Era uma vez…

gremioEscombros do Grêmio Literário Rui Barbosa (Foto: Jean Leitão)

O Grêmio Literário Rui Barbosa foi fundado em março de 1949 por alunos do Colégio Amapaense. A sede, situada na rua Odilardo Silva esquina com a avenida Ernestino Borges, foi construída pelos próprios estudantes que fizeram a famosa “campanha do tijolo”para arrecadar material de construção.
Em 1964, o Grêmio foi fechado pela ditadura. Nos anos 70 o prédio abrigou  um campus avançado da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Depois que UFRRJ não teve mais interesse em ficar no Amapá o prédio ficou abandonado e foi deteriorando.
Esses dias o que restou dele foi demolido pelo governo do estado que vai construir ali um alojamento para estudantes vindos do interior.

No Facebook, a comunidade Memórias Urbanas protestou:
Mais um crime contra a memória da cidade!!!
“Esse é o único jeito que o governo sabe tombar nosso patrimônio, colocando ele abaixo! Inacreditável!!!
“Perda histórica da memória arquitetônica de Macapá

  • Muito bem e Justo!! aquele lugar servia só para acumulo de lixo e outras coisas. Eu acho que até demorou, GEA tem o meu apoio.

  • Alcinéa, tava conversando aqui no Rio com um médico veterinário do MAPA que, há época de estudante da Rural, fez estágio ai. Me falou de muito boas lembranças daqueles anos onde o Campus Avançado tinha prestígio entre os estudantes! Abs

  • Ah! Edinaldo,desculpa ai se fui ríspida com meus comentários.Eu tb não tenho cargo(trabalho na RFB) e nem parentes com ,mas fico indignada com tantas críticas ao governo do Camilo.Ainda bem que estamos às vésperas de outra eleição e ai o povo vai poder escolher o representante que melhor lhe convém,que possa atender seus anseios.Candidatos é oque não falta,como dizem os reis e rainhas “sirvam-se,a mesa esta farta”.Só é bom lembrar que nesta mesa os plebeus não tinham vez,comiam as sobras.

  • Li umas coisas em alguns comentários aqui e não pretendo prolongar discussões infinitas. Só uma pergunta aos intelectuais aqui que, certamente, já foram estudantes um dia e, muitos, já tiveram que sair do conforto da casa do papai para estudar em outras cidades: o que é mais importante? Construir uma casa para o estudante que vem de outros municípios e, cujos pais não podem pagar aluguel por não serem de qualquer forma privilegiados? Ou ficar adorando os escombros de um prédio que só serve de criatório para o que não presta? A finalidade é o estudante: seja grêmio, seja uma residência para o ESTUDANTE!

  • Edinaldo, você disse tudo. Pois quem não possui passado, jamais poderá ter futuro. A barbárie é uma afronta àqueles que participaram da construção original; bem como àqueles que testemunharam o sacrifício feito pelos verdadeiros filhos dessa terra.

    • UI!então tô nessa,sou novinha,da época,séculoXXI (rsrs).Quem vive de passado é Museu(rsrs) e eu prefiro viver o presente,vida que segue.

  • “Dizer que umas poucas paredes em pé é um memorial, só sendo muito ignorante mesmo.”
    Derruba logo essa porra que é. E constrói algo que preste e seja útil no local!

    • É triste mesmo Jonathan.Mas se o GEA resolver mandar construir outra,o “zé povinho”,vai querer crucificá-lo.Esse povo é adepto do ginkgo biloba…kkkk

  • Que o governo tome a iniciativa de fazer uma casa para estudantes, é louvável. Agora dizer que esse espaço não representa a memória do estudante é fazer parte das hordas de Gengis Khan.

  • Era uma vez…..um terreno abandonado,com poucas paredes de pé e servindo de criadouro de mosquitos e toda espécie de bichos peçonhentos.Dai o GEA resolve construir um alojamento p/estudantes.Ai vem uma tal comunidade e detona a ação benfeitora do governo estadual.Dai eu digo,se o governo é omisso,taca nele,se faz,taca nele.Digo tb,vá ter memória urbana assim lá na PQP.Dizer que umas poucas paredes em pé é um memórial,só sendo muito ignorante mesmo.O GEA tá de parabéns por fazer oque governos passados já deveriam ter feito.

    • Srta. Carla,

      já estas exagerando em puxar saco do governo de plantão. pelo jeito, nem fazes ideia da importância histórica do local, que recebeu muita gente boa que ajudou a construir o Amapá, se estabeleceu e constituiu família por aqui!. É por essas e por outras que este governo está se acabando .
      “O GEA tá de parabéns por fazer oque governos passados já deveriam ter feito.” Nossa, é muito ser puxa saco!
      “Te toca!”

      • Se toca vc,mano. Sou funcionária pública federal,não tenho cargo em governos e nem recebo benesses de qualquer um deles(governos). Se falar a verdade é ser puxa-saco,então eu sou,com muita honrra.
        Defendo sim oque acho ser coerente.Pelo valor histórico que àquele local representava ou representa,vc acha que não é louvável a atitude do GEA? Em nem um momento desqualifiquei o valor do local,só salientei que “umas poucas paredes em pé e deterioradas pelo tempo não representa nada a olho nú e deveriam receber outro tratamento” . A tal comunidade que defende tais memórias,deveria tb elogiar a atitude do governador e não criticá-la.
        Outra,se vc não sabe,existem uma infinidade de prédios e terrenos baldios que são dos governos(federal,estadual e municipal),que deveriam receber o mesmo tratamento.Isto feito,é ganho para o cidadão que paga uma infinidade de impostos e que tá careca de saber que estes governos vivem alugando prédios p/abrigar suas secretarias ao invés de usar os que tem.

  • Caraca!! Mais uma parte da memória do estado sendo destruída, qual será o próximo passo do governo?? Vai derrubar a Fortaleza ou a Igreja de São José??

    • CARACA! depois eu é que sou puxa-saco.Não aguento ver esse tipo de comentário.Quer dizer que o governo tem que deixar a coisa deteriorar,entregue as baratas e fazer cara de paisagem,pq se mandar construir ou reformar,tá errado.AH! esqueço que a “memória” de certas pessoas é curta ou retrovisora.Tomara que o Rio Amazonas não seque,pq se isto acontecer ,o Camilo não vai ter como enche-lo novamente ..kkkkkk.É cada uma.

      • Carla, no conjunto das “qualidades” que escrevestes, me enquadro em todas, sou servidor federal, do Ministério Público Federal, não tenho cargo e não tenho parentes que tenham, acontece que o fato do Grêmio Rui Barbosa ter “poucas paredes em pé, ser criadouro de mosquito e bichos peçonhentos” não justifica a sua destruição, conheço 19 estados e já morei um bom tempo fora daqui e por ai tenho visto estados lutando e investindo no resgate de sua história, bem diferente do que tenho visto no Amapá.
        O fato do governo querer construir uma casa para estudantes é louvável, mas tinha que fazer enterrando nossa história? O estado tem diversos terrenos baldios e o município também, será que não dava para recuperar o Grêmio Rui Barbosa e torná-lo um espaço cultural, museu ou teatro e construir a casa do estudante em um dos diversos terrenos ociosos que o governo e a prefeitura possuem??
        Enfim, o debate é importante porém não reerguerá a história dos estudantes amapaenses. Só resta guardar as fotos e as boas lembranças.

        • Amado,eu tb já morei em outros estados e conheço o valor das culturas lá fora e aqui.Oque critiquei foi a atitude da comunidade em desmerecer os esforços do governo em construir algo de bom e benéfico p/pessoas.Não creio que a atitude do GEA foi desmerecer o valor cultural dáquele lugar,tanto que ali será erguido um alojamento p/estudantes e não um motel.Se a tal comunidade queria preservar o local,pq não agiu igual aos alunos do CA, que fizeram uma campanha p/contruir o Gremio Literário?Deveriam ter posto a “mão na massa” ao invés das criticas que não resolve nada.A verdade é uma só, “baixar a lenha” no Camilo e denegrir a imagem dele,ai tá tudo certo.

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