Mais uma vez minha poesia atravessa o Atlântico

Neste Dia Mundial da Poesia fui comunicada que serei homenageada com o troféu e diploma “Personalidade Artística Internacional” no 10° Encontro Internacional de Lusofonia que ocorrerá em maio, em Portugal.
Mais uma vez minha poesia atravessando o Atlântico. Obrigada pelo reconhecimento.
Que mais eu poderia desejar neste Dia Mundial da Poesia? Mais nada.
Minha gratidão a Deus, a Literarte (Associação Internacional de Escritores e Artistas) e aos organizadores.

Salgado Maranhão é eleito para a Academia Maranhense de Letras

Um dos mais importantes nomes da literatura brasileira e aclamado até no exterior, o poeta Salgado Maranhão foi eleito nesta quinta-feira (Dia Mundial da Poesia) imortal da Academia Maranhense de Letras. Ele vai ocupar a Cadeira 7, que pertencia ao jornalista e escritor Antônio Carlos Lima, morto em outubro de 2023.

Nascido em um quilombo no Maranhão, viveu algum tempo no Piauí. Aos 20 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde reside até hoje.

Salgado já publicou cerca de 20 livros, venceu importantes prêmios, como o Jabuti, e também foi premiado pela Academia Brasileira de Letras.

Sua obra é estudada em importantes faculdades norte-americanas, como Havard e Yale. Tem poemas traduzidos para o inglês, alemão, italiano, francês, sueco e japonês. Constantemente é convidado para falar de sua obra em universidades do exterior. Até agora já esteve em mais de cem.
Tem poema publicado inclusive no New York Times, como o poema “Índio Velho”.

Em uma entrevista  a Igor Calazans, publicada no livro “Na Poesia Viva: A Poesia Contemporânea Em Frente e Verso” (Editora Viés), Salgado Maranhão disse: “Eu escrevo porque é o meu melhor lugar de respirar, de atestar que vivo e broto, e frutifico. Tendo me apossado da palavra escrita relativamente tarde, sua corporalidade e sua música verbal são motivos de permanentes regozijo e encantamento. Tanto que, meu principal prazer com o ato da escrita, é a própria realização do poema, publicar já é outra relação que se conecta com a alteridade.” 

Além da poesia, Salgado Maranhão é destaque também na música. Tem parcerias com grandes nomes da MPB como Paulinho da Viola e Ivan Lins; tem composições gravadas por Zizi Possi, Ney Matogrosso, Alcione, Elba Ramalho, entre outros.

Poetas José Inácio, Alcinéa Cavalcante e Salgado Maranhão (Foto: Flávio Cavalcante)

Parabéns, meu poetamigo. Tenho muito orgulho de você.

Um juiz de alma lírica e coração poético

O que se esconde atrás de uma toga? Às vezes um coração frio e endurecido, consequência – dizem alguns – de tanto ver e julgar casos escabrosos, violências, crimes medonhos. Às vezes a toga esconde a ganância pelo poder; outras vezes é usada como um escudo pelos que se acham intocáveis. Às vezes uma toga de cor preta brilhante esconde sentimentos cinzentos.Felizmente por trás de algumas togas há uma alma lírica, um coração poético, um sentimento de fraternidade e o desejo de fazer um mundo melhor. E essas coisas a toga não consegue esconder. Ela se torna transparente, sendo possível que se veja e se sinta o que está por trás. E há poesia. Muita poesia. É o caso, por exemplo, do juiz Paulo Madeira (foto). Claro que há outros juízes desse naipe. Ou quase. Mas neste Dia Mundial da Poesia escolhi Paulo Madeira para em nome dele homenagear os demais.
Além das características (as positivas, claro) que listei acima, Paulo Madeira é um grande poeta, de talento ímpar e sensibilidade que emociona tanto.
Penso que é por causa dessa sua alma tão poética que ele está sempre preocupado em fazer o bem, em garantir os direitos dos cidadãos, em acolher, ensinar, orientar. Prova disso é que quando era juiz em Serra do Navio ministrava cursos gratuitos sobre os direitos do cidadão para a população.
Sua poesia tanto pode ser um canto de amor para a mulher amada, como um protesto contra as injustiças socias e o preconceito. É um alerta também sobre as maldades que andam soltas por aí. É um chamamento para que todos se unam em prol da liberdade e que caminhos sejam abertos e portas escancaradas para o amor e paz.
De tantos belos poemas, pincei este que compatilho agora.

Portas
Paulo Madeira

No Senegal uma porta se abre
Um homem é arremessado no vazio: porta do nunca mais.
No Brasil um suor negro escorre
Um feitor vigia
Na amargura da dor e da saudade,
um escravo gera o doce
Na Europa uma colher gira
Xícara de porcelana, palácio real
Em Minas Gerais outro braço negro
O brilho do suor escorre no diamante
Na Europa a rainha espera
Um navio volta pelo oceano
Transporta dores e brilhos
A história se arrasta, uma voz diz: basta!
Pés ligeiros, capoeira, nasce um quilombo
A memória, que andava escondida
Ouve um grito por liberdade e sai
Cochicha nos ouvidos: nem todos chegaram
O sal do mar tem o sangue de irmãos. Acordem!
Uns fizeram acordos, outros acordaram
Puxando a memória de lado, zumbidos dizem: chegaremos!
O poeta acorda em 2022
Contempla Madiba na parede, repete: chegaremos!
A luta é carpinteira
Nascerá uma porta
Por ela passará a escravidão
Arrastada, envergonhada
As vozes gritarão: nunca mais!

Paulo Madeira é maranhense, mas está no Amapá há quase 30 anos. Aqui constituiu família. Com apenas 29 anos de idade foi aprovado em concurso público para juiz e tomou posse em agosto de 1996. Contam que saiu  da solenidade de posse direto para uma audiência, nem teve tempo de comemorar. Já foi presidente da Associação dos Magistrados por dois mandatos e hoje dirige a Escola Judiciária Eleitoral do TRE-AP, que semana passada fez um belíssima homenagem às mulheres  . Aproveito a oportunidade para parabenizá-lo e a toda sua equipe pela impecável organização.

Parabéns, a todos os poetas pelo Dia Mundial da Poesia e especialmente ao poeta Paulo Madeira e que logo ele nos presenteie com a publicação de um livro com suas belas poesias.

Ser paradoxal – Crônica de Elton Tavares

Ser paradoxal
Elton Tavares*

Sabem, escrevo textos, em sua maioria, sobre fatos ocorridos comigo ou que vi acontecer. Noutros poucos, relatos que misturam confissão e ficção.

Essas crônicas, quase todas autobiográficas, fazem um mapa do Elton paradoxal. Sim, como alguns criticam, o escrito é sobre este jornalista (portanto, se não quiser saber, nem continue. Vá ler algo útil).

Esse paradoxo é constante, entre um figura espinhoso e amoroso no mesmo avatar, mas quem não é um tantinho “contradizente” em seus respectivos universos pessoais?

Vou explicar. Já subi a ladeira com falsos caretas, mas preferi descê-la com os malucos sinceros. Detesto amizade de mão única, seja na diversão ou nos negócios. Tem que ter reciprocidade sempre.

Aliás, pra mim a palavra dada não faz curva. O que não posso dizer de muitos “parceiros”.

Levo a vida de maneira apaixonada pela família, namorada, amigos, boemia e trabalho. Aliás, minha família é PHODA e LINDA. Que fique registrado.

Observo as asas e até voo alto, às vezes. Viajo, literalmente pra outro lugar ou dentro da minha cabeça, mas sempre volto a colocar os pés no chão, pois nunca traio a minha raiz, a base, o meu próprio código de honra. Sim, vivo nos meus termos, com algumas concessões necessárias.

Porém, ao mesmo tempo que amo demais os meus, peso a mão em alguns momentos (com estranhos sempre), até com os afetos.

É o paradoxo. “De um lado este carnaval, de outro a fome total…”, diria Gilberto Gil.

Minha personalidade é fanática por mim mesmo, cheia de verdades rasas e profundas. Mas se eu errar, peço desculpas verbais e escritas. Sem medo ou orgulho.

Me embriago de cerveja, vinho, música, literatura, cinema, neuras, virtudes. Vivo os dias por obrigação, ofício ou dever, e também com altas doses de prazer. Gosto do que faço, pois, por ser jornalista e escritor, vivo literalmente de palavras. Entretanto, amo mesmo é a vida noturna, seja colado na mulher amada ou nas rodas de birita, músicas e conversas de um bar. Tenho a sorte de ainda tomar mais cachaça que remédios.

Apesar de, profissionalmente, conviver com o poder, nunca me deslumbro, pois sei que não sou mais que um peão no tabuleiro. Porém, trato isso com muita responsa e respeito, pois é o trampo que paga a vida que gosto de ter. O lance é não se deixar cegar na jornada.

Não sigo cronologia, misturo tudo. As crônicas que redijo são cheias de memórias afetivas, vivências, tomadas no cu e vitórias (que são a maioria, ainda bem). Nunca passo em brancas nuvens. Sempre marco presença, seja para o bem ou para o mal. E haja proteção celeste nos N assuntos cabulosos que dou uma de enxerido com meus achismos.

Como já disse em outra crônica: “Escrevo para não deixar meus pensamentos parados”.

O mais legal é que, agora, sigo 90 por cento menos marginal, brigão ou maquiavélico, mas sempre anarquista, graças a Deus.

É… Já fui malandro, dotô, hoje estou regenerado, já dissertam os Titãs na música “ Senhor Delegado / Eu Não Aguento” (que serve como uma luva para este cronista).

É… “Já fui macaco em domingos glaciais”, no dizer do Raulzito, na canção “S.O.S.”

No resumo da ópera rock, trata-se de um mero relato das experiências vividas. Algumas digressões do passado e fatos do presente, com menos salas esfumaçadas, mas sempre com cervas enevoadas ou vinho tinto. Ou trabalhando muito para pagar tudo isso.

Sigo, com menos frequência, pelos bares, botecos, demais locais de habituais e divertidas bebedeiras sem a necessidade de criar roteiros. Muitos desses encontros etílicos viraram crônicas, como os excelentes papos molhados com o Fernando Bedran, o libanês da cidade velha paraense.

Tento ser um “dizedor de verdades”, como diz o poeta Luiz Jorge. Mesmo com minha língua/caneta ferina (melíflua e exata – Uma beija e a outra mata), no olhar do escritor Fernando Canto.

Tento não redigir frases cegas com meu humor cínico ou achismo ácido. Como tô no parafrasear de muitos ídolos, grifo a Rita Lee Jones, que virou saudade há pouco tempo: “Onde quer que eu vá, lá estarei eu” e “mistério sempre há de pintar por aí”, Gilberto Gil, de novo.

É… O Elton Tavares, como gosto de assinar minhas crônicas e textos de trampo; ou o Godão, personagem boêmio que percorre os piores e melhores bares de Macapá desde a primeira metade dos anos 90, são dois lados da mesma moeda.

O bem e o mal? Não sei dizer. Cada um com muitas coisas que gosto e peculiaridades que detesto, mas que são elementos do ser paradoxal. O inventário dos meus arrependimentos é muito menor do que as merdas que fiz e valeram a pena.

Sim, sigo meio emburrado e meio boa praça, cheio de amor, um pouco de ódio, muita coragem, meio altruísta e meio egoísta, sempre com pouca paciência. Despudoradamente sincero e original, porém felizão nessa roda viva do viver e aprender. É isso!

*Elton Tavares é jornalista, escritor e um dos melhores cronistas da atualidade. Tem dois livros publicados e já trabalha no seu terceiro livro que deverá ser lançado ainda este ano

Pará celebra o centenário do escritor e jornalista Benedicto Monteiro

Para celebrar o centenário do escritor e jornalista paraense Benedicto Monteiro, o governo do Pará e  Fundação Cultural do Pará (FCP) elaboraram uma vasta programação. Benedicto nasceu  em 1º de março de 1924, no município de  Alenquer
Na sexta-feira, dia 1°, quando completa cem anos do nascimento do escritor, acontecerá a cerimônia de abertura do ano  de centenário,  às 18h no Centur.
Constam dessa programação performance com o poeta Juraci Siqieura e show de Leila Pinheiro.
Embora a abertura oficial seja na sexta-feira, a programação começa nesta quinta, 29, com o  Workshop “Literatura Paraense em Foco” ministrado pelo professor e doutor em teoria e história literária Abílio Pacheco.
“O foco principal do workshop são os romances que ele [Benedicto] publicou durante a década de 70, contos como ‘O Carro dos Milagres e outros contos’, que é a obra central dele, que tem o Miguel dos Santos Prazeres como parte central da obra dele. São os textos relacionados a perseguição política, ao contexto da década de 70, da ditadura militar, inclusive considerando o momento atual, é difícil falar de Benedicto Monteiro sem falar das situações atuais políticas”, avalia o professor Abílio Pacheco.

Neila Garcês, coordenadora de Promoção Editorial da FCP, explicou a importância do escritor para o estado paraense. “O evento é para oportunizar o acesso à obra do Benedicto Monteiro, que tem todo o legado de homem amazônico que foi, integrado nos traços fundamentais da nossa cultura e identidade regional. Além de reconhecer a importância da contribuição de Benedicto como escritor, estudioso, pensador, político e agente público à serviço do desenvolvimento da Amazônia, com foco em diversos municípios no Pará”, disse.

Também nesta quinta-feira (29), às 19h na Galeria Fidanza do Museu de Arte Sacra, será aberta a exposição  “Benedicto Monteiro – 100 anos”. A mostra conta com fotografias, objetos e painéis que retratam, através de trechos de suas obras, as nuances da trajetória de Benedicto. A iniciativa é da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Benedicto Monteiro 

Benedicto Wilfred Monteiro foi registrado no 1º de março de 1924, em Alenquer, município do Baixo Amazonas, filho de Ludgero Burlamaque Monteiro e Heribertina Batista Monteiro. Estudou humanidades em Belém e Direito na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal Rio de Janeiro. Publicou seu primeiro livro de poesia, “Bandeira Branca”, em 1945. Casado com Wanda Marques Monteiro, teve cinco filhos e diversos netos e bisnetos.

Bacharel em Ciências Jurídicas, exerceu cargos como Promotor Público, Juiz de Direito e Secretário de Estado. Eleito Deputado Estadual, foi cassado em 1964 pelo regime militar, sendo perseguido, preso e torturado. Após sua libertação, dedicou-se à advocacia agrária e à literatura, publicando obras como “Direito Agrário e Processo Fundiário” e diversos livros de poesia e ficção, incluindo seu principal livro de contos “Carro dos Milagres” e “A Terceira Margem”.

Sua obra, especialmente a tetralogia amazônica composta por “VerdeVagomundo”, “O Minossauro”, “A Terceira Margem” e “Aquele Um”, é reconhecida internacionalmente, sendo estudada e traduzida em países como Portugal, Holanda, Itália, Alemanha e Estados Unidos. O Governo do Estado já garantiu a reedição da Tetralogia Amazônica por meio da Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA). A Casa Civil também já autorizou a reedição dos livros “História do Pará”, referência na historiografia paraense, e “Ecologia e Amazônia: Ideias sobre a Alfabetização Ecológica”, obra vanguardista sobre a importância da conscientização de crianças para ecologia.

(Com informações da Agência Pará, Fundação Cultural do Pará e jornal O Liberal)

Governo do Amapá prorroga inscrições para editais da Lei Paulo Gustavo

O Governo do Amapá prorrogou até o dia 8 de março as inscrições dos editais da Lei Paulo Gustavo. O certame foi lançado em dezembro de 2023 e contempla quase 1,2 mil iniciativas culturais com fomentos e premiações.

Saiba o passo a passo para se inscrever

Após retificação, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) ampliou o período de submissão de propostas. O edital Latitude Zero destina R$ 15,1 milhões para alcance de 334 projetos, enquanto o edital Maré Cheia distribuirá R$ 5,6 milhões para setores diversos, contemplando até 835 agentes culturais em todos os 16 municípios.

As inscrições são gratuitas. Os participantes podem submeter projetos até às 23h59 do dia 8 de março, exclusivamente pelo site da Secult.

(Secom/GEA)

Começa sábado a Semana do Quadrinho Nacional Amapá

Este é o segundo ano em que o Coletivo AP Quadrinhos, atuante no estado há mais de dez anos, realiza a Semana do Quadrinho Nacional.
O evento iniciará no sábado, dia 27/01, no Baluarte Cultural (Av. Duque de Caxias, 142-A – Centro), com venda de quadrinhos do grupo, desenhaço interativo e apresentações musicais. Ao longo da semana, haverá oficinas de desenho e roteiro, palestras e rodas de conversa com importantes artistas locais.
As palestras e as rodas de conversa serão gratuitas, porém para as oficinas será cobrado o valor de R$ 10,00 por inscrição.
Do dia 30/01 a 02/02 o evento será no Centro Profissionalizante de Artes Cândido Portinari (Av. Cônego Domingos Maltês, 1976 – Santa Rita).
O encerramento do evento será no dia 03/02, sábado, no Villa Nova Shopping, com uma feira de quadrinistas amapaenses onde será possível conhecer e adquirir os seus trabalhos.
A Semana do Quadrinho Nacional é organizada em alusão ao Dia do Quadrinho Nacional, 30/01, data escolhida para relembrar o lançamento, em 1869, de “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”, de Angelo Agostini, reconhecido como a primeira história em quadrinhos brasileiras e uma das primeiras do mundo.
A semana do Quadrinho Nacional Amapá se liga a eventos similares que ocorrem país afora e mostram a força dos quadrinhos no Brasil.

Semana do Quadrinho Nacional
De 27/01 a 03/02 de 2024Abertura
Sábado 27/01
Local: Baluarte Cultural
Hora: a partir das 19h
• Desenhaço
• Venda de coleção de fanzines
• Apresentação musical: Rael e Sereia Caranguejo

Terça 30/01
Local: Cândido Portinari
Hora: 10h
• Oficina de Gian Danton: Roteiro Para Quadrinhos. Inscrição: R$10,00
Hora: 11h
• Palestra de Israel Guedes: Vivendo de Quadrinhos/Desenhos. Gratuito.

Quarta 31/01
Local: Cândido Portinari
Hora 10h
• Oficina de Kaic/Adriano (público infantil):
Laboratório de Criação Pokémon. Inscrição: R$10,00

Quinta 01/02
Local: Cândido Portinari
Hora: 9h
• Oficina de Will Cruz: Fundamentos do Desenho. Inscrição: R$10,00
Hora: 10h
• Oficina de Nat Muniz: Produção de Fanzine. Inscrição: R$10,00

Sexta 02/02
Local: Cândido Portinari
Hora: 15h
• Oficina de Kaic/Adriano (público infantil): Laboratório de Criação Pokémon. Inscrição: R$10,00
Hora: 16h30
Roda de conversa com Ronaldo Rony:
A Produção Alternativa de História em Quadrinhos. Gratuito.

Encerramento
Sábado 03/02
Local: Villa Nova Shopping
Hora: a partir das 10h
• Artist Alley / Feira com os artistas

Lei Paulo Gustavo: Prefeitura de Macapá lança Editais nesta terça-feira (23)

Nesta terça-feira (23), a Prefeitura de Macapá lança os editais da Lei Paulo Gustavo para os fazedores de cultura do município. A cerimônia é aberta ao público e acontece às 9h, no auditório da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult). São dois editais: Um específico para o segmento Audiovisual e outro geral para as Multilinguagens. No total, 4,5 milhões de reais serão divididos entre os dois editais.

Os editais têm o propósito de respaldar a diversidade cultural do município, embasada na Lei Complementar n.º 195/2022 – Lei Paulo Gustavo.

Podem participar dos editais agentes culturais naturais de Macapá ou residentes no município há pelo menos dois anos, com comprovação de atividades culturais superior a dois anos.

A participação é aberta a pessoas físicas, microempreendedores individuais (MEI), pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos, além de coletivos/grupos sem CNPJ.

Edital Audiovisual

O setor audiovisual é prioritário para a utilização dos recursos previstos na Lei Paulo Gustavo. O edital destinará R$ 3.150.000,00 (Três milhões, cento e cinquenta mil reais) ao setor e selecionará 108 projetos, com o objetivo de incentivar a produção audiovisual do Município de Macapá

Edital Multilinguagens

Serão destinados R$ 1.350.000,00 (Um milhão, trezentos e cinquenta mil reais) para a seleção de 204 propostas de iniciativas artísticas, abrangendo áreas como Artes Visuais, Artesanato, Cultura Afrodescendente, Dança, Literatura, Música, Teatro, Circo, Marabaixo, Festejos Tradicionais e Capoeira.

(Secom/PMM)

Mazagão Velho completa 254 anos com missa, cultura e shows nesta terça

Com programação durante toda esta terça-feira, 23, a vila histórica de Mazagão Velho,  74 quilômetros de Macapá, comemora 254 anos de existência com apoio do Governo do Amapá, que disponibilizou estrutura de palco, som, iluminação e tendas para a celebração. As atividades contam com missa, solenidade cívica e apresentações artísticas e culturais.

A celebração é realizada pela Prefeitura de Mazagão e também conta com parceria do Exército Brasileiro. A comunidade inicia a festividade a partir das 5h da manhã com alvorada festiva em frente à Igreja Nossa Senhora da Assunção. Ainda pela manhã, há o hasteamento das bandeiras e a cavalaria de São Tiago segue em procissão com o translado das urnas funerárias dos colonizadores da região até o local da missa. A programação ainda traz celebração cívica, salva de tiros e o corte do bolo.

Pela tarde, haverá shows musicais e celebração cultural com apresentação do tradicional ‘vominê’, além de Batuque e Marabaixo. As atividades ocorrem às margens do Rio Mutuacá e seguem até a noite. O professor e historiador Antônio José Pinto, morador da região, ressaltou que celebrar a data é garantir o resgate histórico da comunidade.

“Mazagão Velho foi onde a nossa história começou. Nossos antepassados enfrentaram uma longa jornada do outro lado do Atlântico até aqui, para habitar esse local que é também conhecido como o berço da cultura amapaense”, destacou o professor.

Mazagão Velho

Mazagão Velho foi uma colônia portuguesa no Marrocos que foi desativada e transferida para o Amapá. No final do século 18, por volta de 1769, cerca de 160 famílias, aproximadamente 1.020 pessoas, vieram do Marrocos e desembarcaram na região, às margens do rio Mutuacá. A cidade, ainda com o nome de Nova Mazagão, foi fundada pela Coroa Portuguesa em 23 de janeiro de 1770.

O distrito de Mazagão Velho concentra um extenso calendário de festas religiosas, tradicionais e culturais. A principal e maior é a Festa de São Tiago, no mês de julho, que mistura rituais religiosos, cavalhada e teatro a céu aberto, recontando a guerra entre mouros e cristãos.

Confira a programação do 254º aniversário de Mazagão Velho:

Terça-feira, 23

  • 5h – Alvorada Festiva em frente à Igreja Nossa Senhora da Assunção;
  • 8h – Cortejo com as urnas funerárias para a Igreja Nossa Senhora da Assunção;
  • 8h30 – Missa campal;
  • 9h30 – Programação cívica:
    – Hasteamento das bandeiras;
    – Salva de tiros em homenagem aos pioneiros mazaganenses;
    – Pronunciamento das autoridades e comunidade;
    – Parabéns e corte do bolo.
  • 19h – Início das apresentações culturais dos grupos de Marabaixo e Batuque;
  • 21h30 – Shows Artísticos com Dj Gaguinho Magnético; Bena Niss e Neizinho; Tiago Nathan; Arttur Loran e Salomão Monteiro.

(Texto: Gabriel Penha e Cristiane Nascimento- Foto: Gabriel Penha)