Triste notícia – Morre o artista Frank Asley

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Faleceu agora há pouco no Hospital de Emergências o artista plástico, músico e poeta Frank Asley. Seu corpo ainda está no H.E. Vai ser velado na capela São José (Rua Jovino Dinoá esquina da Cora de Carvalho-Centro).
Frank tinha 57 anos, começou a pintar aos 15, fez várias exposições individuais e participou de inúmeras coletivas, inclusive fora do Amapá.
Como compositor, participou de vários festivais sempre obtendo boas colocações e vencendo alguns, como o I Festival Universitário da Canção, nos anos 70.
Participava ativamente dos movimentos culturais. Era frequentador assíduo da Calçada da Arte (Kalçadarte) nas tardes de domingo. E foi na Calçada da Arte, em junho, que o encontrei pela última vez e fiz este registro:

SEle  contou que estava com problema de saúde, mas já estava muito melhor e cheio de planos.

frank1Estevão Silva, Frank Asley e R.Peixe se reencontram agora em outro plano

  • Querida Alcinéa Cavalcante, obrigada em nome de meu Pai Frank Asley venho agradecer pelos relatos dados meu pai foi um pioneiro na Arte no Amapá, seu maior sonho era ver sua arte reconhecida e adorava os amigos, falava muito em você e admirava seu trabalho. Sou grata por Deus te permitido eu conviver com ele 30 anos de minha vida, foi um grande mestre fui sua aprendiz assídua, tenho uma veia filosofa e poeta herdada por ele, ele deixou um grande acervo que agora cuidarei para ser divulgado, para sua memória ser lembrada sempre. Como ele sempre dizia ” minha arte tem vida própria” ( Frank Asley)

  • Sou amapaense,mas moro em Belem desde 1978.Eu e Frank éramos muito amigos,como irmãos,começamos a tocar violão juntos em 1972,faziamos musicas juntos,nessa época eu me apresentava no programa Milton Filho na Radio Difusora.O Frank era um artista natu,uma maravilha como pessoa,nunca o vi irritado,sempre me visitava quando vinha a Belem,era quando matavamos a saudade.Fiquei triste quando soube de sua morte,fui a Macapa e visitei sua familia.Em 1979 quando ele ganhou o premio musical o meu pai,o prof.Mário Quirino da Silva,foi um dos jurados e me falou que ficou impressionado com a letra da música Trade,o que mostrou a grande capacidade desse grande artista e tambem grande amigo em escrever.O Frank ficará sempre guardado na minha memória e no meu coração.

  • Que Deus o tenha! Fez parte de uma fauna amapaense que aos poucos vai se esvaindo, levada pela inexorabilidade do tempo.
    Foi bom rever em foto meu amigo Estevão, parceiro de fumacê, nos bons tempos de nossa adolescência.

  • Na infância e juventude conhecíamos por Assis. Acho que esse era nome. Morava na antiga “Vila Cuba”, berço dos Gazel, Barros e Cardosos. Conheci seus irmãos, Rui, Carlos, Francisco Oliveira, Promotor e Juiz deste Estado e Raimundo Oliveira que foi Secretário de Finanças do governo José Lisboa Freire, no início dos anos 70. Já artista renomado, além da pintura, enveredou pela música, ganhando o festival universitário em 1979, com a música denominada “Trade”, se a minha memória permite, realizado no ginásio coberto (atrás do CA).Raramente, mantínhamos contato e, quando acontecia o tratamento era respeitoso. Ficam as lembranças da infância e das peixadas de sábado a tarde na casa do poeta Sílvio Leopoldo em Belém do Pará. Descanse em paz!

  • Os artistas são imortais. Suas obras contarão sua história para sempre e cabe ao povo do Amapá manter viva a memoria e toda a gama de conhecimentos simbólicos criados por este artista maravilhoso. Morre o homem, nasce o mito. À família os meus pesares.

  • Recebo essa notícia com muita tristeza. Conheci o Frank por intermédio do meu irmão mais velho, o Julinho, e essa amizade foi se fortalecendo ao ponto dele chegar a morar lá em casa. Quando estava separado. Nas artes plásticas, o Frank, ao lado das duas figuras da foto (Estevão e Peixe), do Olivar Cunha, Manoel Bispo, Manoel Costa e Luiz Porto foram os principais responsáveis pela divulgação das artes plásticas, no Amapá. Frank também era um compositor de mão cheia. Venceu o Festival da Canção, se não estou enganado, de 1979, com a música Trade, interpretada pelo meu amigo Manoel Leonan. A dupla voltaria a se encontrar anos mais tarde, no I I Festival do Comerciário, realizado pelo Sesc, em 1982. A música “Correntezas”, uma belíssima composição que tinha uma melodia cromática sustentada em variações sobre o acorde de Lá menor. Apesar da interpretação magistral do Leonam a música não conseguiu passar. Enquanto letrista, o Frank Asley era visceral. Suas letras cortavam mais que navalha afiada. Ele também teve parceria com outros autores. Um delas delas, foi a parceria compulsória com o Tio Alcy, de quem ele musicou dois poemas. Uma obra prima, foi a melodia que eles fez para o poema Benção. Essa eu conheci de perto porque ele musicou o poema na época que morava lá em casa. Infelizmente a música foi pouco explora, o que fez dela também pouco conhecida do público e até hoje pouquíssimas pessoas conhecem a melodia. Eu tive a sorte de ser uma delas. O Frank é o sexto amigo que perco nesse meu auto exílio em Rondônia. Nesses quase quatro anos perdi os meus comnpanheiros de redação de Diário do Amapá, Bonfim Salgado, Carlos Bezerra e o querido Rubinho (Leonai Garcia). Daqui soube também da partida do João Lamarão e do Correa Neto. Que o meu amigo Frank descanse em paz.

    Néa, beijos e abraços amigas!!

  • Néa, já ia te perguntar se ele era o amigo que conversamos aqui no Kalçadarte, já confirmei na foto. Que ele descanse em paz, que Deus conforte a família e os amigos!

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