Cheia do rio Madeira já é a maior da historia

Cheia do rio Madeira já é a maior da historia. Mais de mil famílias são atingidas
Joel Elias, especial para o blog

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 Porto Velho, RO ­ O nível do Rio Madeira em Rondônia chegou a 17,79 metros na manhã desta terça­feira, 18, de acordo com o chefe de operações da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil da capital, Paulo Afonso. A marca é considerada histórica já que ultrapassa a maior já registrada em 1997 de 17,52 metros. O nível do Rio Madeira subiu 16 centímetros em menos de 12h.
A Defesa Civil afirma que mais de mil famílias foram atingidas pela cheia do rio entre desabrigadas e desalojadas.

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O governo do estado decretou estado de emergência em quatro cidades: Porto Velho, Santa Luzia, Guajará­Mirim e Rolim de Moura. O município já havia decretado estado emergência há três semanas na capital.
Há risco de famílias estarem isoladas, disse o comandante­geral do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Lioberto Ubirajara Caetano de Souza. O trabalho se torna difícil por causa da grande extensão da bacia do Madeira, diz o comandante.

O ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, disse no sábado (15), durante visita ao estado, que poderá enviar a qualquer momento ajuda federal para o resgate de famílias atingidas.

Homens das Forças Armadas já estão ajudando no trabalho de resgate das vítimas das enchentes. O ministro falou sobre as condições das rodovias da região Amazônica em período chuvoso, mas não citou exatamente como a ajuda que a Defesa Civil Nacional fará ao estado de Rondônia. “Os recursos são liberados conforme a demanda apresentada pela Defesa Civil estadual, e estamos aqui exatamente para saber dessa demanda”, enfatizou Teixeira.

A Eletrobras Distribuição Rondônia deu início, na sexta­feira (14), ao desligamento emergencial de energia nas residências afetadas pelas cheias do Rio Madeira em Porto Velho, principalmente, nos bairros Baixa da União, Balsa, Triângulo, Nacional e São Sebastião II, os mais atingidos.

Em comunicado, a concessionária de energia no estado confirma que o fornecimento também já foi suspenso nas 5ª, 6ª e 7ª linhas da comunidade de Ribeirão, no município de Nova Mamoré. Diante de emergências o contato disponibilizado pela empresa é o 0800 647 0120.

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Na região central de Porto Velho, a mais afetada, além dos moradores, os prédios do Tribunal Regional Eleitoral e Justiça Federal começaram a ser evacuados por causa da invasão da água do rio. Na quinta­feira (13), moradores do Bairro Triângulo fizeram protesto afirmando que a ‘culpa’ da cheia do rio é das usinas construídas no Madeira (Jirau e Santo Antônio).

As ondas formadas pela força da correnteza (banzeiro) do Rio Madeira ficaram mais fortes a partir da abertura das comportas das usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, segundo a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). No entanto, apesar de muitos moradores das áreas alagadas culparem os dois empreendimentos pela cheia do rio, a CPRM diz que este é um fenômeno natural e está sendo monitorado diariamente. As duas usinas negam qualquer influência na cheia do rio.

Desabrigados
De acordo com Defesa Civil, quatro escolas estão atendendo as pessoas que não têm para onde ir.
O bispo da diocese de Porto Velho dom Moacyr Grechi determinou que todas as paróquias abram as portas para receber desabrigados. Um ginásio, na Zona Sul, está reservado e poderá receber famílias atingidas a qualquer momento.

Cidades isoladas
A BR­425 foi interditada na quarta­feira (12) por causa da invasão da água do Rio Mamoré, isolando os municípios de Guajará­Mirim e Nova Mamoré (distantes cerca de 300 quilômetros de Porto Velho) e os distritos de Vila Murtinho e Araras. A única ponte que dá acesso as cidades foi encoberta pela água. Nos dois municípios já faltam combustíveis e o abastecimento de água mineral e alimentos estão comprometidos.
O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e o Exército ajudam as pessoas que precisam, como doentes em situação de risco, com o transporte para a capital através de helicópteros e aviões oficiais.
Por causa do isolamento, foi feito um desvio de cerca de 140 quilômetros até Guajará­ Mirim, mas, após a passagem de carretas de combustíveis, a estrada teve que ser limitada ao tráfego de carros pequenos.

  • Grande Joel Elias, dando o ar de sua graça, diretamente de Porto Velho cidade bacana pra caramba, por sua acessibilidade para o restante do Brasil, menos para Macapá, ainda e, é por isso que Joel Elias não conseguiu mais retornar à Macapá. Das boas lembranças de Porto Velho me vem o Restaurente Caravelas. Será que foi pro fundo, também?

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