Por Fernando Eichenberg, no Observatório da Imprensa
“Não se pode viver sem um livro em seu bolso”. Por meio deste slogan o editor francês Henri Filipacchi lançou, em 1953, a coleção Livre de Poche, da editora Hachette. Inspiradora de iniciativas similares por parte de seus concorrentes, ela fez do livro de bolso um objeto cotidiano na paisagem cultural francesa e um inseparável companheiro dos leitores. Completando 60 anos na França, o formato mantém prestígio e popularidade, embora comece a sentir efeitos de mudanças no comportamento editorial e o avanço, mesmo que ainda incipiente e bastante lento, dos e-books, uma potencial ameaça futura.
O livro de bolso, que teve entre seus principais pioneiros a inglesa Penguin Books (1936) e a americana Simon&Schuster (1939), é “o fenômento mais marcante da história da edição contemporânea”, diz Bertrand Legendre, do departamento de Políticas Editoriais do Laboratório de Ciências da Informação e da Comunicação (LabSic), da Universidade de Paris 13. (Leia mais)