Preso no comecinho da tarde pela Polícia Federal, Eduardo Cunha (PMDB), ex-presidente da Câmara dos Deputados, é réu na Operação Lava Jato, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
A decisão de prendê-lo foi tomada no processo em que ele é acusado de receber propina de U$ 5 milhões para viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras. Pesa também contra ele a denúncia de ter contas na Suíça abastecidas com propinas. As denúncias foram feitas pela Procuradoria Geral da República.
Ao pedir a prisão o Ministério Público Federal enfatizou que solto Cunha representa risco à instrução do processo e à ordem pública. Além disso, diz o MPF, “há possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior”.
Além da prisão foi decretado o bloqueio de bens de Eduardo Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.
Outras denúncias
Cunha é investigado em vários inquéritos, dentre os quais recebimento de propina da Furnas Centrais Hidrelétricas, financiamento de políticos por meio do “Petrolão”, venda de emendas parlamentares, favorecimento à OAS em troca de doações para campanhas eleitorais, recebimento de propina do consórcio Odebrecht,/OAS/Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha (RJ)