Prazer e felicidade – Por Débora Borralho

debora1b2“Prazer é bem diferente de felicidade”
Por Débora Borralho

Não é novidade nenhuma que Oscar Wilde é um dos maiores gênios da literatura mundial. E temos que concordar que seria um absurdo não reconhecer a grandiosidade de “O Retrato de Dorian Gray”, único romance escrito pelo autor em 1890.

A literatura Inglesa tem obras impressionantes, mas esta é, sem sombra de dúvidas, uma das que mais me deixam extasiadas no momento da leitura. A força das palavras usadas são as que nos envolvem e remetem ao enredo como se este pudesse estar acontecendo na atualidade.

Ainda hoje, a vaidade humana e o egoísmo destroem vidas e magoam pessoas. Pensando apenas em seu próprio benefício, visando apenas os prazeres da vida, o homem caminha a mesma trilha do jovem Dorian Gray: o da destruição.

Creio que Oscar era um visionário, pois mesmo após os inúmeros entraves para a publicação da obra e tantas críticas ao texto irônico que construiu, sabia que não estava apenas retratando a sociedade Inglesa da época, mas prevendo no que as pessoas do futuro iriam se tornar. Muitos de nós somos apenas belos retratos, belas figuras que caminham vazias.

A incapacidade de pensar no próximo como alguém igual a si próprio faz do mundo um deserto, refletir sobre o a imagem que estamos construindo de nós mesmos é essencial para que não nos assustemos tarde demais, como aconteceu com Dorian Gray que viu a podridão de sua alma exposta na obra de arte que o representava.

Busquemos a “harmonia do corpo e da alma, que nós (…) separamos para inventar uma idealidade vazia.”

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