Palavras Cruzadas

O Tempo

Débora Borralho
Débora Borralho

Estava inquieta, pensando em escrever sobre Emily Dickinson e o poema Wild Nights, quando um pedido inusitado me fez ficar refletindo por duas semanas.

Pediram-me para escrever sobre o tempo. Passei um tempo pensando, um tempo escrevendo, um tempo lendo…

Fiquei um tempo sem escrever.

Pediram-me para associar o amor com o tempo. Fiquei um tempo pensando, um tempo associando, mas o tempo todo amando.

Poderia ter sido prática e ter escrito sobre os amores da literatura que ultrapassam as barreiras do tempo e inspiram até hoje muitas pessoas. Poderia ter escrito sobre o tempo em famosas histórias de amor e ter feito uma análise bem óbvia. Não era o que eu queria. Preferi flutuar nos sonhos mais românticos e pensar na relação entre esses dois substantivos: o tempo e o amor.

Descobri que o tempo nos prepara para o amor. Descobri que o amor resiste ao tempo. Quando se ama, não faz sentido contar o tempo, ele perde totalmente a lógica. As horas viram minutos se estamos perto. As horas viram minutos se estamos longe.

É tempo de amar, sem dúvida! É tempo de amar sem tempo! Amar, sempre amar, até o fim dos tempos.

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