Alerta da Defesa Civil

A defesa civil de Macapá alerta a população que nos próximos dias, segundo boletim meteorológico do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnologias do Amapá (IEPA), que ainda há previsão de chuvas fortes para todo o município de Macapá pelos próximos dias.

Como forma de prevenir acidentes, danos e prejuízos provenientes dos possíveis alagamentos em áreas de risco, alertamos aos moradores dessas áreas que adotem as medidas preventivas, evitando transitar por ruas e avenidas alagadas e, caso necessário, acionem o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil Municipal, através do telefone 199.

Técnicos da Prefeitura de Macapá estão atuando nos canais de drenagem natural, com limpeza e obras de melhorias das galerias que dão vasão às águas das chuvas. Informamos também sob a possibilidade de transbordamento dos grandes canais (canal do Beirol, Mendonça Junior e canal do Jandiá) que recebem água do Rio Amazonas, caso coincidam chuvas fortes com horário de maré lançante (de acordo com tábua de maré fornecida pela marinha do Brasil) os índices dos níveis de água serão altos até o dia 4 de maio.
( Asscom -Semur)

Naquele tempo

Macapá era cortada por igapós, havia muitas áreas de ressaca, o clima era ameno. Tão ameno que ventilador era luxo. Aparelho de ar condicionado nem existia nas bandas de cá.
Março era o mais que mais chovia. A combinação chuva forte, maré alta e lua não provocava alagamentos. Podia chover uma semana sem parar que nenhuma casa ia pro fundo, que nem uma rua ficava alagada. Havia lama, isso sim. Muita lama. Aliás, os meninos adoravam a lama. Achavam o lamaçal tudo de bom pra jogar futebol e peteca. Se podia andar descalço pelas ruas e quintais sem medo de pegar leptospirose. Não havia ratos.
Eis que a cidade cresce e os governantes começam a aterrar as áreas de ressaca. Poderiam em vez de jogar toneladas de aterros nos igapós, fazer uma pracinha ao redor, com bancos e jardins. A cidade ficaria muito mais bonita.
Mas não. Aterraram tudo em troca de votos. E o resultado está aí: basta uma chuva de 15 minutos como a da manhã de hoje para Macapá praticamente ir pro fundo. As ruas viram rios, o trânsito fica um caos, as casas são inundadas. Andar descalço, tomar banho de chuva na rua ou quintal, fazer uma peladinha de futebol na chuva é tentativa de suicídio.

Lembro de um igapó, na avenidas Mendonça Furtado, Almirante Barroso e Cora de Carvalho entre as ruas Jovino Dinoá e Odilardo Silva. Era tão divertido molhar os pés ali, pegar peixinhos, apanhar flores. Os mais ousados davam um mergulho. A água não era contaminada. Os meninos juntavam recipientes de soro – que naquele tempo eram vidros de boca larga – para servir de aquário. Era cada peixinho lindo! Pena que não duravam mais de dois dias.
Nos igapós também se “pescava”sarará para colocar no mingau de mucajá.
Alguém pode perguntar se havia palafitas como hoje nessas áreas. Não. Não havia. Ninguém construía casa no lago. Se construía no entorno. Dentro não.

Passarela naquele tempo era coisa usada em desfile de misses. Nada a ver com as passarelas de hoje que governantes constroem, pintam da cor de seus partidos e fazem festa de inauguração com direito a discurso, foguetório e holofotes da televisão.

Macapá alagada

A chuva forte que caiu esta manhã provocou alagamentos em vários pontos da cidade. O trânsito ficou um caos e em vários bairros faltou energia elétrica
chuva-edianeAvenida Duque de Caxias, entre Hamilton Silva e Manoel Eudóxio
(Foto: Ediane Borges)

centr-savioCentro
(Foto: Sávio Borralho)

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O macapaense está cantando assim

“Era uma rua muito engraçada
que de asfalto não tinha nada
Ninguém podia andar nela não
Porque buraco tinha um montão
Ninguém podia dirigir ali
Porque o carro ia sumir
Mas era feita com muito esmero
Pelos políticos do Marco Zero.”

A voz do leitor

Onde moro. Onde desejo e mereço morar melhor
Dulcivânia Freitas

Desde que surgiu, há quase 26 anos, o Conjunto Embrapa, no bairro Universidade, jamais recebeu pavimentação. Muito tempo, não é mesmo?! Os moradores nem lembram mais quantas vezes viram funcionários da Prefeitura de Macapá fazendo medições nas ruas, perpetuando por anos a ilusão de que o próximo passo seria a terraplenagem, até chegar o asfalto.

No dia 30 de agosto de 2013 estivemos juntos na entrada do Conjunto, as proximidades da Rodovia JK, fazendo um protesto que tornou mais “visível” a situação deste pedaço esquecido da cidade. As consequencias nos encheram de esperança concreta. O primeiro resultado é que o prefeito Clécio Luis esteve conosco, no próprio conjunto, mais precisamente na residência do Dr. Márcio Alves (Procurador de Justiça), na noite do dia 25 de setembro de 2013. Inicialmente, o prefeito detalhou a contabilidade da Prefeitura, com balanço resumido de receitas, despesas, cifras disponíveis e previsíveis para investimentos e custeio. Enfim, uma situação que o morador de Macapá medianamente informado já tinha conhecimento. Porém, o momento é de busca de soluções, de definir os compromissos que sejam possíveis de serem executados. Na ocasião, o prefeito se comprometeu com o asfaltamento do Conjunto Embrapa em 2014 e o recapeamento da via principal (Avenida Inspetor Marcelino) já em novembro do ano de 2013, o que até o momento não aconteceu.

O interessante daquela reunião em setembro de 2013 é que finalmente nos pareceu que a pavimentação do Conjunto Embrapa entrou na pauta de trabalho da Prefeitura de Macapá, deixando para trás o “status” de problema invisível nas pranchetas de trabalho dos gestores da área de urbanismo. Pois bem. No dia 14 de abril deste ano, tivemos mais um desdobramento desta luta. O prefeito recebeu uma comissão de moradores em seu gabinete, e a exemplo do encontro de 2013, relatou as dificuldades financeiras que a prefeitura atravessa. Mas existe uma boa nova: a parceria com o Governo do Estado para o asfaltamento de vários quilômetros de vias dentro de Macapá, inclusive prevendo a avenida principal do Conjunto Embrapa. Clécio Luis reiterou as dificuldades com máquinas que não existem em Macapá, mão de obra e principalmente o material para a fabricação do asfalto, bem como o período de chuva que não há possibilidade de se trabalhar a contento com serviços de pavimentação. Nesta reunião, os moradores foram informados de que a Prefeitura já assinou um contrato com uma grande empresa de Belém, que entrará com toda a estrutura necessária para a realização dos serviços de asfaltamento em Macapá onde o Conjunto Embrapa está incluso, e afirmou que esta fase da obra terá início já em julho ou agosto deste ano, assim que passar o período chuvoso.

O senhor Guilherme Lima, Presidente da comissão informou ao prefeito que a decisão para o agendamento deste encontro, foi tomada durante a última reunião realizada em sua residência, no dia 26 de março. Relembrou que o Conjunto Embrapa é um dos mais antigos de Macapá, porém sempre foi esquecido pelo poder público, e o momento é de oportunidade para realizar um trabalho de qualidade, inclusive com obras de drenagem. Acrescentou ainda que a área em frente ao Conjunto continua ociosa, e que poderia ser utilizada para uma obra que proporcione bem estar e saúde aos moradores do conjunto e seu entorno, como por exemplo uma praça de lazer, inclusive com academia ao ar livre estimulando a prática de exercícios.

O prefeito se comprometeu em mobilizar os órgãos da gestão municipal para realizar o asfaltamento do Conjunto Embrapa, com material de qualidade e drenagem, até por concordar que o mesmo é o primeiro de Macapá e já deveria ter recebido melhorias.

O cais do Perpétuo Socorro

SDezenas de barcos – de vários tamanhos – ancoram todos os dias no cais do Perpétuo Socorro

SEles vem de comunidades próximas trazendo açaí, cana, verduras, legumes, mel, porcos, patos, galinhas, ovelhas, tucupi, uma infinidade de frutas para vender em Macapá.

S
Em outros, a família inteira vem passear, fazer comprar ou visitar parentes na cidade. Há também os que chegam com doentes em busca de tratamento médico ou grávidas para fazer o pré-natal.
O movimento não para. O cais do Perpétuo Socorro é um dos mais movimentados.

S
E foi neste cais que na madrugada de hoje um barco explodiu. O fogo se alastrou e atingiu outras seis embarcações, que foram totalmente destruídas.

O rio Amazonas hoje

O rio subiu tanto hoje à tarde que invadiu a cidade.
Para o músico, compositor e fotógrafo Juvenal Canto o rio tentava nesta tarde  “retomar um pedaço seu que foi aterrado”.
Ele fez várias fotos e postou no facebook. Essa é uma delas mostrando o rio avançando.
juvenal1
A professora e escritora Deusa Ilário, que caminha diariamente na orla, também registrou o fenômeno. É dela a foto abaixo
deusa1“Medo e beleza”, disse Deusa