A festa do Amapá no Senado

Em sessão especial para homenagear os 76 anos de criação do Território Federal do Amapá, nesta quarta-feira (11), o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre, afirmou estar emocionado e orgulhoso ao presidir o Plenário. Para Davi, que é senador do Amapá, os amapaenses são um povo de coragem e resiliência diante das dificuldades, e conduzir a sessão especial é um privilégio e uma dádiva divina.

— Confesso que, na qualidade de presidente do Senado, é um momento muito, muito emocionante. Eu agradeço o carinho, a atenção, o apoio de todos os amapaenses que hoje tomam conta do Senado Federal para apresentar para o Brasil, nesta sessão solene, esse estado pujante, rico e que precisa do apoio incondicional de todos os atores nesta caminhada — disse Davi.

Marcada por apresentações culturais típicas — como a dança do Grupo de Marabaixo do estado do Amapá e a execução do Hino Nacional e do Hino do Amapá, pela cantora Silmara Lobato, o violonista Taronga e os tocadores de caixa Nena Silva e Mario Neilton —, a sessão contou com a fala dos demais senadores do estado, Randolfe Rodrigues (Rede) e Lucas Barreto (PSD), e de outros parlamentares.

Referindo-se a Davi Alcolumbre, Randolfe disse ser uma honra ter a sessão presidida por um amapaense. Ele narrou a história do Amapá, que descreveu como “um dos lugares mais lindos da Terra”. O líder do bloco parlamentar Senado Independente falou da ocupação indígena, de onde se origina o nome Amapá (em tupi, “lugar da chuva”, e em oiampi, “lugar onde a terra acaba”), e da ocupação europeia até chegar aos dias atuais. Randolfe citou um livro que o Conselho Editorial do Senado lançou nesta quarta-feira sobre os selos postais da República do Cunani, proclamada no século 19 no Amapá.

Os Selos Postais da República do Cunani é uma prova material da existência de uma república independente naquele rincão, proclamada, reivindicada pelos franceses — afirmou.

Lucas Barreto descreveu as riquezas naturais do Amapá, que contém cinco biomas e é o estado mais preservado do país, com ainda 97% de suas florestas primárias. Lucas criticou a exploração dos recursos naturais — como a criação de hidrelétricas, a pesca e a extração de petróleo — sem o retorno devido em recursos para o estado.

— O Amapá tem que ser visto com outros olhos. Não é porque nós estamos lá do outro lado do Amazonas, não. Lá há gente. A Amazônia como um todo não é só natura, não é só árvores e animais. Ela é cultura, há gente, mora gente lá que precisa sobreviver — disse.

Visibilidade

O prefeito de Macapá, Clécio Luis, agradeceu ao presidente do Senado e aos senadores Randolfe Rodrigues e Lucas Barreto pelo espaço dedicado ao Amapá no Senado. Segundo o chefe do Executivo municipal, a sessão especial e a exposição de artistas plásticos amapaenses, inaugurada nesta terça-feira no Espaço Ivandro Cunha Lima e Senado Galeria, ajudam a dar visibilidade ao estado.

— O Amapá está tendo visibilidade pelo que tem de melhor, que é sua arte e sua cultura. Quando os tambores de marabaixo entraram aqui neste Plenário, entraram não apenas para fazer som. Eles entraram autoproclamando a nossa identidade cultural. O Brasil precisa conhecer o Brasil. O Brasil precisa conhecer a Amazônia — disse.

A oportunidade de conhecer mais sobre a cultura, a história e as tradições do Amapá também foi expressa na sessão pelos senadores Eduardo Gomes (MDB-TO), Marcos Rogério (DEM-RO), Chico Rodrigues (DEM-RR), Telmário Mota (Pros-RR) e Sérgio Petecão (PSD-AC).

A cantora Silmara Lobato encerrou a sessão cantando a composição Jeito Tucujú, de Joãozinho Gomes e Val Milhomem. O Grupo de Marabaixo também se apresentou na rampa do Congresso Nacional ao final da homenagem.

Café da manhã

Como parte da Semana do Amapá no Senado, nesta quarta-feira, na residência oficial, o presidente Davi Alcolumbre promoveu um café da manhã com parlamentares do estado, o prefeito de Macapá e grupos culturais. Ao fim do evento, eles plantaram no jardim da residência um pé de bacabeira, árvore que deu origem ao nome da capital do estado.

(Texto: Agência Senado – Fotos: Marcos Oliveira/Agência Senado)

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