Reconhecimento

Fui agraciada com esse importante prêmio (troféu e diploma de honra ao mérito) concedido pela Editora Mágico de Oz. O prêmio será entregue em solenidade a ser realizada no dia 22/10 no Carroussel do Louvre (Paris)

Ao me informar da premiação, a Editora Mágico de Oz ressaltou que o “objetivo é homenagear, divulgar, galardoar e reconhecer profissionalmente por sua atuação com ética e competência no exercício da sua atividade artística e destacada participação com êxito e sucesso em atividades literárias”.

Diz também que “após a seleção de artistas por indicação de entidades parceiras e competentes, temos a satisfação de convidar VSª para receber esta homenagem tão especial e distinta nesse evento dedicado aos profissionais de sucesso em uma noite de orgulho para todos”

Agradeço imensamente a Editora Mágico de Oz e as entidades que me indicaram,  entre as quais a Associação Internacional de Escritores e Artistas.

A Mágico de Oz, que fica na Ilha da Madeira, em Portugal, foi a responsável pela edição, publicação, lançamento e distribuição do meu livro “Caneta Dourada”.

Fim de férias

“Acabou-se o que era doce”, como diria minha avó.
Depois de merecidas e divertidas férias, estou de volta ao batente.
Durante minhas férias este blog ficou sem atualização, pois quando estou de férias são férias mesmo. Me desligo de tudo que se relaciona a trabalho.

Bom dia com poesia

Ele
Alcinéa Cavalcante

Ele veio sem pressa
Caminhando entre estrelas
parando aqui e acolá
para orvalhar uma ou outra roseira.

Quando chegou
tinha os cabelos molhados de luar
e no bolso esquerdo
um raio de sol
que depositou nas minhas mãos
com tanta ternura
como quem deposita um beijo.

Por isso
acordei
com este brilho no olhar.

Marte? Nem pensar!

Marte? Nem pensar!

Não , meu bem.
Desta vez não vou contigo.
Marte não me seduz.
A água de lá não tem o cheiro do mururé.

Em Marte, meu bem,
não tem flores,
logo não tem beija-flor.

Não tem mangueiras,
logo não tem aquela algazarra de periquitos
que inebria o poeta Fernando Canto.

Não tem praças, música, livros,
papel e caneta.
Não tem poesia nem poetas.

Li no jornal que os habitantes de lá
tem voz metálica
corpo engraçado
e cara esquisita.
São todos verdes, todos idênticos, todos estranhos.

(Alcinéa Cavalcante)

De Alcinéa

Meio-dia
(Alcinéa Cavalcante)

Para onde vai
esse menino de andar tristonho
com uma camisa verde desbotada amarrada na cabeça?
Ele não caminha em direção ao sol.
Caminha sob o sol.
O sol queima.
O asfalto queima.
As lágrimas queimam.
Para proteger a cabeça tem uma camisa verde desbotada.
Para proteger os pés um par de tênis surrado.
Mas quem – ou o que – pode protegê-lo da tristeza que aflige seu coração
e se derrama em lágrimas queimando sua face?

Prazer, sou Maria

Prazer, sou Maria

Dá licença, seu moço,
que eu agora vou me apresentar:

Sou Maria,
mulher guerreira,
não puxo briga
mas não corro de bicho-papão
nem tenho medo de coroné metido em fardão.
Sou Maria,
mulher simples e humilde
mas tenho alguns tesouros.
Não sou dona do mar
mas conheço os segredos da floresta
e marimbondo de fogo não vai me ferrar.
Sou Maria,
mulher poeta e jornalista.
De noite escrevo versos,
de dia escrevo notícia.
Minha caneta é liberdade
a consciência o meu guia.
Sou doce, mas valente,
nem tente me calar
pois não tenho medo da sua gente.
Me ajoelho só pra Deus.
Santo e poeta eu olho com o coração
e político da tua laia
eu olho de cima pro chão.
Pra quem é do bem
eu digo: “Vem comigo, amor”
Pra quem é do mal
eu só sei dizer “Xô”.
Encerro minha apresentação
te fazendo um pedido:
Fica lá no teu quadrado
deixa em paz o povo tucuju
ou eu viro Maria mal-educada
e te mando…
(Alcinéa Cavalcante)

Em noite de lua cheia

Em noite de lua cheia

Vamos namorar na praça, meu bem,
aproveitando este luar
que se derrama sobre a cidade.
Abraçados contaremos histórias
do espaço sideral
e embarcaremos numa nave brilhante
que nos espera no centro da praça.

Trocaremos juras de amor entre as estrelas
E lá do alto veremos a Terra
como um imenso bolo
confeitado com anelina azul-ternura.

Vamos namorar na praça, meu bem,
e embarcar na nave brilhante
que pousará na Lua
onde com um lápis mágico faremos um desenho.

Já pensou, meu bem, na surpresa dos astronautas
quando virem na lua
um coração com nossos nomes dentro?

(Alcinéa Cavalcante)

Meu novo livro “Poetas do Amapá” já está à venda na Amazon

Já está à venda na Amazon o meu mais novo livro: Poetas do Amapá Volume I, que é um recorte poético para quem deseja conhecer alguns autores amapaenses. Serão três volumes,  O segundo será lançado em abril e o terceiro em junho.
Neste primeiro volume falo dos poetas Alcy Araújo, Álvaro da Cunha, Paulo Tarso, Arthur Nery Marinho, Arilson de Souza, Mauro Guilherme, Isnard Lima, Maria Helena Amoras, Jô Araújo, Pat Andrade, Thiago Soeiro e Maria Ester.

A foto de capa é do mago da fotografia Floriano Lima e o prefácio é do imortal da Academia Amapaense de Letras Paulo Tarso Barros.

No prefácio, Paulo Tarso diz:
” Com textos enxutos, intimistas e cheios de significados, Alcinéa Cavalcante nos apresenta, sob seu ponto de vista, alguns poetas representativos de tempos diferentes e com visões de mundo e estilos próprios.
Ela, que conviveu (e convive) com esses poetas, registra as impressões e os sentimentos oriundos dessa enriquecedora vivência artística e sentimental, que começou com o seu pai Alcy Araújo, jornalista e boêmio dos bons e poeta de destaque na Amazônia, amigo de Álvaro da Cunha, Arthur Nery Marinho, Maria Helena Amoras e Isnard Lima – só para ficar na primeira geração dos poetas burocratas, com quem ela manteve estreita ligação afetiva e literária. E para completar esse ciclo, também recolhe poemas das novas gerações, principalmente autores oriundos das redes sociais, como Thiago Soeiro, Ester Pena, Pat Andrade e Arilson de Souza – e autores da geração intermediárias, como Jô Araújo.

Os poemas que carregamos pela vida integram-se ao nosso ser de maneira visceral. Acoplam-se ao sangue, aos neurônios e são parte de nossa alma imortal.

Vejo nesta coletânea de textos publicados originalmente no site www.alcinea.com, a presença solar dos pioneiros poetas que fizeram suas plantações de lirismo em meio aos pés de açaí, nas margens úmidas do Amazonas e na linha do Equador. Foram poemas liricamente cultivados em solo fértil e magnânimo, que reverberam pelos anos e continuam se disseminando, cheios de vitalidade e ternura, pelo meio das novas gerações. Encantam, iluminam como os faróis, através do tempo, amenizando turbulências, vencendo labirintos e sendo alimento espiritual que fornece energia e acalanto a todos nós que somos amigos das Letras.”

Por causa da pandemia, não fiz lançamento presencial, noite de autógrafos etc, mas você pode adquirir tanto o livro físico como a versão e-book no site da amazon.com.br

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