O Tempo

Floriano Lima

O TEMPO
Floriano Lima*

Hoje passando pelo Igarapé das Mulheres, o encontrei!
A memória fotográfica foi benéfica nesse momento. Acho eu, que mais de 30 anos não o avistava! Observei as rugas, o andar lento e curvo, sem pressa como que deixando o tempo fluir!
Na minha cabeça fiz um “flashback” e voltei para o campo onde hoje é o Teatro das Bacabeiras e depois para a Praça Veiga Cabral e me coloquei dentro daquelas barquinhas de madeira bruta, com cores dos times mais famosos, e entre elas a barquinha do Paysandu que era o meu time, e ali começava a disputa com a do Remo, para ver quem embalava mais alto.

Eram as “barquinhas do arraial”, feitas pela mão desse cidadão, que segurava com braço forte, quando acabava o tempo da brincadeira. O cumprimentei e lhe disse: Obrigado por nos proporcionar uma brincadeira tão singela e marcante!
Entrei no carro,e olhei em mim mesmo algumas rugas, muitos cabelos brancos, as vezes um leve cansaço e vi em mim a marca implacável do tempo! Mas o melhor, foi que vi que o “garoto” continua em mim de maneira indelével e esse vai comigo!

*Floriano Lima é administrador, fotógrafo, músico e cronista

Jogando xadrez – Dom Pedro Conti

Jogando xadrez
Dom Pedro José Conti, bispo de Macapá

       O velho padre da paróquia tentou ajudar um pecador a emendar-se. Convidou-o para uma partida de xadrez, um jogo do qual sabia que ambos gostavam. Durante a partida fez um movimento errado. O homem ia aproveitar-se do engano, mas o padre pediu para desculpá-lo, dizendo que prestaria mais atenção na próxima vez. Pouco depois, porém, errou de novo. Desta vez o adversário se negou a relevar a falha. Disse-lhe então o padre, com a maior simplicidade: – Amigo, ficas tão Continue lendo

O corte perfeito

O corte perfeito
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

 Certo homem foi nomeado mandarim na China, uma espécie de conselheiro. Envaidecido, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Para isso, um amigo lhe recomendou um alfaiate que sabia dar o corte perfeito à roupa de cada cliente. Depois de tomar nota de todas as medidas necessárias para o serviço, o homem perguntou: Continue lendo

O início da televisão em Macapá

O início da televisão
Cléo Farias de Araújo

Antes de 1974, só assistia televisão quem viajasse pra fora de Macapá. Belém era o lugar mais próximo. Era comum alguém, “querendo aparecer” pros outros, dizer que assistiu tal programa ou tal novela em Belém. Imagem, mesmo, só nos cines João XXXIII, Macapá e Paroquial, pois ainda estávamos na era da novela de rádio.

Depois de algum tempo, surgiram boatos de que, na casa do Seu Assis da SEVEL, a antena era tão poderosa que pegava uma emissora de Caracas, na Venezuela. Aí começou a multiplicação de antenas na cidade. Lembro que tinha uma na casa do Pachequinho e outra, na casa do seu José Maria Papaléo, da Continue lendo

Uma crônica de Elton Tavares

O Capitão Caverna, o meu super- herói favorito
Elton Tavares

Adoro desenhos animados antigos, mas não sou muito chegado nos que são exibidos agora. Normal, tô ficando velho. Concordo que as animações antigas perdem em recurso tecnológico para os “mangás & Cia” que passam na TV atualmente, mas ganham, e muito, em criatividade dos de hoje. Pois eles eram engraçadíssimos e possuíam uma originalidade fantástica.

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A mercadoria mais preciosa

A mercadoria mais preciosa
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

Certa vez, um homem sábio viajava num navio com vários comerciantes. Um deles, bisbilhoteiro, perguntou-lhe:

– São muitas as mercadorias que o senhor leva?

– São muitas, sim, preciosas, e… não tenho nenhum medo do mar! – respondeu imediatamente o sábio.

Na realidade, ele não tinha nenhuma caixa no porão do navio e Continue lendo

A glória de Maria

A glória de Maria
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

 Tomo emprestada a história milagrosa do escravo Zacarias, que encontrei numa cartilha de Novena do Tricentenário de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. “O escravo Zacarias estava sendo reconduzido à fazenda de onde fugira, em Curitiba, Paraná. Preso por grossas correntes, ao passar perto do Santuário, Zacarias pediu ao seu feitor que o deixasse rezar na porta da Capela da Santa Aparecida. Recebendo a autorização, o escravo ajoelhou-se e rezou uma prece sentida. O que teria pedido? Continue lendo

O diamante do mendigo

O diamante do mendigo
Dom Pedro José Conti – Bispo de Macapá

Certa vez, um mendigo chegou a uma pequena cidade. Estava com fome e não sabia como e onde passaria a noite. Mostrando segurança, bateu na porta da casa do usurário mais famoso da região.

– Não venho pedir esmola – falou decidido – o meu assunto é negócio, um grande negócio.

Apesar da roupa toda esfarrapada do pobre, o usurário, sempre interesseiro, o convidou a entrar. O mendigo fechou, cautelosamente, a porta atrás de si e, com ar misterioso, disse em voz baixa ao ouvido do rico: Continue lendo

O diamante do mendigo

O diamante do mendigo
Dom Pedro José Conti, Bispo de Macapá

Certa vez, um mendigo chegou a uma pequena cidade. Estava com fome e não sabia como e onde passaria a noite. Mostrando segurança, bateu na porta da casa do usurário mais famoso da região.

– Não venho pedir esmola – falou decidido – o meu assunto é negócio, um grande negócio. Continue lendo