Pesquisadores encontram novo santuário de árvores gigantes no Amapá

Um grupo de pesquisadores amapaenses localizou um novo santuário de árvores que chegam a quase 80 metros de altura. A expedição que encontrou as árvores “gigantes” partiu no último dia 18 da cidade de Laranjal do Jari, no sul do Amapá, e teve a duração de uma semana.

Percorrendo 130 quilômetros pelo rio Jari, e mais 4 quilômetros de caminhada por terrenos montanhosos e áreas de densa floresta, os pesquisadores descobriram uma Bertholletia excelsa, mais conhecida como castanheira, que mede de 66,66 metros – a maior já registrada na Amazônia até então.

Além dessa descoberta, os cientistas, com auxílio de moradores da comunidade de São Francisco do Iratapuru, chegaram à maior árvore do novo santuário, uma Dinizia excelsa ducke, ou angelim vermelho, de 79,19 metros de altura, com 6,8 metros de diâmetro. Para se ter uma ideia, a média de altura das árvores amazônicas varia de 40 a 50 metros.

No entorno das árvores encontradas foram realizados inventários florestais, como explica o pesquisador da Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Robson Borges.

“A partir das informações obtidas no local, poderemos elaborar projetos de monitoramento de manejo florestal e comunitário, conservação e preservação. Isso é fundamental para manter preservada essa região que possui uma rica biodiversidade”, conta o pesquisador.

Além dos estudos na região, o projeto também realizou capacitações para a comunidade de São Francisco do Iratapuru. O objetivo foi capacitar os moradores para o uso sustentável dos recursos naturais em atividades econômicas desenvolvidas na região, aprimorando práticas como o extrativismo, o turismo ecológico e o cooperativismo.

A região é rica na produção da castanha do Brasil, como explica Márcio André, morador da comunidade e técnico extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap).

“O extrativismo é a principal fonte de renda dos moradores dessa região. Por ano são produzidos cerca de 16 mil hectolitros do produto. O projeto veio contribuir muito com a nossa comunidade e, a partir disso, nos ajudar a manter toda essa área preservada”, falou o morador e técnico.

(Secom/GEA)

  • Essa pesquisa inclui a coleta e a produção de mudas dessas árvores gigantes? Deveria ser uma das preocupações principais dessa expedição. Não podemos perder a qualidade genética dessas árvores e a melhor forma é a reprodução em larga escala. Eu compraria sementes dessas árvores para produzir mudas no meu viveiro caseiro e plantar as mudas na minha chácara. Eu tento repor as árvores cuja madeira utilizei ao longo da minha vida. Até agora não consegui sementes de massaranduba, angelim, peroba rosa e roxinho (peltogyne maranhensis). Se souberem quem tem sementes viáveis com poder germinativo preservado, eu compro. Meu tel com zap é 61 999848090.

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