduo dever de mostrar sua ética em um Senado alquebrado por escândalos que culminavam com o caso dos atos secretos, em 2009.

Espírito esportivo
Os próprios parlamentares entraram na brincadeira, dizendo quem parece com quem – um deles cochichou à reportagem (para variar, em off) que o deputado Ivan Valente (Psol-SP) é “a cara” do Papai Smurf. Como é Páscoa, eis aqui uma homenagem ao aguerrido Ivan. Os saudosos da turminha azul poderão ver semelhanças – físicas, sublinhe-se, apontadas por um jornalista que já o entrevistou diversas vezes – entre o “inimigo” Gargamel e o ex-deputado federal José Carlos Aleluia (BA), atual presidente do DEM baiano. Ambos carecas, altos e magros.

Desde a primeira aparição de Randolfe Rodrigues (Psol-AP), o caçula do Senado, na tribuna do plenário, um comentário entre jornalistas decretou a semelhança do senador com o bruxinho Harry Potter (interpretado por Daniel Radcliffe) – na pele de quem, aliás, ele já foi protagonista único de matéria na versão on-line do Correio Braziliense. Veja o vídeo , caro leitor, esqueça as vozes de ambos e assista ao senador em combate contra o vilão da dengue e do tifo.

Dá para fazer mágica no Senado, Randolfe? “A gente tem procurado. Acho que minha tarefa é maior que a de Harry, que tem menos obstáculos do que eu”, disse aos risos o senador, na última quarta-feira (20), quando a véspera do feriado dava ares de mundo espiritual ao Senado. “Harry só tem de se deparar – como o meu filho Gabriel me ensinou – com o Voldemort [“Lord Voldemort”, líder dos “comensais da morte” e arqui-rival de Potter]. Minha saga é maior. Nós temos vários ‘voldemorts’. Todos aqueles que fazem da política um espaço para fins privados são ‘voldemort’ na história.”

Ao ser questionado sobre quem seriam os “políticos do mal”, Randolfe mudou a expressão facial. Com semblante subitamente sério, como que a desvendar bruxarias, passou a imaginar os adversários no mundo real. “A política deveria ser um espaço leve, do deboche. O agente público tem de estar disposto para isso. Tem de ser um espaço de alegria. É característico do Brasil dar às pautas mais pesadas bastante leveza”, observou, acrescentando que gostou da abordagem bem-humorada da imprensa a respeito da semelhança.

O senador lembra que, logo depois de publicada a matéria do veículo brasiliense, em fevereiro, e da consequente repercussão na web, uma blogueira amapaense iniciou uma enquete para eleger o “Voldemort” da política brasileira (veja a bem-humorada provocação). “Vários personagens foram citados, mas eu não quero personalizar um Voldemort. Considero que sejam todos os que fazem política pela privatização do espaço público.”

De Hogwarts para o Senado
Mas Harry Potter, ou melhor, Randolfe não está sozinho – e aqui cabem aplausos para o destino irônico. É patente a semelhança entre a atriz Emma Watson, que vive a amiga de aventuras de Potter, Hermione Granger, e a senadora Ângela Portela (PT-RR). E, como se não bastasse a repetição da dobradinha direto da telona para o Parlamento brasileiro, ambas cortaram o cabelo recentemente (Emma estreou o corte em fevereiro, em um festival inglês de cinema, menos de uma semana depois da posse da senadora).

Ver Randolfe e Ângela em ação no Senado tem sido uma experiência cinematográfica, em que pese a semelhança de costumes em ambas as instituições: na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde o roteiro da saga é predominantemente ambientado, os trajes formais são uma imposição.

Em rápida conversa em seu gabinete, também na véspera do feriado, a senadora estranhou a comparação em um primeiro momento.
(Leia o texto na íntegra e veja as   fotos, charges e vídeos no site Congresso em Foco, clicando aqui)

  • Esperamos que randolfe Rodrigues nos orgulhe e não seja feito de fantoche no Crongresso. A pregação pela honestidade, austeridade, probidade, humildade, etc, deveriam ser deveres e obrigações aos que um dia se candidatassem a representar um povo, visto que em suas mãos está o futuro de milhares de brasileiros, não só os adultos, mas de crianças e jovens, que um dia ajudarão o Brasil. No passado existiram grandes estadistas como Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, entre outros, mas recomendo a leitura de um grande brasileiro, que passa despercebido dos brasileiros, apenas reconhecido pela sua figura física, D.Pedro II, este sim, um grande brasileiro, que desde sua subida precoce ao trono da monarquia do Brasil(1840), se viu envolto em conhecimento à cerca da humanidade, estando à frente de sua época como,por exemplo, em relação à liberdade de imprensa, ecologia, direitos humanos (escravatura), ciências, etc; tendo contribuído para a subida do Brasil à potência militar e econômica já no século XIX, apesar de ser um monarca. A leitura e o conhecimento deste grande brasileiro, está no site http://www.pt.wikipedia.org, basta digitar D.Pedro II na janela busca, e todo brasileiro ficará orgulhoso, emocionado e maravilhado, como eu, com a história desse grande homem, mostrando que se pode morrer com dignidade, respeitando os seus cidadãos, pois D. Pedro II fez do Brasil um país mais rico, apesar de sair para o exílio pobre (1889). Portanto, aos políticos que pretendem beneficiar o povo brasileiro, recomendo a leitura deste grande brasileiro.

  • E verdade, você sabe que muitas das vezes dar para comparar a ficção com a realidade, no etanto o politicos devem ser sempre pautados de uma “etica”, será mesmo, por exemplo quem seria os bruxos perigosos para POTTER combater, na minha opinião seria, as desigualdades socias, a corrupção entre outras coisas. Então nesse ponto de vista acho que tanto os bruxos do bem como do mal acabam sendo de qualquer forma ambos bruxo tambem de uma mesma “ficção”.

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