Cruzada
Márcia Corrêa
Empunhava a espada
Bradando aos ventos
Sua brutal cruzada
Terras de nunca e ninguém
Matar ou morrer em nome do bem
Matar ou morrer…
Mais matar que morrer
Porque morrer se morre por dentro
E o perdão não tem trégua
É lâmina afiada nas hostes do tempo
Perfura o estômago da besta
Que mora bem no fundo
No desespero da saga de cada um.
(Márcia Corrêa é jornalista, poeta e cronista)