A saga de um andarilho pelas estrelas

Utopia pós-moderna, “A saga de um andarilho pelas estrelas”, de Jean Pires de Azevedo Gonçalves, conta a história de um homem que abandona a Terra e viaja pelas estrelas, onde conhece civilizações extraordinárias. Mas o universo guarda infinitas surpresas e alguns planetas podem ser muito perigosos. O enredo é repleto de momentos cômicos e desconcertantes que acabam por inspirar reflexões sobre a vida e a existência. O livro é escrito em prosa em dez capítulos. Oito sonetos também acompanham a narrativa.
O livro nasceu de uma brincadeira que o autor fez com amigos que participavam de um grupo de estudo de economia. Diante de previsões pessimistas, o autor escrevia artigos sempre bem humorados e relacionados a invasões extraterrestres. (Editora Multifoco)
Disponível no site da Editora Multifoco, Livraria Cultura, Livraria da Travessa, Cata Preço.
Autor: Jean Pires de Azevedo Gonçalves
ISBN: 9788584730452
Ano: 2015
Página: 184
Preço: R$ 38,00

Barca das Letras distribui livros para os ribeirinhos

Barca das Letras  distribui livros pelos rios Amazonas e Macacoari

barcaApós arrecadar mais de mil e quinhentos livros e gibis com os moradores de Brasília durante o mês de janeiro, a Biblioteca Itinerante Infantil Barca das Letras começará a distribuí-los para comunidades tradicionais do Amapá, viventes ao longo dos rios Amazonas e Macacoari, no período de 2 a 11 de fevereiro. O objetivo é estimular o prazer da leitura, principalmente com as crianças ribeirinhas, as quais já estão acostumadas com as brincadeiras do palhaço Ribeirinho, o animador da Barca das Letras.
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Sim, é possível viver como escritor no Brasil

Sim, é possível viver como escritor no Brasil
Por Raphael Draccon em 06/01/2015 na edição 832 do Observatório da Imprensa

Meu pai foi a primeira pessoa a quem revelei que seria escritor e a primeira que disse que eu morreria de fome. Ele viu meu primeiro livro ser publicado, mas morreu sem saber que eu ganharia com livros mais do que ele juntou a vida inteira como corretor de imóveis. Faz sete anos que ele morreu, mas o mantra ainda é repetido a qualquer um que queira viver da escrita.

É positivo se revisar esse discurso para não restar apenas a impressão de que o autor brasileiro está destinado a viver um fardo. Para isso, é preciso concordar, antes de mais nada, que escrever é uma profissão.

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Os livros e os dias

Li, mais uma vez, “Os livros e os dias”, de Alberto Manguel. É um misto de diário e crítica literária. De junho de 2000 a maio de 2003, ele releu 12 livros – um por mês.

Em “Os livros e os dias”, Manguel mistura a crítica com seu diário pessoal e estabelece diálogos entre os 12 autores relidos no período e outros lidos ao longo da sua vida. É como se houvesse uma conversa descontraída – e até algumas confissões – entre escritores de nacionalidades, gêneros, épocas e estilos tão diferentes.

A primeira vez que o li, devorei-o. Desta vez não. Li tão sem pressa e com tanta atenção como um pescador que tece sua rede de pesca para a próxima temporada. Grifei trechos, fiz anotações e me senti participando de uma grande roda de bate-papo com Manguel, Kipling, Machado de Assis, Conan Doyle, Cervantes e tantos outros. Senti falta de Hemingway.

livro3Durante a conversa veio o desejo de reler algumas obras, como D. Quixote, Kim e Memórias Póstumas de Brás Cubas. O primeiro e o último tenho na estante. Já os li várias vezes desde minha adolescência. Mas Kim… juro que nem lembrava da sua existência. Só lendo Manguel é que me veio à lembrança que li Kim quando tinha 10 ou 11 anos. Mas não lembro absolutamente nada dele. Sei apenas que gostei.

É possível gostar de algo que não se lembra, de que não se sabe mais nada? Acho que sim. Quem é Kim? Não sei, mas gosto dele. O que Rudyard Kipling conta em Kim? Não lembro, mas sei que é coisa boa. Como era a capa, o papel, a tipologia do livro? Não tenho a menor ideia. Agora quero saber tudo isso que esqueci.
Tô ansiosa.
Como resolver, onde encontrar, como comprar? Nada que não se resolve em tempos de internet.

Decido iniciar a busca pela Livraria Cultura. Tenho sorte. Tá lá no catálogo. Imediatamente faço a compra on line.

Agora é esperar que a Kombi dos Correios pare na frente da minha casa e dela salte o carteiro com uma caixa na mão. Uma caixa, que tenho certeza, guarda boas lembranças da minha infância; lembranças tão bem guardadas, tão escondidas, que nem lembro mais.

Alberto Manguel não releu “Cartas a um jovem poeta”, mas faz uma referência a ele. Lembro que o li há alguns anos. Uma rápida passada de olhos numa das minhas estantes e lá está ele esperando para ser relido.

Ok. Sento na cadeira de balanço, coloco os óculos e aguardando a chegada de Kim releio as cartas de Rainer Maria Rilke.

Feira do Livro do Amapá

Com o tema “Leitura e Memórias Ancestrais”, a Feira do Livro do Amapá (FLAP), começa no próximo sábado.
Diferente dos anos anteriores, desta vez as atividades se concentrarão apenas no Museu Sacaca,  Biblioteca Pública e algumas escolas.
As livrarias não participarão este ano.
A abertura está marcada para às 9h no Museu Sacaca.
O ciclo de palestras da Flap começa dia 14 e vai até dia 18, nos três turnos na Biblioteca Pública.
Confira a agenda de palestras clicando aqui

Os mineiros da floresta

convite-1Professor e pesquisador Adalberto Paz lança na próxima semana, dia 2 às 19h no Centro Cultural Franco Amapaense, seu livro “Os mineiros da floresta: modernização, sociabilidade e a formação do caboclo-operário no início da mineração industrial amazônica”.

O livro analisa as transformações socioculturais relacionadas à instalação do primeiro grande projeto de mineração na Amazônia, ou seja, a exploração das minas de manganês do Amapá, entre as décadas de 1940 e 1960, enfatizando como populações voltadas essencialmente para o extrativismo foram incorporadas à lógica capitalista do trabalho regular, hierarquizado e assalariado. Nesse empreendimento, a construção de duas “cidades-operárias” (Serra do Navio e Vila Amazonas), no interior da floresta amazônica, ambicionava a formação de um tipo específico de trabalhador e de família, forjando comunidades orientadas pela busca da harmonia entre capital e trabalho.