Saudade
Robson Sá
A saudade é forca sem corda
E estampa no solo a sua sina
É memória pastando no campo
É futuro que vaticina
É resto de luz no silêncio
Opaco feito em presságio
É Soneto, é ode e elegia
É Tchaikovsky sonhando em adágio
Sorve sem hausto os sons
E traz o sideral negrume
É Zagaia envenada
Certeira de mão adestrada
Que sulcando o ar alucinada
Singrou o meu peito e me tombou.
O escritor, poeta e advogado Robson Sá é amapaense mas há muitos anos mora em Belo Horizonte-MG
6 Comentários para "Chá da tarde"
Que bela e verdadeira definição, meu antigo e querido vizinho da Rua Cândido Mendes. No momento, estou em terras de Camões por alguns dias. Dê-me um sinal se, por acaso, pensar em ir a Macapa a partir de agosto. Gde e fraternal abraço a você e a toda a familia.
Mano velho poeta, advogado e amante da vida…Bela criação.
PS. Psicanalista amador também, rsrs.
Robson,
Quanta saudade de você.
Fui e sempre serei franco admirador.
Adorei tudo, mas mais ainda “é resto de luz no silencio”.
Um abraço muito fraterno do
Ruben
Grande amigo Ruben, que vontade de encontrá-lo. Abraços.
Que bom saber que esse amapaense nos deixou,mas nunca esqueceu suas raízes, origens e amigos que deixou por aqui…..prazer enorme lhe ver aqui pelo blog amigo…..e quando vens aqui em nossa cidade jóia da amazônia matar saudade? parabéns pela poesia.beijos! Nilda Neves
Êh, amigo Róbson… Estavas apaixonado, quando rabiscastes esses versos? Que bela construção!