MACAPÁ VAI BRILHAR!
Por Walter Junior
O telefone tocou naquela tarde calorenta de julho em.Macapá. Era o Fernando Canto perguntando se eu poderia receber a professora Raquel Capiberibe.
O Fernando era o meu parceiro de documentários. Ele roteirizava e eu dirigia. Em 1983 produzimos o Julião Ramos, o patriarca do Laguinho; Cúriau; O Espetáculo da Àguas, sobre a cachoeira de Santo Antônio e a pororoca do rio Araguari e O Chorinho Mágico de Amilar Brenha.
Pouco mais de meia hora depois do telefonema, eu falava pela primeira vez com a professora que conhecia apenas de nome.
– Sei que tu és Barcelista, disse ela, mas o Fernando me garantiu que tu poderias nos ajudar na propaganda do PMDB. As regras mudaram e não sabemos por onde começar. Precisamos de algumas dicas.
Aí eu disse: – Não só posso dar umas dicas, como posso fazer a campanha toda.
Marcamos uma reunião com os outros membros do PMDB para o dia seguinte.
O ano de 1985 marcou o fim da Lei Falcão que só permitia mostrar uma fotografia e o currículo dos candidatos. Naquele ano seria diferente. Na campanha para prefeito poderia tudo. Nem direito de resposta haveria.
Expus as minhas idéias para os membros do partido, o candidato a Prefeito, Azevedo Costa; o coordenador, Manuel Antônio Dias, o João Capi, Celso Saleh, o Paulo Uchoa, representando o seu Binga Uchoa, Jurandil Juarez… Todos ainda desconfiados porque achavam que eu já estava na campanha do Jarbas Gato, o candidato do comandante Barcellos à Prefeitura de Macapá. Realmente cheguei a reunir com o staf do comandante Barcellos e também com o Geovani Borges, outro candidato, mas as negociações não decolaram.
Dois dias após a reunião com a cúpula do PMDB desembarcava, a meu convite, em Macapá o meu parceiro de Continue lendo