Piratão faz uma “Viagem à Terra do Nunca”

Aclamada pela comunidade como rei do carnaval, Piratas da Batucada fará seu 31º desfile com um enredo que permite voar, navegar, sonhar, recordar e voltar a ser criança, como armas para combater males do mundo atual. “Viagem à Terra do Nunca”, o tema escolhido, é um convite para o espectador fechar os olhos, entrar nas páginas dos livros e viajar na imaginação. O cenário é do clássico infantil Peter Pan, e a palavra “nunca” está presente durante todo o desfile para despertar o desejo de um mundo melhor.

Um enredo mágico para um carnaval de rua que adormecia no Amapá, e que, para se tornar realidade, foi necessária a formação de um verdadeiro e respeitado esquadrão, valorizando profissionais e com o apoio incondicional da comunidade Zona Sul. A concepção do enredo é do carnavalesco carioca Alexandre Louzada, profissional requisitado e que em 2017 foi campeão quatro vezes em grandes escolas do Rio de Janeiro.

O desfile se divide em quatro setores (“Nunca Deixar”, “Nunca Existir”, “Nunca Faltar” e “Nunca Acabar”), cada um composto por alas, alegorias e pontos técnicos. A escola desfilará com aproximadamente 1 mil integrantes, três casais de mestre-sala e porta-bandeira, três carros, um tripé, nove alas comerciais, cada uma com 60 componentes, ala das baianas, bateria com 150 integrantes e vinte destaques. O samba de enredo é de Rogério Silva, Bruno Sena e Adilan Bismark, e seus intérpretes oficiais são Ademar Carneiro e Fábio Moreno.

O primeiro setor, “Nunca Deixar”, propõe que os prazeres da vida nunca deixem de ser aproveitados, e a criança que existe dentro de cada pessoa nunca morra. Neste setor, desfilarão a comissão de frente, que irá trazer como elemento cenográfico um tripé, 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira, baianas e o carro abre-alas. O segundo setor, “Nunca Existir”, sugere que a maldade e a guerra não mais existam, e para desenvolver a ideia, Piratão apresentará a bateria, 2º casal de mestre-sala e porta-bandeira e três alas.

Setor três, “Nunca Faltar”, falará da recriação de um mundo, e que nele nunca falte ar, água, e alimentos, e entra com uma alegoria e três alas. O último setor, “Nunca Acabar”, afirma que a “Terra do Nunca” existe, e que é no desfile de Piratas da Batucada, e que este, pela magia da apresentação neste carnaval, por permitir que se sonhe, não deve acabar. Encerrando o desfile, a agremiação apresentará uma alegoria e três alas. Nestes dois últimos setores, destaques de chão se preparam para dar show de samba e originalidade.

Potencial profissional é valorizado no Piratão
O presidente da Piratas da Batucada, Marcelo Zona Sul, afirma que o desfile terá muitas surpresas que irão surpreender o público e não decepcionará a comunidade, e, para isso, precisou fazer investimentos, como a contratação de Alexandre Louzada, para que o título de campeão seja mais uma vez comemorado. O conselheiro e membro da comissão de carnaval, Izauro Santos, fala do investimento em pontos técnicos, a exemplo do 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira, Geandra e Bosco, que as roupas estão sendo confeccionadas fora do estado.

“Eles representam o amor incondicional. Bosco vem de pirata da nossa ‘Terra do Nunca’, e é o principal personagem do desfile. Ele, como todo pirata, quer conquistar seus tesouros, inclusive, o principal, que é a porta-bandeira, e irá conseguir e protegê-la, assim como a bandeira e os tesouros, que estarão representados na indumentária”, explica Izauro. O estilista responsável pela roupa do casal é o renomado Rodolfo Gomes.

Piratas da Batucada também investe nos profissionais da casa, e os contratados atuam em ritmo pesado no barracão e ateliê. No total, a escola está pagando 25 trabalhadores do ateliê, 16 no barracão, quatro terceirizados e mais profissionais de apoio, como cozinheiras, vigilantes, seguranças e bombeiro civil. A folha de pagamento gira em torno de R$ 70 mil, e ainda garante o salário de músicos, mestres de bateria, diretor musical e auxiliares.

“Recurso público tem que fomentar a economia local e gerar renda para famílias. Hoje, o carnaval do Piratão é muito profissional, e esta profissionalização começa pela valorização dos trabalhadores”, afirma Marcelo Zona Sul.

(Texto e foto: Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Macapá)

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