Às margens do rio
Jaci Rocha
Trago as mãos ásperas
Do sal das lágrimas
Que já verti.
Sem ti, saudade virou poesia
Verbo que chega e fica
E não pede mais permissão…
Remo a canoa da vida
De um jeito manso e macio
Guiada por teu olhar
Na outra margem do rio…
Mas, ainda é agosto
e as marés rasas
não dizem como atravessar!
A tênue fronteira da vida
Não se enternece para o amor!
(Quem sabe, no cair do próximo luar…)
Roda a estação…
Roda, rosa-louca do tempo!
… e porque me geraste de amor
Eu te envio flores com meu pensamento!
3 Comentários para "Às margens do rio"
Guerreira fluvial! Ako de paixåo! Reliz a Academia que te escolheu. Naide Gouveia Escritora REBRA
Belo poema.
Bela imagem.
Parabéns!
Lindo poema…