Chá das cinco

Ventania
Deusa Ilário

Um vento forte passou por dentro de mim,
varreu o jardim, derrubou os lírios,
esmagou os jasmins.
Adubou o chão…
Semeou perdão…
Arou com amor…
O verde voltou, a semente brotou
e as dálias se encheram de pétalas azuis.
Os olhos cheios de água denunciavam
que a tristeza ali passara
Mas foi o sorriso que mexeu comigo
e acenou com o lenço branco
da saudade.

Chá das cinco

Vem comigo!
Alcinéa Cavalcante

Vem comigo!
Vamos sair por aí plantando alegrias.
Traz um pincel, eu levo a tinta
e pintaremos de verde-esperança
todas as venezianas daquela ruazinha
por onde passeamos tantas vezes de corações dados.

Vem comigo!
Vamos plantar dálias, rosas e margaridas na velha praça
onde dividíamos algodão-doce no arraial do padroeiro
quando ainda tínhamos medo de pecar.

Vem comigo!
Vamos plantar papoulas vermelhas e amarelas nos canteiros da ladeira
para alegrar a cidade e os passantes.
E depois – cansados e felizes – tomaremos um sorvete.
Eu te darei um beijo sabor tucumã
tu retribuirás com um beijo sabor açaí.
Vendo isso, o Anjo que nos acompanha
– cheinho de ciúme – dará de asas
(tu sabes, poeta, os anjos nunca dão de ombros)
mas Deus sorrirá e acenderá sóis na nossa estrada.

Poesia na praça

Ontem na boca da noite, a Praça Barão recebeu um banho de lirismo e poesia. Havia poesia em todos os cantos da velha praça: nos bancos, gramado, árvores e passarelas. Num pé de papoula flores e versos se misturavam perfumando e ternurando a praça.


Poetas e amantes da poesia falaram, disseram e declamaram poemas tanto de poetas amapaenses como de Cora Coralina, Cecília Meireles, Pablo Neruda, Olavo Bilac e tantos outros.


E veio gente de todo lugar, de todas as idades, pois a poesia atrai, ilumina a alma, eleva o espírito, abre sorrisos no olhar e no coração e ajuda a construir um mundo melhor.


Novos poetas se revelam neste Movimento que começou timidamente, com quatro poetas na calçada da minha casa, e se estendeu pelas praças, calçadas, frentes de escolas e hospitais nos diversos bairros de Macapá.

O senador Randolfe Rodrigues estreou no Movimento declamando Neruda

Encontro de gerações: Julinha e Ruy Guarany

Chuva e poesia na boca da noite

A sexta-feira estava chuvosa. Mas chuva também é inspiração para se fazer poesia, portanto o grupo decidiu que com ou sem chuva, não poderia faltar poesia na boca da noite na primeira sexta-feira do mês. E confirmou-se que São Pedro ama os poetas, pois quando faltavam poucos minutos para as 17h, a chuva cessou.
A terra molhada é boa para se plantar e, decidimos então plantar os mais lindos versos. Fizemos um jardim de poesias, no Lugar Bonito, ao lado da Fortaleza de São José.

Estendemos o Pano da Vida e iniciamos a rodada de poesias fazendo uma saudação poética a São Pedro

Recebendo as bênçãos do padroeiro São José e de São Pedro, o carinho em forma de brisa do Rio Amazonas e tendo como cenário a Fortaleza e o Rio, poetas e amantes da poesia falaram, disseram e declamaram poesia , transformando a primeira boca da noite do mês num momento mágico e cheio de lirismo, que contou com as estréias de Ruy Guarani Neves, Kátia Henriques, Fátima Pelaes, Clécio Luís, Liviane Almeida e Roger – este um médico que faz emocionantes versos para seus pacientes.

Kátia Henriques faz sua estréia no movimento Poesia na Boca da Noite declamando poemas seus e de Augusto dos Anjos. De ouvidos, olhos e corações atentos Ruy Guarani Neves, Fátima Pelaes e Pedro Henrique – que também declamaram.

Deusa Hilário, a nossa querida Deusa das Letras, encanta com poemas de seu novo livro que será lançando brevemente

A menina Julinha, princesinha do grupo, não perde um encontro. Gosta de declamar Cecília Meireles, Alcinéa Cavalcante e Glória Araújo. E ela já está começando a escrever poesias. Dia desses nos brindou com um poema de sua autoria.

A noite caiu acendendo mistérios e o grupo continuou enfeitando a vida com versos

Amanhã tem poesia na boca da noite

Poetas e amantes da poesia vão espalhar versos, ternura e lirismo no bairro Santa Rita amanhã, sexta-feira, das 17h às 19h na Praça Nossa Senhora de Fátima.
Você que gosta de ler ou fazer poesia é nosso convidado especial. Vá lá assistir ou declamar ou conversar com os poetas. Se quiser pode levar uma poesia de sua autoria ou do seu  poeta preferido para declamar ou enriquecer o varal.
Sabe aqueles poemas que você escreve e deixa guardadinhos na gaveta? Aqueles que, por timidez, você não mostra para ninguém? Chegou a hora de libertá-los, seus versos querem sair da gaveta, do caderninho, e espalhar lirismo na praça.

Agentes que difundem a poesia no Amapá

Apresentado sexta-feira, 27, no V Evento Interdisciplinar (EVINTER), do Iesap, um belo trabalho sobre os agentes que difundem a poesia no Amapá está disponível no blog Cultura Útil.
O trabalho foi feito por acadêmicos do 3º Semestre de Letras Licenciatura Português-Inglês e suas Literaturas no Instituto de Ensino Superior do Amapá.
Para ler clique aqui

Poesia na praça

O Movimento Poesia na Boca da Noite espalhou lirismo, alegria e ternura ontem na bela praça Floriano Peixoto.


 

O Movimento vem despertando nas crianças o gosto pela poesia. É tão bonito e gratificante ver e ouvir Júlia, Aiury e Alice declamando poemas infantis
Julierme declama um poema de seu pai, Lindoval Souza, feito em homenagem ao professor Munhoz. Lindoval Souza é historiador e professor aposentado. Mora em Fortaleza e de lá acompanha pelo blog o Movimento Poesia na Boca da Noite

 

Essas meninas chegaram assim, logo arrasando, e deram um show declamando “Bailarina”, de Cecília Meireles

Na próxima sexta-feira, 27, estaremos na Praça da Conceição, no bairro do Trem. Vá logo separando suas poesias ou dos seus poetas preferidos e participe com a gente do Movimento Poesia na Boca da Noite.

Poesia na boca da noite

É nesta bela praça que poetas e amantes da poesia estenderão o “pano da vida” na próxima sexta-feira, 20, das 17h às 19h, para falar, dizer e declamar poesias na  na boca da noite.
Você, leitor do blog, é convidado especial do Movimento Poesia na Boca da Noite para viver momentos de ternura, amor e lirismo.
Liberte aquele seu poema que está preso numa gaveta e compartilhe com o grupo. Leve seus versos, seus sonetos, seus poemas ou de seus poetas preferidos para declamar, enriquecer o varal e ternurar a boca da noite.