Em um grupo de acadêmicos da Universidade Federal do Amapá no whatsApp uma professora bolsonarista do curso de Enfermagem dirigiu-se a dois alunos mandando que eles procurem outro professor para orientá-los porque não quer esquerdistas no laboratório. Ela ainda pediu que “se tiver mais algum esquerdista que faça o favor de pedir desligamento”.
Lamentando o ocorrido um servidor da instituição frisou que “a Universidade é um ambiente plural por natureza. Não cabe uma postura desse tipo.”
Um advogado, analisando o fato, ressaltou que “a professora agiu com falta funcional negando-se a ministração do conhecimento a determinado grupo de alunos por ideologia política”.
Ao tomar conhecimento, a reitoria da Unifap emitiu nota ressaltando que não concorda com tal postura e garantiu que os fatos estão sendo apurados.
Leia a nota:
Sindicato
O SINSTAUFAP divulgou nota de repúdio frisando que é contra o uso do bem público com intuitos anti-democráticos. “Nosso sindicato defende uma instituição de ensino democrática, livre e com respeito à pluralidade de idéias.”
Leia a nota:
“O Sindicato dos servidores Técnicos Administrativos da Unifap – SINSTAUFAP, tomou conhecimento através das redes sociais de um fato que se caracteriza como cerceamento da liberdade de pensamento e de posicionamento político, feito pela Professora Sheila Susan, pertencente ao quadro de servidores da Instituição, do colegiado de Farmácia. Por isso vem a público repudiar todo e qualquer tipo de opressão ou ameaça que incentive a perseguição de servidores e acadêmicos da Universidade Federal do Amapá. O direito à educação PÚBLICA, Gratuita e de qualidade está previsto em nossa Constituição Federal. Somos contra o uso do bem público com intuitos anti-democráticos. Nosso sindicato defende uma instituição de ensino democrática, livre e com respeito à pluralidade de idéias.”
Departamentos acadêmicos
Os diretores dos departamentos acadêmicos e campi que integram todos os cursos da Unifap também se manifestaram através do nota pública.
1 Comentário para "Professora da Unifap diz aos seus alunos: “Procurem outro orientador. Não quero esquerdistas no laboratório”"
Não precisava escrachar, dizendo que não quer esquerdistas. Bastava se abster da orientação. Ponto final. Afinal ninguém deve fazer o que lhe trás constrangimento.