Minha artiquibancada
Começa a chover no Sambódromo e a torcida esfria.
Armstrong anuncia que dentro de três minutos os portões serão abertos para Boêmios do Laguinho e pede aplausos para a nação negra, mas a torcida continua fria. Não grita, não apita, não levanta, não sacode a bandeira.
A chuva tirou o ânimo também dos brincantes.
Alemão se dirige ao intérprete e em seu ouvido diz:
– Parceiro, tá todo mundo frio, dá um alô pra arquibancada e pra concentração pra ver se anima.
– Podexá, diz o bom intérprete, que dá um gole no “abre gogó” (uma mistura de mel, gengibre e rum) e grita:
Alouuuuuuuu, minha arquitibancada!
Alouuuuuuuuuuu, meu concentramento!
(Do livro “Sambou…”, de Alcinéa Cavalcante e Rostan Martins)
2 Comentários para "Sambou…"
Legal, Alcinéa onde posso comprar seu livro? mande-me um e-mail. Aguardo.
ola muito boa!!! essas estórias dos bastidores do nosso carnaval. Onde posso adquirir este livro?