Othello dia 4 de junho no Teatro das Bacabeiras

Othello – O Mouro do Mundo, um espetáculo de dança negra contemporânea/teatro físico que se utiliza de elementos da simbologia da Dança dos Orixás, da capoeira, da dança moderna, e de outros elementos da ancestralidade africana. O espetáculo une linguagens artísticas: dança, vídeo e projeções que compõem a ambientação no espetáculo para trazer a fusão dos mais diversos sentimentos antagônicos existentes.

Contemplado pelo Prêmio Klauss Vianna para Montagens em 2013, estreou na Sala do Coro do Teatro Castro Alves e em seguida participou de festivais na Europa; Em Portugal (Almada e Lisboa), na Inglaterra (Londres, Manchester, Liverpool), Escócia (Edimburgo).

Hoje contemplado pelo PRÊMIO FUNARTE DE DANÇA KLAUSS VIANNA 2015, o Espetáculo vem em Turnê Inédita circular por quatro cidades da Região Norte do Brasil Começando por Tocantins, seguindo para Belém, Manaus e encerrando em Macapá.

Além do espetáculo está programada uma Oficina de Dança Afro com no dia 3 de junho das 15h as 17h.

A montagem reconstrói a figura do herói Otello, que, sendo mouro em conquistadas terras estrangeiras, foi alvo de intrigas, xenofobia, racismo e inveja, levando o corajoso e apaixonado guerreiro a matar sua esposa, motivado pelo ciúme doentio despertado nele e que revela a fragilidade do personagem. A adaptação coreográfica de um dos clássicos da dramaturgia mundial mistura épocas e propõe um olhar negro, urbano, contemporâneo e brasileiro para este drama de caráter universal.

A tarefa de encarar a grandeza do personagem e da obra shakespeariana conta com a experiência de Elísio Pitta, 60 anos, reconhecido internacionalmente como dançarino e coreógrafo. Ele integrou, por exemplo, o Balé do Século XX, criado por Maurice Béjart (Bélgica) e a companhia de Alvin Ailey (EUA). Atuou também em grandes grupos de dança no Canadá, Inglaterra, Argentina, Peru e Haiti, além dos próprios EUA. “Contar esta história, hoje, se configura num desafio magnífico”, define o artista, que, há anos, acalenta este projeto, vencedor do Prêmio Klauss Vianna 2012 e em 2015, da Funarte.
“Aliamos traços da dança negra contemporânea, capoeira, dança moderna e de rua e balé clássico, a soma de tudo que sou e somos, costurados pela simbologia da dança dos orixás. Vamos buscar momentos emblemáticos nesta história que ainda povoa nossas cidades e está na pele de homens e mulheres que matam seus amantes”, contextualiza Elísio.

Um espetáculo que revela as correntes subliminares do comportamento e das relações humanas dentro de um jogo coreográfico cuja valorização se manifesta na plasticidade das cenas e no corpo do seu interprete que é abastecido de diversas experiências, seja no campo pessoal, seja no campo artístico. Uma versão inédita de Otello à Brasileira. Produção: Militão Produções Artísticas e Cine Arts, Realização: PRÊMIO FUNARTE DE DANÇA KLAUSS VIANNA 2015, Ministério da Cultura, Governo Federal.

(Texto: Paulo Alfaia)

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