A impertinência do celular
Sebastião Cunha
Na ternura do inesperado encontro
te aninho em meu ombro
e começo a te beijar,
recobrando o tempo perdido,
e o distanciamento sofrido…
Mas aí toca o teu celular.
Uma, duas, muitas vezes, com insistência,
em intervalos perversamente regular.
Mas, num gesto de impaciência
e um sorriso maroto,
desligas o celular.