ARRASTA-ME
João Barbosa
O vento arrasta a poeira,
da cidade a ribanceira.
E a água quebra a onda
Sobre a praia bem ordeira.
Ouço gritos,
Vejo vultos
E caminho.
E meus rastros na areia
Pela enchente são apagados.
Mas ando,
Corro
E vôo.
Busco o pico mais alto,
Subo a escada do amor
E olho sobre nossa cabeça.
Pretendo a paz!
E a vejo de asas pequenas,
Fugindo de alguém que a persegue.
Então, me vejo longe
E pequeno para abraça- la.
Mas rasgo de mim um pedaço de amor
E dôo à alguém que ficou.
E que desse amor,
Faça uso como eu
E outros multiplicadores.
Mas que haja mudança no coração
E cabeça do atroz.
E que a paz volte com suas asas
Crescendo sobre nós.
1 Comentário para "Chá da tarde"
Obrigado Companheira. Trata-se de uma poesia belíssima que, inclusive, leva à reflexão! Nada tão oportuno, salvo engano de minha parte.