Especial – Glicerão 70 anos

Inauguração do estádio Glicério Marques

Mais antigo que o Maracanã, o estádio municipal Glicério Marques, em Macapá, foi inaugurado em 15 janeiro de 1950, com um jogo entre as seleções do Amapá e Pará.
Comecei a frequentar o estádio – que era chamado de Gigante da Favela e de Glicerão – no início dos anos 70, quando trabalhava como repórter esportiva do Jornal do Povo. Na época não havia iluminação, portanto nada de jogos à noite. O campeonato era disputado no domingo à tarde, com a preliminar (chamada de esfria-sol) começando às 14 horas e a principal às 16h.
Geralmente a preliminar era feita pelos times menores, como o União e 13 de Setembro. O 13, coitado, certa vez não tinha dinheiro nem para comprar as chuteiras e os “craques” tiveram que jogar de chulipa – que não tem atrito – aí era um “cai-cai” que não acabava mais.
Em 1975 quando Manuel Antônio Dias era presidente da FAD (hoje Federação Amapaense de Futebol) o “Gigante da Favela” passou por uma grande reforma, talvez a mais importante da sua história, visto que recebeu iluminação e um gramado que era um primor. Ah! as torres de refletores deixavam o povão boquiaberto, pois nunca se tinha visto isto por aqui. Era uma beleza!
Para a reinauguração a FAD mandou buscar a Seleção Brasileira de Amadores que veio com todos os seus craques, entre eles o Éder, ponta-esquerda do Atlético Mineiro e da Seleção Brasileira.

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