O convívio com Munhoz – Por Otávio Viana

Meu convívio com o professor Munhoz
Otávio Viana

Professor Munhoz, em meus momentos de devaneio, após a notícia da tua partida, relembro meu convívio contigo.
Desde quando me lembro eras amigo de meus pais e fostes meu professor, de meus irmãos, de alguns sobrinhos no Colégio Amapaense. Ao longo do tempo, continuastes a conviver com todos nós.
Durante muitos anos viajei pelo mundo, através de tuas narrativas e memórias fotográficas. Fui apresentado, por ti, a tantos escritores, cujas obras me fizeram melhor observar e avaliar a vida, a mim e a humanidade.
Durante décadas, aos domingos e festas tradicionais, na casa dos meus pais (enquanto vivos), como sempre dizias, teu lugar a mesa lá estava e “longas conversas” eram travadas e nas quais eu sempre aprendia.
Nos momentos de celebração de alguma data importante, para nós da família, obrigatoriamente, estavas presente.
Nesse momento, como se fosse um filme, volta a memória a cena de minha filha, a época, em seus dez anos e tu, em teus oitenta e quatro anos, conversando como se não houvesse qualquer conflito de geração. Esse dom, dado por Deus, iluminará, pela eternidade a tua alma. Permanecerás nas mentes e nos corações de toda a minha família.
Obrigado “Mumuca” (assim te chamava carinhosamente) pelas décadas, que me lembro, de convívio, de amizade e de ter sido, junto com o saudoso Professor Edésio, “Meu Grande Mestre” e, acima de tudo, um “Grande Amigo”.
QUE SEJAS MAIS UMA ESTRELA A ILUMINAR O FIRMAMENTO.

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