O Sindicato dos Servidores Públicos do Setor Econômico do Estado do Amapá (SINDECON) deliberou em assembleia geral greve pelo período de 15 dias. A greve tem caráter de advertência ao Governo do Estado do Amapá devido às negociações frustradas com a entidade de classe, apesar das sucessivas tentativas de diálogo. Assembleia ocorreu no último dia 02 deste mês.
A greve ocorrerá do dia 26 de outubro a 9 de novembro de 2015. De acordo com o presidente da entidade , Wellinson Maximin de Souza, os motivos são o não atendimento das pautas de reivindicações, como a criação de uma gratificação de desempenho de atividade fixada pelo GEA em 15% sobre o vencimento básico dos servidores, alteração da Lei Nº: 1.300/2009 (PCCS) para garantia de gratificação de títulos a todas as carreiras, progressões funcionais atrasadas, pagamento dos passivos das progressões a contar de janeiro de 2015.
Todas as pautas foram acordadas durante a “Agenda do Servidor”, organizada pelo próprio Governo. “Todavia, a atividade não passou da discussão, pois não houve a concretização dos acordos coletivos”, disse Wellinson de Souza. Desde 29 de abril de 2015, o SINDECON vem debatendo com os gestores da “Agendo do Servidor” – SEAD, SEPLAN, SEFAZ e PGE -, os gestores propuseram a efetivação das propostas na primeira quinzena de setembro e 2015, o que não ocorreu.
Além das propostas salariais, o SINDECON reivindica também melhores condições estruturais de trabalho aos servidores. O RURAP é um dos exemplos mais evidente, o prédio do escritório principal na zona norte pegou fogo em 2010 desde então não foi realizada nenhuma reforma ou reparos no prédio, que está cheio de goteiras e ratos.
Com a greve do setor econômico, os órgãos RURAP, IEF, PESCAP, IMAP, IEPA, SDR, SEMA e SETEC ficarão com suas atividades paralisadas.
A paralisação dos serviços técnicos dessas instituições poderá prejudicar a execução de programas importantes para o estado como o PPI e o PAA, além de atrasar processos de licenciamentos ambientais de importância estratégica para o Brasil, a exemplo da Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão. “Nós não temos qualquer intenção de prejudicar a população, mas não podemos mais aceitar a situação calados”, disse o presidente.
(Ascom/Sindecon)
7 Comentários para "Greve – Setor econômico para por 15 dias"
infelizmente o governo do estado não valorizou o setor, muito menos os servidores públicos.
O governo afirma não ter recursos para honrar os compromissos assumidos durante as negociações da Agenda do Servidor, mas sobra dinheiro pra política do pão e circo da expofeira!
É um desrespeito aos servidores públicos deste Estado e, sobretudo, à população que necessita dos serviços prestados pelos órgãos dos setor econômico. PRIORIDADE ZERO.
Tem um momento da negociação em que uma das partes precisa ceder para que outro assunto entre em discussão. Você não pode discutir outra, se a primeira não foi resolvida, empurrar com a barriga e achar que o tempo vai resolver a questão não é o melhor caminho.
Pois é isso que está fazendo o governo. Acho que precisa decidir, por certo, a melhor opção é atender o pedido da classe econômica uma vez que é de direito ancorado no principio da isonomia.
O Governo poderia utilizar o recurso da Expofeira para melhoria do atendimento da população na saúde e educação e melhor ajuste salarial para os servidores, porém escolhe a política do pão e circo…
O governador como extensionista também, deveria olhar com mais carinho para o setor, porém com a decisão de extinguir a Autarquia pública Agência de Pesca do Amapá – PESCAP, só enfraquecerá ainda mais todo o setor da aquicultura e pesca do Estado.
Os servidores do Setor Econômico, setor produtivo, foram esquecidos; órgãos sucateados, má gestão e aplicação dos recursos e se falarmos nos direitos adquiridos dos mesmo, dará quase um livro só de débitos.
O discurso do governo para sociedade é que estará priorizando o Setor Econômico, no entanto, o discurso difere da realidade. Os órgãos do setor econômico estão sucateados sem a possibilidade de oferecer um serviço de qualidade a sociedade. A greve se faz necessário para a sociedade ficar ciente das nossas precárias condições de trabalho e falta de valorização do quadro de servidores por parte do Governo, PRIORIDADE 0%.
Infelizmente esta chegando na greve, alho que deveria ser evitado se houvesse um diálogo entre o Estado e o Setor Económico, onde infelizmente a prioridade é zero