Sábado é o Dia Estadual da Poesia

bocaa1Instituído pela Lei N. 580, de 21/06/2000, 8 de agosto é o Dia Estadual da Poesia. A data foi escolhida em homenagem ao poeta, médico, professor e ex-prefeito de Macapá Alexandre Vaz Tavares, nascido em Macapá no dia 8 de agosto de 1858. Consta que ele foi o primeiro poeta a escrever poemas sobre Macapá. Sua poesia “Macapá” (praticamente desconhecida das novas gerações) foi publicada pela primeira vez em agosto de 1889, na Revista de Educação e Ensino do Pará. Vaz Tavares morreu em abril de 1926, aos 67 anos.

O Movimento Poesia na Boca da Noite vai comemorar o Dia Estadual da Poesia sábado, das 17h às 19h no entorno da Fortaleza de São José, com piquenique poético, leitura e declamação de poemas de autores amapaenses, entre eles “Macapá” de Vaz Tavares, varal de poesias, distribuição de brindes poéticos, ternura, lirismo, afeto e alegria.

Você, leitor do blog, é nosso convidado especial. Leve sua poesia ou de seus poetas preferidos para ler, declamar ou enriquecer o varal.
Todos estão convidados. E nem precisa ser poeta para participar deste momento mágico, basta gostar de poesia.
Então está combinado: nos encontraremos sábado, a partir das 17h, na ilharga do maior rio do mundo, sendo acariciados pela brisa, e contemplando o por do sol e o nascer da lua.

(Se precisar de mais informações entre em contato com os membros do Poesia na Boca da Noite, ou use a caixinha de comentários deste blog ou pelo email [email protected])

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Amigos, alegria, música e poesia

poetasTernura, lirismo, alegria, música e poesia. É sempre assim quando essa turma se encontra no pátio da minha casa, ou da Kelly ou da Annie.
Annie Carvalho, Maria Ester, Neth Brazão, Kelly Pantoja e Cléo Araújo são  autores de belíssimos poemas, crônicas e contos. E estão sempre de alto astral.

Chá da tarde

gabrielHoje no Chá da tarde o blog apresenta o jovem poeta Gabriel Costa (na foto ao lado com seu irmão Rogério) . Ele tem apenas 15 anos  de idade. É apaixonado por poesia, gosta muito de ler. Ano passado começou escrever poesias e não parou mais.
Gabriel Costa é aluno da escola Esther Virgolino e participa ativamente das atividades culturais da sua escola.
Leia trechos de poemas dele:

Macapá
Macapá bela com tu
Banhada pelo rio
Cortada por canais
Beleza que a natureza constrói
Beleza que o homem desfaz .

  Ser poeta
Poeta todos nós somos
Pra ser poeta
não é necessário
apenas pensar
Pra ser poeta é também saber
Amar

Chá da tarde – O agora

O Agora
Neth Brazão

Hoje te definiria
Como a felicidade
Que ganhou forma,
Como um sonho sonhado
Cauterizando a realidade.
Hoje eu diria
Que o mar tem voz,
Que a noite tem cor,
Que o ar tem cheiro,
Que a vida tem sabor.
Hoje meu sorriso…
Tem nome,
Meu olhar, direção,
Meu corpo, alimento.
És tudo, enfim,
Luz do meu pensamento.
(Extraído da coletânea “Poesia na Boca do Rio”)

Chá da tarde – O tempo

O Tempo
Raquel Braga

O tempo não volta
Que pena! Que pena!
O tempo só passa
Na vida terrena…

Quem dera abraçar
Tua pele morena
Pra ao menos tornar
A dor mais amena!

Será que ainda lembras
Da noite serena,
Do beijo roubado
Que roubou a cena?

Contigo os segundos
Valiam a pena
A paz era imensa
E a Terra – pequena.

(Extraído da coletânea “Poesia na Boca do Rio”)

Chá da tarde – O poeta e o palhaço

O poeta e o palhaço
Rui Guilherme

Uma que ri, outra que chora:
É assim a cara do palhaço
A lágrima que se demora
Fere mais fundo que o aço.

Enquanto a plateia, delirando,
Aplaude, às gargalhadas,
O pranto no peito, queimando,
Esconde-se sob as galhofadas
Do artista do riso falso.
Triste é a sina do histrião:
O picadeiro é o cadafalso
Onde imola a inconfessada solidão!

Assim também é o poeta.
O poeta, palhaço, é teu irmão,
Se tua arma é a cambalhota,
A do poeta é a caneta.
Tu, alvo eterno da chacota;
Ele, presa fácil da ilusão…

(Extraído da coletânea “Poesia na Boca do Rio”)

Chá da tarde – Do teu jeito

Do teu jeito
Cléo Farias de Araújo

Com as palavras que você escolher
Com as verdades que você disser
Com o sorriso que você me der
Com a cintura que você tiver
Com o desejo que você sentir
E com a cor que você possuir
E com a música que você escolher
E no momento em que você decidir
E no lugar em que você marcar
Eu vou sempre amar você.

(Extraído da coletânea “Poesia na Boca do Rio”)

Notívago urbano

Notívago urbano
Manoel Bispo Corrêa

Tateando as paredes da noite
em busca do elo perdido
os dedos do homem anonimado
tocam partituras de silêncios
na impossibilidade previsível
de contar em seus limites
tamanho desconforto e solidão.
(Do livro Canto dos meus cantares)