A reinvenção dos Correios

A reinvenção dos Correios 
Carlos Roberto Fortner*

Os Correios são sinônimo de confiança, credibilidade e fé pública para a maioria absoluta da sociedade brasileira há mais de três séculos e meio. Trata-se de um patrimônio nacional, motivo de orgulho para seus quase 106 mil trabalhadores.

Apesar da crise que o país atravessa, afetando indistintamente diferentes segmentos da economia, os Correios provavelmente vivem hoje seu maior momento de reinvenção, recuperação e transformação, com os primeiros resultados visíveis e melhorias significativas para o cliente já começando a surgir.

Nossa qualidade operacional no segmento de encomendas, por exemplo, aproxima-se dos 90%. Ou seja: de cada 10 objetos, 9 são entregues dentro do prazo. Tal resultado, inclusive, rendeu recentemente aos Correios o prêmio ABComm de Inovação Digital 2018 de melhor empresa de e-commerce.

Atualmente, entregamos, em todo o país, cerca de meio bilhão de objetos postais, dentre eles, 25 milhões de encomendas – todos os meses. Para otimizar nossos processos operacionais, estamos investindo, até 2020, US$ 133 milhões na atualização de nove equipamentos existentes e na implantação de 10 novas máquinas automáticas de triagem. Concluído este projeto, os Correios contarão com 19 sistemas de triagem automatizada de encomendas instalados nas principais cidades do país, elevando nossa capacidade de processamento total para algo em torno de 220 mil encomendas por hora.

Parcerias estratégicas, como é o caso da joint venture com a empresa aérea Azul, ou nosso Correios Celular, já consagrado como um produto “bom, bonito, barato e que respeita o cliente”, mostram que a empresa está atenta para o futuro.

Nossa força de trabalho é exemplo público de superação, comprometimento e responsabilidade. São funcionários que vestem a camisa da empresa para garantir que cheguemos aos quatro cantos do país. Somos a única empresa presente em cada um dos 5.570 municípios brasileiros. Em muitos deles, nossos concorrentes não chegam – ou não estão dispostos a chegar – já que priorizam os grandes centros em nome da lucratividade. Sistematicamente, eles repassam aos Correios seus objetos destinados aos endereços mais remotos, de difícil acesso, ou pelos quais simplesmente não se interessam.

Estamos focados em reposicionar os Correios frente à atual realidade, como empresa pública sólida, ágil, financeiramente sustentável e independente do Tesouro Nacional, prestando serviços cada vez mais eficientes e buscando oferecer a melhor experiência aos nossos clientes.

Como cidadão brasileiro, sonho com o dia em que as empresas públicas sejam mais eficientes e sustentáveis. Como presidente dos Correios, e com a parceria de todos os funcionários da empresa, estamos trabalhando para isso.

*Carlos Roberto Fortner é presidente dos Correios em exercício

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