1 Comentário para "Imperdível – Encontro com o escritor Juraci Siqueira"
MIÚDOS E GRAÚDOS
Ah, que tempo danado que se vê,
A rua que se anda tem a mão e contra mão.
É nessa rua que chama a morte a trafegar,
É na rua que se encontra o irmão e o ladrão.
O carro bate porque se avança o sinal,
O corpo cai porque a faixa não se obedece.
A rua calma que esquece quem trafega,
É na calçada que se acode o corpo que padece.
Em cada esquina se vê a lei que não se aplica,
Em cada lei se vê uma esquina de mão dupla.
Esta ciranda de lei e esquina que não se avistam,
É nesta rua que se corre e o outro que se culpa.
Foge-se do carro em alta velocidade,
Andando atento; preservando sempre a vida.
Daí a pouco se vê um corpo caído sem vida,
Não foi nada, foi só uma bala perdida.
Ah, que vida que anuncia a própria morte,
Já não se vê o colo da Pátria Amada.
Não se avista o irmão que quer a vida,
Quer ter a mãe Pátria como sua mãe querida.
Bate o sino que anuncia a pronúncia da palavra,
Ao fiel que ouve, mas renuncia sem professar.
A oferenda é compromisso do ditoso do dízimo,
Que às vezes pensa pagar pra se salvar.
1 Comentário para "Imperdível – Encontro com o escritor Juraci Siqueira"
MIÚDOS E GRAÚDOS
Ah, que tempo danado que se vê,
A rua que se anda tem a mão e contra mão.
É nessa rua que chama a morte a trafegar,
É na rua que se encontra o irmão e o ladrão.
O carro bate porque se avança o sinal,
O corpo cai porque a faixa não se obedece.
A rua calma que esquece quem trafega,
É na calçada que se acode o corpo que padece.
Em cada esquina se vê a lei que não se aplica,
Em cada lei se vê uma esquina de mão dupla.
Esta ciranda de lei e esquina que não se avistam,
É nesta rua que se corre e o outro que se culpa.
Foge-se do carro em alta velocidade,
Andando atento; preservando sempre a vida.
Daí a pouco se vê um corpo caído sem vida,
Não foi nada, foi só uma bala perdida.
Ah, que vida que anuncia a própria morte,
Já não se vê o colo da Pátria Amada.
Não se avista o irmão que quer a vida,
Quer ter a mãe Pátria como sua mãe querida.
Bate o sino que anuncia a pronúncia da palavra,
Ao fiel que ouve, mas renuncia sem professar.
A oferenda é compromisso do ditoso do dízimo,
Que às vezes pensa pagar pra se salvar.
JOÃO AIRES DA SILVA