O caos na saúde – Mofo, fiação elétrica exposta, forro podre, sujeira

O mofo toma conta das paredes

CRM- AP interdita enfermaria psiquiátrica
do Hospital de Emergência

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá (CRM-AP) retornou ao Hospital de Emergência nesta sexta-feira (05/07). A última fiscalização, no local, ocorreu oito meses atrás. A equipe constatou que não ocorreram melhorias na estrutura e que a falta de insumos ainda é um problema recorrente.

A enfermaria de psiquiatria teve que ser interditada. O espaço possui um ralo de esgoto, fiação elétrica exposta, forro deteriorado, macas sem proteção lateral e colchões em péssimas condições. A direção do HE terá cinco dias para adequar o ambiente, após o recebimento do termo de vistoria, que será enviado pela autarquia.

A torneira do laboratório

Os problemas no laboratório também chamaram atenção da autarquia. A carência de produtos para realização de exames, como reagente, permanece. Os profissionais não têm papel toalha, sabão e álcool para higienizar as mãos. A equipe encontrou coletores de exames sendo lavados para serem reaproveitados. Segundo relatos, os aparelhos de análises laboratoriais não passam por manutenção e o resíduo do laboratório vem sendo despejado diretamente no esgoto no Hospital.

Também foi identificado que a UTI possui apenas um desfibrilador e este apresenta problemas. A unidade de terapia intensiva precisa de oxímetro (dispositivo que identifica a quantidade de oxigênio no sangue e de capnógrafo (ferramenta de monitoramento para uso durante anestesia e terapia intensiva).

Além dos problemas identificados pelos conselheiros da autarquia, os pacientes fizeram vários relatos à equipe sobre os desafios enfrentados durante a internação no HE. Segundo eles, o hospital possui enfermarias lotadas, sem janela, sem ar-condicionado e em alguns casos sem banheiro.

Também reclamaram da longa espera para conseguir uma transferência para o Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima e ou Hospital da Criança e do Adolescente. No momento da fiscalização do Conselho, uma criança de três anos estava internada na semi-intensiva com aparelhos improvisados pelos profissionais da saúde.

A dificuldade para realização de exames mais específicos, como tomografia e ressonância fora do HE foi outro questionamento citado pelos familiares dos pacientes. Eles contam que em muitos casos é preciso ter uma Unidade de Suporte Avançado, que é uma ambulância usada em casos mais graves, e por isso, a espera acaba sendo longa. O raio-x está sem película. Os pacientes ficam impossibilitados de levar seus exames. De acordo com os profissionais, este problema ocorre há mais de três meses.

O relatório de fiscalização será enviado para Ministérios Públicos do Amapá e Federal, Secretaria de Saúde do Amapá e Conselho Federal de Medicina (CFM).

(Fonte: CRM)

  • Que os eleitores do Amapá continue votando neste mesmo governo que aí está. Somente assim vão poder ser exterminados mais rápido por esta saúde que está abandonada de forma propositada, para que no fundo, reste uma esperança de melhorias que nunca chegam. Ô terra boa pra enganar os outros.

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