A Polícia Civil do Amapá abriu investigações para apurar as circunstâncias do incêndio, que já dura duas semanas, na Reserva Biológica do Lago Piratuba, localizada no extremo leste do estado, entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho, que podem ter sido causados de maneira criminosa. A polícia adiantou que alguns suspeitos já foram identificados e serão indiciados por crimes ambientais.
De acordo com a Polícia Civil, após denúncias, diligências foram feitas e indícios apontam que, pessoas que “laçam”, ou seja, capturam de forma clandestina búfalos na área da reserva biológica e nos currais de propriedades privadas estariam ateando fogo na região para “limpar” o campo, onde se deslocam com cavalos para facilitar a atividade criminosa.

“Trata-se de investigação complexa envolvendo crime ambiental, furto e receptação de animais, falsidade ideológica e crime de dano. A Polícia Civil instaurou procedimentos lá na região para apurar a autoria e materialidade das condutas, deslocando equipes em uma ação conjunta com outras forças de segurança do estado”, explicou Cezar Vieira, delegado-geral de Polícia Civil do Amapá.
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(Continuação) O trajeto era de um posto de fiscalização no Tartarugalzinho, passando por uma Balsa que ficava estacionada no Lago Comprido e outra no Lago Grande, chegando no Lago Comprido de baixo dando acesso ao Rêgo do Tabaco, onde o crime estava sendo cometido, daí chegava-se a outro Posto de Fiscalização na foz do tabaco com Rio Araguari, impressionante como o Fiscal do Posto não sabia o que estava acontecendo se era tão próximo do Posto, depois soube-se que estava sendo pago para fazer vista grossa, outro fazendeiro famoso do entorno também já trabalhou no IBAMA.
Concordo com o Delegado que a investigação é complexa, no entanto seria importante retroagir no tempo e descobrir como tudo começou. Há mais ou menos uns 15, 20 anos atrás, participei de uma fiscalização em conjunto Ibama e Sema, onde detectamos um crime ambiental na Reserva do Piratuba. Tal crime modificou todo o ecossistema da região, consistia drenar toda a água dos Lagos para criar pastagens para criação de gado, pelo Prefeito de Tartarugalzinho na época, o projeto seria limpar a vegetação no Rêgo do Tabaco e uso de equipamentos de garimpo (bico Jato) e passeio de búfalo na Terra Firme, como medidas para aprofundar e drenar a água dos Lagos: Duas Bocas, Lago Novo, Lago Comprido, Lago Grande e Lago Piratuba que da nome a Reserva, o detalhe que foi observado era que o único Lago que estava na jurisdição do município era o Duas Bocas. Esse crime foi levado ao conhecimento do Ibama e nenhuma providência foi tomada, a intenção se concretizou, porque desde então venho acompanhando os incêndios todo os anos no Piratuba. Eram Lagos belíssimos, fazíamos viagens de voadeira, levavam-se horas para atravessa-los, alguns se avistava somente Céu e Água, devido a voadeira, outros tinham Ilhas flutuantes com exuberante vegetação de até 15 metros de altura que enganava os que não conheciam o trajeto, pois na ida era por um caminho e no retorno era por outro caminho devido o deslocamento das ilhas pelo vento. Para o Turismo era um prato cheio, o trajeto se dava do Tartarugalzinho ao Tabaco quase na foz do Araguari, hoje o deslocamento só é feito de Canoas com o uso de varejão. Voltemos ao começo desse relato, quando da criação da reserva os fazendeiros que estavam dentro dos limites tiveram que sair apesar de serem indenizados, no entanto muitos animais que estavam distantes ficaram, como o búfalo já adaptado no ambiente procriaram e se tornaram selvagens, como de trata de reserva Biológica ninguém pode permanecer lá dentro, mais depois de anos tenho notícias de que alguns fazendeiros tem contratado vaqueiros da Ilha do Marajó para apanhar esse gado, tirando inúmeros caminhões cheio de animais selvagens, cometendo inclusive outro crime. Vou aqui deixar uma dica, investiguem quem está no entorno da Reserva.