Ícone do contestado franco-brasileiro nunca recebeu a homenagem prometida pelos amapaenses

Urna com os restos mortais de Joaquim Caetano da Silva

Ícone do contestado franco-brasileiro nunca recebeu a homenagem prometida pelos amapaenses
Por: Renivaldo Costa

O vereador Caetano Bentes (PSC) destacou nesta quarta-feira, 17, os 65 anos da chegada dos restos mortais de Joaquim Caetano da Silva ao Amapá e lembrou que o geógrafo nunca mereceu dos amapaenses a importância que lhe é devida nem a homenagem prometida há 65 anos. “Precisamos reverenciar nossa memória”, afirma.

Joaquim Caetano era geógrafo e diplomata. Em 1861 publicou em francês o tratado “L’Oyapock et l’Amazone“, defendendo as posições brasileiras em face da questão limítrofe com a Guiana Francesa, na região chamada “Contestado do Amapá“. Os estudos dele possibilitaram a defesa do Barão do Rio Branco em Berna, na Suíça, em 1 de dezembro de 1900 e que garantiram a assinatura por brasileiros e franceses do Laudo Suíço, pondo fim ao contestado.

Em 17 de outubro de 1953 os restos mortais de Joaquim Caetano foram trazidos ao Amapá. Um neto do geógrafo acompanhou duas urnas. Uma trazia as ossadas e outra terra de sua cidade natal, Jaguarão, no Rio Grande do Sul. A promessa era a construção de um mausoléu, primeiro no local onde depois foi construído o Palácio do Governo e depois numa praça em frente ao Cemitério, onde é hoje a nova catedral de São José.

De acordo com Caetano Bentes, os restos mortais seguem guardados num baú no Museu que leva o nome do diplomata. Ele pretende propor um requerimento para que o município destine um local onde possa ser construído o mausoléu em conjunto com o Estado, para que Joaquim Caetano seja finalmente homenageado como deveria. “Esse era o desejo da família e foi a promessa que os amapaenses fizeram por ocasião da chegada dos restos mortais desse grande geógrafo”.

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