Imap e Sema investigam causas da morte de peixes no Rio Araguari

Do portal do Governo do Amapá

Desde a manhã de terça-feira, 19, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) estão investigando o motivo que provocou a mortandade de peixes no Rio do Araguari, logo à jusante da barragem da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão. Os analistas ambientais do Imap estiveram no local e detectaram aproximadamente 300 peixes mortos e as causas ainda estão sendo estudadas.

O Governo do Estado já tem o protocolo definido para buscar novas informações a nível nacional com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, para a avaliação de impactos causados  na fauna e a comunidade ictiológica existente no local.

Durante a coletiva de imprensa ocorrida nesta quarta-feira, 20, o secretário de Estado do Meio Ambiente, Marcelo Creão, explicou que nas primeiras avaliações foram encontrados indivíduos em estágio de desenvolvimento juvenil, cerca de 300, em diferentes espécies espalhados às margens do rio e flutuando na água. Segundo o secretário, não houve características físicas nos peixes e a não apresentação de bolhas de ar nas guelras levantou a suspeita de que os animais não morreram de embolia gasosa.

“Na mortandade ocorrida ano passado, os peixes tinham bolhas de ar nas guelras e olhos saltados que caracterizava embolia gasosa, devido à supersaturação de oxigênio na água – com a movimentação das comportas – e a quantidade de peixes mortos foi maior”, comparou Creão.

Os analistas ambientais também observaram que as turbinas e movimentação das comportas que poderiam ser um dos principais fatores da morte dos peixes – junto com a máquina que gera energia – estavam paralisadas, não estava havendo atividades de operação na usina. “Temos informações protocolizadas no Imap que não houve movimentação das comportas no empreendimento”, disse o secretário.

Licença de operação
O secretário informou que o processo de licenciamento ambiental é um procedimento contínuo. “O licenciamento ambiental corretivo da empresa foi iniciado, as discussões foram feitas e ainda estão sendo avaliadas quais atividades que precisam ser modificadas e quais as condicionantes estão sendo alteradas, para ter um controle total da operação no empreendimento”, ressaltou.

Denúncias
A Polícia Civil será acionada pelo Imap para investigar denúncias de moradores aos técnicos que realizaram a vistoria, devido o fato ser atípico, precisa de uma investigação mais apurada, afim de detectar as reais causas. O Setor de Fiscalização do Imap notificou a empresa para prestar esclarecimentos no dia 25 de janeiro, às 10h.

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