Quatro anos sem Bonfim Salgado

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Jornalista polêmico, leitor voraz, amante da literatura e da poesia, Bonfim Salgado participou várias vezes do Movimento Poesia na Boca da Noite.
Bonfim faleceu na manhã do dia 12 de março de 2012 no Hospital de Emergências.

bonfim2Bonfim Salgado em janeiro de 2012 lendo poemas do livro “Poetas do Meio do Mundo” no Movimento Poesia na Boca da Noite, realizado na calçada do seu grande amigo César Bernardo

Para não esquecer o músico Amilar Brenha

12814467_1768133513421995_5049363382220406098_nAmilar Brenha e Fernando Canto em 1984

Amilar Brenha
Por Renivaldo Costa

Se ainda estivesse entre nós, ele teria 100 anos. Amilar Arthur Brenha era o que Vinícius de Moraes definiria com um músico que consegue unir ação, sentimento e pensamento.

Nascido na cidade de Pinheiros, no Estado do Maranhão, Amilar Brenha era filho de dona Francisca Costa Ferreira e José Raimundo Brenha. Aos 15 anos de idade, iniciou-se na música, incentivado por dois primos, que lhe ensinaram o primeiro dedilhar do violão.

Buscando sempre um aprimoramento, Amilar deixou Pinheiros e seguiu para a capital maranhense. Lá, além de aprimorar o toque com o violão, aprendeu a tocar banjo, violão elétrico, rabecão, contrabaixo, cavaquinho e bandolim, instrumento com o qual iria se consagrar.Na década de 50, Amilar Brenha ingressa no Circo Tetro Ibis, onde atua como palhaço e ator. Lá também ficou conhecido como mago do violão tenor.

Através desse reconhecimento e convidado pelo então deputado Coaracy Nunes, Amilar desembarca no Território Federal do Amapá, em 1958.Mas foi através do Regional da Rádio Difusora de Macapá que Amilar Brenha expandiu amizades e se tornou conhecido nos mais longínquos recantos desse Estado. A convite do violonista Nonato Leal, ele ingressa no conjunto de Aymoré Batista e passa a receber elogios públicos de autoridades da música como é o caso do mestre Oscar.

Na década de 80, o governo do Território financia a prensagem do disco de Amilar. O músico, como forma de agradecer pelo incentivo do amigo, convida Nonato Leal para gravar junto. Na verdade, numa das faces do disco ficariam músicas de Amilar e noutra, músicas de Nonato. O violonista Nonato, entretanto, abre mão do convite para aquele que seria o seu primeiro disco.

Em 85, Amilar Brenha se muda para Mazagão a trabalho. Sua popularidade cresce a tal ponto que ele é eleito vereador daquele município.Acometido de problemas de saúde, Amilar Arthur Costa Brenha retorna para a capital e vem a falecer em 20 de abril de 1991. O trabalho do artista, entretanto, continua mais vivo do que nunca. Sua trajetória pelos grupos Os Piriricas e Café com Leite firmou marcos na música regional.

Como Sebastião Mont’Alverne o definiu num artigo publicado por ocasião de sua morte: “Era um maranhense de nascimento, amapaense por adoção e mazaganense de coração”.

Era notícia

Jornal Pinsonia – 20/12/1897 – página 2

“O inteligente e digno armador Capitão Henrique de Souza cabe a glória de haver iniciado em Macapá a Great Attraction da época e atual, o ciclismo, um aparelho com duas rodas, sobre a qual, na tarde de 14 do corrente percorreu várias vezes todas as ruas da cidade, montado na dita máquina.”

Guardo com muito carinho

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Em 1975, ano do jubileu de prata do estádio Glicério de Souza Marques, o Glicerão, eu ganhei da Federação Amapaense de Desportos-FAD (hoje Federação Amapaense de Futebol) esta linda medalha de Honra ao Mérito. Foi o reconhecimento do meu trabalho como repórter esportiva, numa época em que  os homens dominavam o jornalismo esportivo.
Guardo até hoje, com todo cuidado e carinho, essa medalha.
Era comemorado também os 30 anos de fundação da Federação.
1975 foi um dos anos em que o Amapá exportou mais jogadores para outros estados e a imprensa paraense referia-se ao então Território Federal assim: Amapá, um celeiro de craques. O presidente da Federação era Manuel Antônio Dias e o vice era Pedro Assis de Azevedo.

Nota triste

professoresAos 91 anos de idade, de complicações decorrentes de pneumonia, faleceu  agora há pouco no hospital da Unimed em Macapá a professora Helena Mont’Alverne, pioneira do magistério amapaense.
Pessoa muito conhecida, querida e admirada, Helena dedicou quase toda sua vida ao magistério. Lecionou em várias escolas tradicionais como o Colégio Amapaense e o Barão do Rio Branco, e exerceu cargos de relevância na administração como chefe de gabinete de vários secretários de Estado da Educação, dentre eles Paulo Batista Guerra, Alfredo Ramalho e Annie Viana.

helena1Em setembro deste ano, Helena Mont’Alverne foi homenageada pelo Instituto Memorial Amapá tomando assento na Academia de Notáveis do Amapá e recebendo a medalha “Notável pelo Legado Construído”.

O corpo de Helena será velado, a partir das 8 horas, na Capela Santa Rita, próximo ao Hospital São Camilo.

Ex-jogador Guara Lacerda falece em Belém

guara1aGuara, em 1980, com a faixa de campeão amapaense de futebol pelo time onde mais atuou: o Macapá

Aos 64 anos de idade faleceu agora há pouco o professor de educação física e grande craque Guara Lacerda.
Nascido em Macapá em 18 de novembro de 1951, estudou na escola Paroquial São José, Ginásio de Macapá e Colégio Amapaense. Formou-se em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física do Pará.

Guara foi um dos maiores atletas do Amapá. Um grande goleador e artilheiro de vários campeonatos amapaenses (certa vez num só jogo fez 7 gols). Além do futebol, destacou-se também em outras modalidades, como voleibol, basquete e handbol.

guara3No Formigueiro

Jogou no Formigueiro, São José e Macapá e formou na Seleção Amapaense. Foi no Macapá, o azulino da avenida FAB, onde encerrou a carreira de jogador. Foi o time também onde ele jogou mais tempo: cerca de 15 anos.

guara4Seleção Amapaense de Futebol no Rio de Janeiro

Além de jogador, Guara foi técnico de diversas modalidades esportivas.

guara 2- 2ª Turma de Prof. de Ed. -Física do TFACom os colegas professores de Educação Física

guara5aEra uma pessoa super querida. Tinha inúmeros amigos. E sempre soube preservar as amizades. Amizades  dos tempos de criança, de adolescente, de jovem, de adulto… e a cada dia ia conquistando novos amigos porque era uma pessoa especial, linda de alma, alegre… Nem tenho palavras para dizer o quanto ele era especial.

Descanse na paz de Deus, meu velho amigo.