Os chorões  amapaenses

Os “chorões”  amapaenses
Prof. Manoel Azevedo, membro da Academia Amapaense de Letras

Hoje 23 de abril é considerado o dia do choro e  aniversário de Pixinguinha. Considerado por muitos um estilo musical genuinamente brasileiro. Durante as décadas de 1970 e 1980 o choro ou chorinho tinha muitos admiradores aqui no Amapá, inclusive eu, que continuo sendo. Neste dia, por via das memórias trago à tona alguns “Chorões” amapaenses que nos alegravam e alegrão com esse estilo musical e que precisamos  resgatá-los por fazerem parte de nossa história. Conheci todos que a seguir menciono:

  • Amilar Brenha (Mago do Bandolim – em memória), com quem  tive o prazer de conviver em Mazagão.

Obs: o professor Nilson Montoril nos deixou uma importante resenha (08/2011) sobre Amilar Brenha.

  • Lolito do Bandolim e Cavaquinho (em memória);
  • Noé (instrumentos de cordas – em memória);
  • Zé Crioulo (instrumentos de sopro e violão – em memória);
  • Chico “cara de cachorro”, como é conhecido, meu vizinho em Belém (violão de 7 cordas, responsável pela baixarias no choro), vive hoje entre Belém e Santarém e continua dedilhando seu violão no choro.

Uma curiosidade, Chiquinha Gonzaga (1847-1935), uma das grandes compositora e interprete da música brasileira, compôs um choro denominado Amapá. Há  uma hipótese, ainda não comprovada em minhas pesquisas,  que poderia ser em homenagem aos feitos de Cabralzinho ( herói do Amapá ), a quem teria conhecido após a repercussão nacional dos feitos no referido  Contestado.

Vale ressaltar que o choro pode ser executado por diversos instrumentos musicais e que também ganhou letra.

A nossa Academia Amapaense de Letras tem um “chorão”, o confrade Fernando Canto que compôs o choro Parceirinho: “Olha, parceirinho, eu vou cantando/ sem dizer que estou chorando/ um choro batido// Sofro pela amada desalmada/ vou levando em cada nota/ um desamor contido/ não me leve a mal este desabafo/ porque sei que cada ato/ eu vou me embriagar/ amigo, estou bebendo neste dia/ porque sei que a agonia/ é provocada neste bar// Meu violão que cada som foge da vida/ a dor antiga bate meu coração/ por isso amigo, me perdoe pelas palavras/ porque a alma a gente lavra/ quando quer plantar perdão”.

Que possamos curtir nossos “Chorões” e,…de repente…acompanhado dos licores da nossa confreira Ângela Nunes.

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