As torneiras públicas de Macapá

As torneiras públicas como alternativa ao  abastecimento de água potável nos primeiros anos do Território do Amapá
Por Renivaldo Costa

Nos primeiros anos do Território Federal (e mesmo antes) o abastecimento de água potável sempre foi um problema. Tanto que o trinômio proposto por Janary Nunes em seu programa de governo incluía o saneamento básico: educar, sanear e povoar.

Surge então a ideia das torneiras públicas, que foram instaladas a partir de 1945. Eram montadas em bases de concreto, em pontos estratégicos da cidade.

Essa torneira da foto, que pincei do blog do memorialista João Lázaro, ficava localizada na Praça Veiga Cabral, próximo a uma das velhas mangueiras da Avenida Presidente Vargas. Mas também me recordo de uma na calçada da Residência Oficial, na avenida Coriolano Jucá, e outra na calçada do Grupo Escolar Barão do Rio Branco.

Infelizmente nenhuma foi preservada, como memória do saneamento nos primeiros anos do Território Federal do Amapá. Aliás, o primeiro Sistema de Abastecimento de Água da cidade de Macapá, coletava água do Poço do Mato, declarado Monumento de interesse cultural do município, através do Projeto de Lei nº 037/93, aprovado na Câmara de Vereadores de Macapá.

Somente em 1971 era inaugurada a primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro do Beirol, abastecida pelo Estação de Captação construída na orla da cidade, no Rio Amazonas. A segunda ETA foi construída em 1997, ao lado da primeira.

O abastecimento de água tratada ainda é um problema até hoje. Em 2020, o índice de população macapaense com acesso à água potável foi de apenas 37,56%, segundo estudo do Instituto Trata Brasil.

(Pesquisa realizada por Renivaldo Costa, jornalista e membro do Memorial Amapá)

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