A primeira fase da Operação Minamata foi deflagrada em 30 de novembro do ano passado pelo Ministério Público Federal em conjunto com a Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa formada por empresários, políticos e agentes públicos responsáveis pela exploração depredatória de ouro e outros recursos naturais utilizando-se de mão de obra submetida a condições de trabalho análogas à de escravo.
As investigações mostraram que os empresários utilizavam uma cooperativa de garimpeiros que se instalou na área do Lourenço. A organização criminosa utilizava a estrutura da cooperativa para atuar de forma clandestina na extração de ouro, encobrindo propósitos de exploração em larga escala sob o argumento da pesquisa mineral e lavra artesanal de pequena monta.
Nesta primeira fase um dos presos foi o promotor Moisés Rivaldo à época secretário municipal de educação e pretenso candidato ao Senado.
Dois meses antes, mais precisamente em 29 de setembro, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrou a Operação Estrada Real, com o objetivo de investigar o funcionamento de garimpo ilegal no município de Tartarugalzinho, a aproximadamente 300 metros da BR 156. Na operação foi preso o ex-prefeito de Tartarugalzinho Altamir Rezendo, o Mineiro,
Mineiro – que é pai do ex-deputado Bruno Mineiro – fomentava o garimpo ilegal, oferecendo combustível, máquinas, alimentação e hospedagem aos garimpeiros, segundo apurou a Polícia Federal.
No dia 7 de fevereiro deste ano a Polícia Federal cumpriu mandado de busca na casa do ex-deputado Bruno Mineiro na segunda fase da Operação Estrada Real.