Jornalistas na floresta nacional do Amapá

Projeto de Educomunicação leva comunicadores para conhecer a Floresta Nacional do Amapá
Por Alessandra Lameira

Com o objetivo de apresentar boas práticas de gestão e ampliar o potencial de divulgação de boas experiências envolvendo comunidades locais no uso sustentável de recursos naturais e conservação ambiental, o projeto de Educomunicação levou, nos dias 24 e 25 de novembro, profissionais da imprensa e comunicadores para a Floresta Nacional do Amapá. O projeto pretende aproximar a gestão do Mosaico de Áreas Protegidas da Amazônia Oriental dos meios de comunicação e qualificar a cobertura da mídia sobre os temas relacionados a estas áreas.

A viagem começou no dia 25, com o deslocamento de Macapá para o município de Porto Grande. Logo depois os convidados seguiram para a Floresta Nacional do Amapá – FLONA, por meio de voadeiras, percorrendo 46 quilômetros do Rio Araguari até a base da unidade de conservação. Porém, no meio do caminho, os participantes fizeram uma parada rápida na casa da artesã Dora, moradora do médio Araguari, e tiveram a oportunidade de conhecer seus artesanatos feitos de cipó titica e arumã e produtos de biocosméticos que ela comercializa, por meio da Associação Bom Sucesso. A viagem durou cerca de 03h20min.

Ao chegarem à base da Floresta Nacional do Amapá, os participantes puderam conhecer a gestão da unidade e a representatividade que ela tem com os moradores do local. A extrativista e membro da Associação Bom Sucesso, Arlete Pantoja, apresentou como é feita a produção de biocosméticos. Atualmente a Associação, por meio do projeto Floresta Artesanal, produz velas de andiroba, óleos, sabonetes de breu branco, andiroba, copaíba e fava, pomadas de gergelim preto e andiroba e tintura de pracaxi.

No domingo, 26, os participantes puderam conhecer o processo de manejo comunitário dos tracajás. O professor da Universidade Federal do Amapá e biólogo Darren Noris explicou alguns impactos das hidrelétricas construídas no Rio Araguari. Ele ressaltou também sobre a ajuda que a comunidade oferece para o manejo dos tracajás. “Trabalhando com a comunidade, conseguimos proteger mais de 80% dos ninhos de tracajá. Esse é o efeito muito positivo”, ressaltou.

O jornalista Alberto Araújo, da Agência Amazônia Real, achou muito interessante os projetos implantados na Flona. “É sempre interessante ver essas alternativas econômicas na região amazônica e espero que os programas que estão para acontecer venham e contribuam com o processo de preservação e fortalecimento do Mosaico”, explicou.

O projeto levou comunicadores de nível nacional e regional e também contou a presença de indígenas e agricultores que fazem parte do conselho consultivo do Mosaico. O projeto de Educomunicação tem o apoio do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA).

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