Veja os vencedores estaduais no Prêmio Sebrae de Jornalismo 2021

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Amapá (Sebrae) anunciou ontem os vencedores na 8ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2021 (PSJ), etapa estadual. O maior prêmio de jornalismo empreendedor realizado no Brasil recebeu 11 inscrições no estado. A solenidade de premiação ocorre na segunda quinzena de janeiro de 2022.

Segundo a gerente da Unidade de Comunicação e Marketing do Sebrae no Amapá (UMC), Sândala Barros, o Prêmio Sebrae de Jornalismo é uma iniciativa do Sebrae Nacional, em parceria com as unidades estaduais. “O objetivo é premiar os melhores trabalhos jornalísticos com temas que englobam o universo dos pequenos negócios, entre eles, empreendedorismo, produtividade e competitividade, inovação e startups, inclusão produtiva e sustentabilidade, transformação digital, políticas públicas e legislação, e acesso a crédito”

Júri
O júri técnico no estado do Amapá é composto pelo coordenador do Curso de Jornalismo e diretor da TV e Rádio da Universidade Federal do Amapá (Unifap), jornalista Paulo Giraldi; coordenadora da Comunicação da Embrapa no Amapá, jornalista Dulcivânia Freitas; e pela jornalista e escritora, Alcinéa Cavalcante.

Premiação
O primeiro lugar de cada categoria vai receber troféu e certificado. Os demais participantes receberão diploma de participação. Já os integrantes do júri técnico receberão diploma alusivo à sua contribuição na avaliação dos trabalhos.
Após vencer na etapa estadual, os jornalistas concorrem agora na etapa regional, que não terá premiação, mas credencia os vencedores para a disputa da premiação na etapa nacional.

Trabalhos Classificados
Prêmio Sebrae de Jornalismo – Categoria Texto
Vencedor Estadual
1º lugar: A aventura dos castanheiros no Amapá (Portal SelesNafes.com)
Subtema: Inclusão Produtiva e Sustentabilidade
Equipe: Marco Antônio P. Costa, Seles Nafes e Elder de Abreu
Série:

Link 1: https://selesnafes.com/2021/07/video-a-aventura-dos-castanheiros-no-amapa/?swcfpc=1

Link 2: https://selesnafes.com/2021/07/castanhas-do-iratapuru-a-odisseia-da-coleta/?swcfpc=1

Link 3: https://selesnafes.com/2021/08/das-cinzas-a-nova-fabrica-a-volta-por-cima-dos-castanheiros/

2º lugar: Startup do Amapá vence seleção e recebe investimento nacional (Portal SelesNafes.com)
Subtema: Inovação e Startups
Equipe: Marco Antônio P. Costa e Seles Nafes

Link: https://selesnafes.com/2021/06/startup-do-amapa-vence-selecao-e-recebe-investimento-nacional/

3º lugar: Honorato Júnior: Cartunista busca empreender no mercado da arte e aumentar produtividade (Amapá Digital)
Subtema: Empreendedorismo
Autor do trabalho: Marcio Bezerra

Link: https://amapadigital.net/noticias_amapa_view.php?id_noticia=129992

Prêmio Sebrae de Jornalismo – Categoria Vídeo
Vencedor Estadual
Compra de comidas típicas pela internet é opção para comemorar as festas juninas no Amapá (Rede Amazônica – Amapá)
Subtema: Empreendedorismo
Equipe do trabalho: Kelison Neves, Nixon Franck e Ângelo Fernandes

Link: https://globoplay.globo.com/v/9625637/?s=0s .

(Denyse Quintas)

Raimundo se arrancou – Homenagem ao Azevedo Picanço

Raimundo se arrancou
Alcione Cavalcante

RAIMUNDO, pra usar um de seus motes, SE ARRANCOU.
Com isso levou grande parte de nossa alegria.
RAIMUNDO, não foi o melhor puxador de samba do PIRATÃO, mas com foi certeza o MAIS FELIZ E O MAIS ANIMADO. Animação que emanava das cordas vocais e dos trejeitos inigualáveis e que inundava a avenida do samba e envolvia a todos, independentemente das cores de suas paixões carnavalesca. Pra nós do PIRATÃO, euforia só.
Voz a serviço da comunidade, que as ondas do rádio amplificaram e manterão viva no universo da infinidade de seus ouvintes cativados por sua simplicidade.
Coração enorme, muito maior que o Sambódromo. Quem com ele conviveu sabe bem disso.
Nos últimos tempos nos perguntávamos “QUEDÊ” Azevedo?
Só cabia uma resposta: Está com o Otimismo, com a Confiança e acima de tudo com a Esperança de quem acredita em Deus.
Com prestígio, acho que pediu pra ir exatamente no Dia da Consciência Negra. Foi atendido. Nunca mais o dia será o mesmo pra nós. A Majestosa nessa data irá rufar seus tambores nas nossas lembranças, sempre,
Pois é, amigo. É mesmo assim. Você sabe, mas precisamos registrar mais uma vez a nossa admiração por você, por tudo que representou pro nosso PIRATÃO.
Não esqueça de dar um etéreo abraço no Monteirinho, no Manuel Torres, no Jeconias, no Maranhão, no Gilson Rocha e a tantos outros piratistas, que lá no céu, rindo de nossas aflições o receberam com o carinho que você merece.
Um grande “TOCHA” pra você “MEU PRETO”.
Vá em paz.

Macapá amanheceu triste – Azevedo Picanço, ícone da comunicação, faleceu

Faleceu nas primeiras horas de  hoje, no Hospital São Camilo, o radialista Azevedo Picanço – ícone da comunicação no Amapá. O velório está sendo realizado na Capela Central Pax (Av. Mendonça Furtado 2447) e o sepultamento será amanhã, as 10 horas, no cemitério São José.
Azevedo por mais de 30 anos comandava programas de rádio, levando a boa música, informações e muita alegria aos lares amapaenses. Além disso, realizava todos os anos o baile “Caia na Folia”; flamenguista, promovia também o baile “Vermelho e Preto”; carnavalesco, foi intérprete de samba de enredo de Piratas da Batucada e, por várias vezes, apresentador oficial da Liga das Escolas de Samba.
Alegre, solidário, gentil, fez milhares de amigos e fãs durante sua passagem por este mundo. Gente que hoje chora sua partida, que se uniu em orações durante todo o tempo que ele ficou internado lutando pela vida, tentando se recuperar de três AVC e complicações decorrentes de diabetes.
Mas hoje, Dia da Consciência Negra, ele que tratava todo mundo de “meu preto” e “minha preta” partiu. Partiu nesta manhã de sábado, dia de rufar dos tambores e de missa do quilombo. Hoje os tambores vão rufar por ele.

Macapá está triste.

E agora, meu preto? Como é que a gente vai cair na folia sem você?
Meu amigo, muito obrigada pelas grandes alegrias que você nos proporcionou durante sua passagem por este mundo.
Obrigada pelos “tochas”, carinho e amizade.
Siga na luz, meu preto. Que Deus te acolha com um amplo sorriso e que os Anjos te recebam com confetes e serpentinas.

Eliane Brum lança hoje seu novo livro: Banzeiro Okòtó, uma viagem à Amazônia Centro do Mundo

É hoje, a partir das 19h30, o lançamento do novo livro da jornalista, escritora e documentarista Eliane Brum:  Banzeiro Okòtó, uma viagem à Amazônia Centro do Mundo. O lançamento será na plataforma Manifão (www.manifao.org), que é uma plataforma de manifestação interativa, mas dá para assistir também pelo youtube da Cia das Letras.
“Será um lançamento-manifesto-denúncia-encantaria-luto-e-luta pela Amazônia, reXistência.  Vou receber convidados da floresta e gente que luta pela floresta“, diz a escritora.

Entre os convidados estão Juma Xipaia e Marcelo Salazar diretamente da COP 26, Antonio Nobre, o maravilhoso cientista da Terra, Raimunda Gomes, ribeirinha da Terra Prometida e entidade da floresta, Erasmo e Natalha Theofilo, de seu refúgio onde se abrigam com as crianças para não serem mortos, Talita Sena, da juventude amazônica do Médio Xingu, Maria Francineide, pescadora do Xingu expulsa por Belo Monte, parte do Conselho Ribeirinho, Daniela Silva, ativista feminista dos movimentos negro e ambiental. E ainda Lorena Curuaia, da Volta Grande do Xingu, entrando ao vivo da manifestação de protesto contra a mineradora canadense Belo Sun Mining que avança com seu projeto de mineração de ouro.

O livro

Eliane Brum mescla relato pessoal e investigação jornalística para escrever um livro urgente de denúncia e em defesa da Amazônia, lugar que adotou como casa e de cuja luta pela sobrevivência participa ativamente.

Escritora, jornalista e documentarista, Eliane Brum faz um mergulho profundo nas múltiplas realidades da maior floresta tropical do planeta. Com quase 35 anos de experiência como repórter, há mais de vinte ela percorre diferentes Amazônias. Em 2017, adotou a floresta como casa ao se mudar de São Paulo para Altamira, epicentro de destruição e uma das mais violentas cidades do Brasil desde que a hidrelétrica de Belo Monte foi lá implantada.

A partir de rigorosa pesquisa, Brum denuncia a escalada de devastação que leva a floresta aceleradamente ao ponto de não retorno. E vai mais além ao refletir sobre o impacto das ações da minoria dominante que levaram o mundo ao colapso climático e à sexta extinção em massa de espécies. Neste percurso às vezes fascinante, às vezes aterrador, a autora cruza com vários seres da floresta e mostra como raça, classe e gênero estão implicados no destino da Amazônia e da Terra.

Um livro imprescindível para quem tem a coragem de buscar respostas para o tempo de urgência que vivemos, escrito por quem não teme se arriscar para buscá-las. (Companhia das Letras)

“Escrito nas estrelas” – Por Gabriel Penha

“Escrito nas estrelas”
Por Gabriel Penha*

O Município de Amapá, a cerca de 350 quilômetros de Macapá, guarda grandes capítulos de nossa história. Entre eles, a famosa Base Aérea, construída pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, o local é um museu a céu aberto que por si só já vale a pena conhecer.
Mas sempre imaginei fazer fotos da Via Láctea por lá. Em julho, cheguei a me planejar para ir, mas não deu certo – mas, tudo acontece quando tem que acontecer. Na sexta-feira passada, dia 8, cheguei à terra de Cabralzinho. No sábado, dia 9, ainda pela manhã, bem cedinho, fui ao local fazer um “reconhecimento” para ter noção da composição de uma foto de astronomia, isso na companhia do meu amigo, guia local, historiador, assessor de comunicação da Prefeitura de Amapá e um entusiasta da história e da cultura daquele Município, João Ataíde, O Viajante.
Chegamos lá por volta de 19:53, segundo me apontam os metadados da primeira imagem. Consegui o enquadramento, com velhos maquinários e árvores. Mas, naquele momento as nuvens insistiram em atrapalhar – as primeiras imagens até ficaram legais e as nuvens ainda deram um ar de Aurora Boreal, mas o que eu queria era mesmo o “veio do céu”.
Voltamos para a sede do Município, já frustrados e determinados a retornar no outro dia. Mas as nuvens, como mágica, se desfizeram quando caiu uma forte e rápida chuva. As estrelas voltaram a ser as grandes protagonistas do céu e não tive dúvidas: “João, vamos voltar lá!”
Retornamos ao local já eram quase 21h. A euforia foi tão grande que até esqueci de iluminar o chão com calma para verificar se não havia cobra como fizemos mais cedo. Na primeira foto já o resultado esperado. Durante uns 40 minutos, fizemos a sequência de imagens que vocês acompanham aqui.Nota do autor:
Quero agradecer à Prefeitura de Amapá, na pessoa do prefeito Carlos Sampaio e de toda sua competente e acolhedora equipe, pela hospitalidade, cordialidade e todo o apoio possível e incondicional durante minha estadia naquele Município.

*Gabriel Penha é jornalista e fotógrafo

“Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo”, o novo livro de Eliane Brum

“Banzeiro òkòtó: uma viagem à Amazônia Centro do Mundo” é o novo livro da premiada jornalista  Eliane Brum. “Este livro é meu grito e é também a minha música que ofereço a vocês nestes tempos tão desafiadores em que temos que tecer o comum atacados por todos os flancos”, diz a autora
Banzeiro òkòtó estará nas livrarias a partir de 29 de outubro, mas já pode ser encomendado.
O livro tem também um caderno de 16 páginas com fotos de Lilo Clareto, seu grande companheiro de reportagem, morto por covid-19  em 21 de abril deste ano. A foto de capa, este beijo em árvore, é também de autoria do Lilo.

Leia o resumo da editora Companhia das Letras:
“Eliane Brum mescla relato pessoal e investigação jornalística para escrever um livro urgente de denúncia e em defesa da Amazônia, lugar que adotou como casa e de cuja luta pela sobrevivência participa ativamente.
Escritora, jornalista e documentarista, Eliane Brum faz um mergulho profundo nas múltiplas realidades da maior floresta tropical do planeta. Com quase 35 anos de experiência como repórter, há mais de vinte ela percorre diferentes Amazônias. Em 2017, adotou a floresta como casa ao se mudar de São Paulo para Altamira, epicentro de destruição e uma das mais violentas cidades do Brasil desde que a hidrelétrica de Belo Monte foi implantada.
A partir de rigorosa pesquisa, Brum denuncia a escalada de devastação que leva a floresta aceleradamente ao ponto de não retorno. E vai mais além ao refletir sobre o impacto das ações da minoria dominante que levaram o mundo ao colapso climático e à sexta extinção em massa de espécies. Neste percurso às vezes fascinante, às vezes aterrador, a autora cruza com vários seres da floresta e mostra como raça, classe e gênero estão implicados no destino da Amazônia e da Terra.
Um livro imprescindível para quem tem a coragem de buscar respostas para o tempo de urgência que vivemos, escrito por quem não teme se arriscar para buscá-las.”

Remember – Nos anos de chumbo

Amaury Farias era um dos donos e redator-chefe do combativo jornal Folha do Povo, nos anos 60.
Na primeira segunda-feira após o golpe de 1964, ao chegar a redação do jornal Amaury deu de cara com o delegado de polícia José Alves, que foi logo informando:
Estou aqui por ordem do governador para fazer intervenção no jornal e na empresa porque aqui funciona uma célula comunista.

Ao que Amaury disse:
Senhor delegado, aqui funciona única e exclusivamente a Folha do Povo, órgão que faz oposição aberta ao sistema dinástico dos Nunes (governador do Amapá Janary Nunes) e seus asseclas e se ser contra esse sistema é ser comunista…

A Polícia não encontrou nada que provasse que ali era um aparelho comunista, mesmo assim levou Amaury preso.

OAB e Comissão Arns denunciam na ONU ataques do governo brasileiro à liberdade de expressão

Na próxima quinta-feira, 8, às 10h do horário de Brasília (15h horário de Genebra), a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB e a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns farão um evento paralelo na 47ª Sessão no Conselho de Direitos Humanos da ONU com o tema “A erosão da liberdade de expressão no Brasil”, para denunciar e alertar a comunidade internacional sobre os ataques à liberdade de expressão no Brasil.

O encontro será mediado por Laura Greenhalgh, jornalista e diretora executiva da Comissão Arns, e terá como convidados Patrícia Campos Mello, repórter e colunista da Folha de S.Paulo, vencedora do Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa, que foi alvo de agressões e ameaças do governo federal brasileiro; Felipe Neto, youtuber e empresário também atacado de modo violento por criticar a gestão do presidente Jair Bolsonaro; Pierpaolo Cruz Bottini, advogado, professor livre docente de Direito da USP e coordenador do Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB Nacional; e Paulo Coelho, escritor brasileiro reconhecido pela publicação de diversos best-sellers.

Os convidados receberão as boas-vindas de José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça do governo FHC e presidente da Comissão Arns, e Felipe Santa Cruz, advogado e presidente da OAB. O evento será online e transmitido ao vivo pelo canal de YouTube e facebook da OAB Nacional e facebook da Comissão Arns.

Serviço
“A erosão da liberdade de expressão no Brasil”
Evento paralelo na 47ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Com Patrícia Campos Mello, Felipe Neto, Pierpaolo Bottini e Paulo Coelho
Dia: 8.07.2021
Horário de Brasília: 10h  (15h em Genebra)
Acesso ao evento pelos links: YouTube da OAB Nacional; Facebook da OAB Nacional; Facebook da Comissão Arns.
(Ascom)

Xexeo – “O jornalista tem de ter duas qualidades básicas: a curiosidade e a humildade

Trechos de uma entrevista que Xexeo concedeu à Associação Brasileira de Imprensa

ABI OnlineVocê já reparou que escreve muito sobre o passado, sobre coisas que já foram? Isso é saudosismo?
Xexéo — Isso é idade, né? Quanto mais eu vivo, mais passado eu tenho. Hoje mesmo escrevi uma coluna inteira sobre o assunto. Muitas vezes isso ocorre porque você percebe que certas coisas vão se perdendo e dá uma vontade de que elas permaneçam. Meu contato maior é com as redações, muito maior até do que com a vida real. As pessoas mais novas são muito desinformadas sobre o que já aconteceu. É muito comum você falar de determinado acontecimento ou personalidade e o mais jovem retrucar: “Ah, mais isso foi antes de eu nascer.” Como se o mundo começasse no dia em que a gente nasce! Então, quando escrevo, eu sinto essa vontade de mostrar como as coisas eram e aconteciam. Acho que a nostalgia é essa sensação de achar que “aquele tempo” era melhor do que esse. É claro que a nossa juventude é sempre melhor do que a maturidade. A infância é, de certa forma, idealizada e tudo o que a cerca parece melhor também. Mas eu tenho consciência de que não é bem assim. Só quero deixar registrado.

ABI OnlineVocê já escreveu a coluna dos seus sonhos?
Xexéo — É capaz. Foram tantas que já devo ter feito a dos meus sonhos e também a pior de todos os tempos. Na verdade, não tenho nenhum projeto de escrever uma coluna determinada e não me acho um cronista. Não sei o que sou quando escrevo naquele espaço ali. Mas, de vez em quando, eu me aproximo da crônica. Quanto mais isso acontece — e ainda é raro — mais eu gosto. Supero um obstáculo, meu trabalho é melhor, fica mais literário e atinge as pessoas de modo mais sofisticado do que simples comentários ou opiniões sobre um assunto. Quando isso acontece, estou mais perto dos meus sonhos.

ABI OnlineE se você fosse professor universitário de um curso de Jornalismo, o que ensinaria a seus alunos?
Xexéo — O jornalista tem de ter duas qualidades básicas. Uma é a curiosidade; acho que é possível ensinar isso. A outra é a humildade, pois esta é uma profissão que — talvez por ser associada a essa história de quarto poder — permite que você se ache melhor que os outros, tenha o nariz empinado e se sinta com o rei na barriga. Isto acaba prejudicando o trabalho. A gente detém, ou consegue, a informação por uma única razão: não porque é mais inteligente, mais bonito ou mais gostoso, mas porque sabe que tem a função de dividi-la com a sociedade. É preciso ter humildade o tempo todo para saber que você é só o “cavalo” dessa história, que não é melhor do que ninguém porque sabe antes das coisas. Eu tentaria passar isso.

A entrevista completa você lê aqui