CEA presta um serviço porco à população

“A CEA presta um serviço porco à população de nosso Estado”, diz Paulo Lemos

O deputado líder da oposição cobrou investimento à Companhia de Eletricidade do Amapá para solucionar problemas da rede de fornecimento elétrica

A precariedade no fornecimento de energia elétrica em todo o Amapá foi discutida nesta terça-feira, 8, no plenário paulolemosda Assembleia Legislativa (Alap), instigada pelo deputado líder da oposição, Paulo Lemos (PSOL). Em meio às homenagens ao Dia Internacional da Mulher, o parlamentar usou a tribuna, durante o Grande Expediente, para cobrar investimentos à Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

“A companhia vem prestando um serviço porco à população”, disparou Lemos, referindo-se aos constantes apagões diários que tem havido em diversos pontos da capital e no interior do Estado, onde o fornecimento é ainda mais precário, deixando alguns municípios sem o fornecimento a mais de dois dias.

O deputado disse que a má qualidade no fornecimento de energia no Estado põe em risco a desenvolvimento econômico no Amapá, proposto pela Zona Franca Verde (ZFV). Pelo projeto, as indústrias localizadas nos municípios de Macapá e Santana, que utilizam, proeminentemente, matéria-prima natural na confecção de seus produtos, são isentas de pagar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

“Se a ideia é estimular o surgimento de novas indústrias na região, atraídos pelo benefício fiscal da Zona Franca Verde, é imprescindível oferecer energia de qualidade, para que os empreendimentos possam se estabelecer na região e gerar riquezas. Estamos com uma rede sucateada há décadas, e é lamentável sabermos que não haverá investimentos suficientes e necessários para resolver essa problemática brevemente”, avaliou o deputado.

Em Santana, o segundo maior município do Amapá, a situação é bastante complicada. A subestação portuária, que contempla os alimentadores da Icomi, e dos distritos de Fortaleza e Vila Maia, por não serem interligados ao Sistema Nacional Integrado (SIN), sofrem desligamentos sucessivos, e dependerem do fornecimento subsidiado por uma usina termelétrica privada localizada no município.

“O problema é que, toda vez que falta combustível na usina, ocasionados ou pela falta de pagamento por parte do Governo ou de logística da própria empresa, Santana sofre com desligamentos, obrigando a usina, inclusive, eleger qual dos três alimentadores será contado o fornecimento de energia. Nos tempos de hoje, é inadmissível uma empresa depender de óleo diesel para fornecer energia a uma cidade”, criticou Lemos.

Embora o Amapá já faça parte do SIN, e de deter capacidade para subsidiar a venda de a energia para outros estados, gerada pelas três hidrelétricas instaladas em território amapaense, o fornecimento local está cada vez mais problemático. Sobretudo, a população tem sofrido com aumento tarifário da bandeira vermelha, válida para todos os estados conectados ao SIN e cobrado quando há custo elevado da geração no mês.

“É preciso que a CEA e o Governo do Amapá atentem para toda essa situação. Nossa rede está podre. Nossa energia é levada daqui e o que fica não é suficiente para um fornecimento de qualidade”. Paulo Lemos sugeriu mais uma convocação dos diretores da CEA para esclarecer sobre e como a companhia pode resolver os problemas enfrentados hoje nos quatro cantos do Amapá.

(Texto e foto:Ascom/Paulo Lemos)

  • Do porco ainda se aproveita pra fazer feijoada ou maniçoba. O serviço da CEA é um LIXO não reciclável. Pagamos um absurdo por um serviço LIXO. Quando atrasa o pagamento, o corte é imediato, a religação é lenta e cara. Quando acontecem as frequentes quedas, não há o devido ressarcimento. Ao ligar pro atendimento LIXO, ouvimos o óbvio: este trecho está sem energia, estamos trabalhando para restabelecer e blá,blá, blá. LIXO.

  • Não esqueça a CAESA. O serviço também é podre.
    Maioria das habitações utiliza água de poço pq não tem água da rede de distribuição e quase a totalidade usa fossa!.
    Falta serviços essenciasi de saneamento urbano na capital do Estado.
    Drenagem e pavimentação também.
    O mínimo, Deputado, para se viver bem em uma cidade.

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