Debate sobre alteração de nome de logradouros públicos

Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa abrem microfone para manifestações sobre alteração de nome de logradouros públicos

Por Mariléia Maciel

Esta semana a Câmara de Vereadores de Macapá (CVM) e a Assembleia Legislativa do Amapá (ALEAP) abrem o microfone da tribuna para que a Confraria Tucuju e representantes da sociedade levem para o plenário o debate sobre a alteração de nomes de logradouros, instituições e prédios públicos, sem que a população seja consultada. A presidente da Confraria, Telma Duarte, usará a tribuna da ALEAP nesta segunda-feira, 2, a convite do deputado Paulo Lemos, e no dia seguinte, 3, na Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Washington Picanço.

A discussão tomou conta das redes sociais e gerou debates entre formadores de opinião, jornalistas, representantes de entidades, fazedores de cultura e sociedade em geral, após o anúncio de alteração no nome do Teatro das Bacabeiras. “A Confraria é uma entidade que foi criada para lutar pela preservação da nossa identidade e para valorizar nossas tradições, por isso vamos nos manifestar com o apoio  da população e de autoridades, que não admitem atitudes anti-democráticas e que atentam contra nossa história”, disse a presidente.

Semana passada,  manifestações foram feitas contra a decisão de mudança sem consulta popular. Em reunião na sede da Confraria, a professora Zaide Soledade, 80, anos, responsável pela pesquisa que escolheu o nome Teatro das Bacabeiras, disse discordar da forma como a história do Amapá é alterada. “O nome Bacabeiras não foi escolhido aleatoriamente, foi baseado em pesquisa, com a participação de historiadores, artistas e povo em geral, que aprovou há 25 anos”.

A presidente Telma Duarte enfatiza que esta manifestação não tem cunho político partidário, independente do nome que for sugerido. “O ato da sociedade é contra o desrespeito à memória. Outros prédios podem ser construídos e as homenagens feitas, o que não pode, é modificar um nome que está escrito na história do Amapá”. Além do uso da Tribuna das Casas de Leis, manifestantes se unem no próximo dia 9, quando o Teatro das Bacabeiras completa 25 anos, para dar um abraço no prédio, simbolizando o respeito e valorização da arte e cultura do Amapá.

(Texto: Mariléia Maciel – Assessora de Comunicação da Confraria Tucuju)

  • que construam outro teatro, uma casa de espetáculo e deem o nome que bem entenderem, mas o Teatro das Bacabeiras é nosso, é do povo amapaense! Será que só elegemos vereadores, deputados pra trocar nomes de ruas, de escolas, de prédios??

  • Que essa discussão seja bem ampla; não só para nome de logradouros públicos, mas para as cores do Estado e Municípios, pois os mingaus e carnavais que observamos com cores de legendas, ferem de morte a organização de um Estado.

  • Concordo plenamente com a Mariléia e com a Telma Duarte Alcinéa. Acho que uma história não se cria de um dia para o outro e, essa história bem como a cultura de um povo não pode sofrer mudanças por conta de meia dúzia de “caprichosos”.

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