Na semana passada o Ministério Público Federal (MPF-AP) recomendou a exoneração de Bertholdo Dewes Neto do cargo de diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap) alegando que ele, Bertholdo, é sócio em pelo menos cinco empresas que exercem atividades nos ramos madeireiro e agronegócio.
Hoje foi a vez do Ministério Público Estadual (MP-AP) recomendar a exoneração de uma penca de ocupantes de cargos comissionados no Imap que possuam relação de parentesco consanguíneo ou por afinidade até o terceiro grau com o secretário de Estado dos Transportes (SETRAP), ex-deputado Jorge Amanajás.
Na quarta-feira passada, 26, a Polícia Federal deu uma batida no Imap por ocasião da Operação Quantum Debeatur, que investiga o envolvimento de funcionários do Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Amapá (Imap) na concessão e transferência de créditos florestais indevidos a empresas madeireiras no estado. A investigação apontou que 51.534 m³ em créditos de reposição florestal foram transferidos de forma irregular entre 2014 e 2016. Tal transferência permitiu que madeira extraída irregularmente fosse “esquentada” com os créditos indevidos.
Foram cumpridos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão na sede do Instituto e residência de funcionários.
E podem ter certeza que haverá desdobramentos da Operação Quantum Debeatur.
A “máfia das terras públicas” – que vem agindo há vários anos – será completamente desbaratada.