“Eu sou Alcy Araújo, poeta do cais. Proprietário de canções e esperanças
quando são mais nítidas as horas de sofrer.”
Alcy Araújo Cavalcante nasceu na Vila de Peixe Boi, no interior do Pará, a 7 de janeiro de 1924.
Criança ainda transferiu-se com a família para Belém, vivendo depois em pequenas cidades às margens do Amazonas, Madeira, Juruá e outros rios da região.
De retorno a Belém cursou a Escola Industrial, tornando-se mestre marceneiro e de outras especialidades relacionadas com o ofício, que chegou a exercer por algum tempo.
No entanto, a vocação e um precoce desenvolvimento intelectual levaram Alcy Araújo a trocar a bancada da oficina pela mesa do jornal aos 17 anos. De 1941 até 1953 trabalhou nos jornais paraenses Folha do Norte, Folha Vespertina, Imparcial, O Estado do Pará e O Liberal.
Em meados de 1953 ingressou no funcionalismo do Território Federal do Amapá, onde exerceu cargos de relevo. Trabalhou em quase todos os jornais e emissoras de rádio amapaenses e fundou, com outros poetas e jornalistas, vários jornais e revistas, como a Rumo e a Latitude Zero. Contudo a mais importante contribuição de Alcy Araújo ao Amapá deve ser aferida pela sua intensa e constante participação na vida intelectual e artística – tanto através da imprensa, como nos demais instrumentos e instâncias da cultura amapaense.
Alcy Araújo está na Antologia Modernos Poetas do Amapá, na Enciclopédia Brasil e Brasileiros de Hoje, na Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira, na Grande Enciclopédia da Amazônia, entre outras antologias nacionais e internacionais.
Em 1965 lançou em Macapá o livro Autogeografia e em 1983 lançou no Rio de Janeiro “Poemas do Homem do Cais” e em 1996 foi lançado pela APES “Jardim Clonal”.
Alcy Araújo Cavalcante, meu pai, tinha a alma pura, de criança que acredita no Natal e na Esperança e assim cheio de esperança colocou sua poesia a favor da luta por um sociedade melhor, livre das desigualdades e das injustiças.
Alcy Araújo partiu para o cais definitivo em 22 de abril de 1989. Deixou vários livros de poesia, crônicas, contos e romances inéditos. (Leia mais sobre Alcy aqui )
Alcy Araújo, o jornalista, no jornal O Liberal no comecinho dos anos 50